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Centro de Pesquisa de Campo Grande já colabora com primeiro estudo clínico

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Unidade na capital do Mato Grosso do Sul foi uma das seis selecionadas pelo projeto desenvolvido pelo Instituto Vencer o Câncer

Campo Grande (MS) já começa a dar os primeiros passos para garantir aos pacientes oncológicos os benefícios de ter um centro de pesquisa na região, com o apoio do projeto  Amor à Pesquisa Contra o Câncer no Brasil. Cristina Anjos Sampaio, oncologista clínica na clínica Prognóstica, centro de pesquisa Onconeo, afirma que a unidade já participa de um estudo de fase 4 com pacientes de câncer de mama e aguarda para fazer parte de três estudos do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group) para os quais foi selecionada. 

“Teremos um estudo para câncer de pulmão ALK-positivo; outro para câncer de próstata metastático resistente à castração, com pacientes que não respondem mais satisfatoriamente a tratamento de bloqueio hormonal; e também um estudo sobre câncer renal”, comemora a oncologista. “Estamos ansiosos, aguardando os pacotes regulatórios para esses três estudos. Esperamos, também, mais um pacote regulatório de outro estudo – com a ajuda do LACOG montamos nossa apresentação. Nossa expectativa é que esses estudos comecem agora no final do ano e no início de 2023, para podermos realizar nosso trabalho e possibilitar que outras indústrias voltem seus olhos para nós”, ressalta a médica.

Cristina Sampaio comenta que antes de participar do edital a unidade já buscava estar em projetos de pesquisa, tendo iniciado com o estudo de fase 4 para câncer de mama. “Estávamos tentando pelas nossas próprias pernas, aprendendo com erros. Quando começamos o treinamento a partir do projeto Amor à Pesquisa Contra o Câncer no Brasil, tivemos uma melhora muito grande nos nossos resultados, com organização de pastas e documentos dos pacientes. Passamos a entender passo a passo o que precisávamos para arquivamento de dados, por exemplo”, diz. “Com esse apoio tomamos coragem para contratar uma funcionária exclusiva para a pesquisa, a Lorena, nossa coordenadora de pesquisa. Só foi possível porque tínhamos esse suporte técnico do LACOG”.

Centro de pesquisa em MS

Dados do mundo real

O estudo de fase 4 é para avaliação de um biossimilar do trastuzumabe voltado para pacientes com câncer de mama. “Terminou o prazo da patente da medicação referência, outras indústrias começaram a comercializar seus biossimilares e precisavam de dados prospectivos do mundo real. Temos sete pacientes usando a medicação biossimilar, fazemos o controle de segurança”.

A oncologista destaca que nessa fase o estudo envolve uma população maior, o que aumenta a possibilidade de descobrir uma reação adversa mais rara. “Esse trabalho é importante, porque com as medicações biossimilares é possível reduzir custo e dar mais acesso a um número maior de pacientes”.

Para outros estudos, retrospectivos, o centro de Campo Grande irá usar informações dos pacientes para alimentar o banco de dados, com desfechos de sobrevida. “No caso do estudo para câncer de próstata, vai analisar se o tratamento utilizado para o paciente estava de acordo com os padrões da época ou se faltam opções no país. Esperamos também, com esses trabalhos, mostrar os problemas de acesso a medicamentos, gerando dados do mundo real dos pacientes”.

O projeto Amor à Pesquisa Contra o Câncer no Brasil conta com patrocínio da Associação da Indústria Farmacêutica de Pesquisa (Interfarma), Sindicato da Indústria de Produtos Farmacêuticos (Sindusfarma) e Eurofarma.

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