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Voluntariado: uma fonte de inspiração

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Pessoas que já superaram o câncer levam otimismo e esperança a pacientes.

 

“Que bacana que você conseguiu! Eu também vou conseguir”. Fabiane Cristina de Oliveira Bertolotto sente grande alegria quando ouve essa frase nas conversas com algum paciente oncológico da Beneficência Portuguesa de São Paulo, onde trabalha como voluntária. Ela, que já esteve do outro lado, foi paciente e recebeu tratamento no hospital, sabe bem o valor de vivenciar essa experiência. “Quando você recebe o diagnóstico, seu mundo cai. Eu sempre fui bem acolhida nesse hospital, conheci muita gente legal e foi muito bom ter voluntários me apoiando”, explica uma das motivações para voltar e ajudar na unidade em que tratou seu câncer de intestino, descoberto no final de 2013.

A situação de Fabiane não é uma exceção. “Muitas vezes, o trabalho voluntário acaba sendo uma forma de as pessoas contribuírem e, ao mesmo tempo, repassarem o benefício que já receberam alguma vez”, destaca Maria Alice Rocha, superintendente-executiva de Pessoas, Comunicação Corporativa e Sustentabilidade da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. Ela explica que muitos voluntários do hospital já foram tratados ou tiveram algum familiar recebendo tratamento no local. “A experiência foi bastante positiva e hoje eles querem reproduzir essas ações”.

Fabiane descobriu ainda durante o tratamento que queria fazer a diferença para outras pessoas com câncer. “Eu criei vínculo com os enfermeiros; passei bem pelo tratamento e eles me convidavam para entrar nos quartos, conversar com outros pacientes. Gostei e vi que poderia dar apoio moral”. Ela conseguiu realizar essa vontade há pouco mais de um ano e escolheu atuar onde acredita que pode levar muita inspiração: na quimioterapia. “Acho que a quimioterapia é o que mais pega nas pessoas, pelos efeitos colaterais. Quando eu digo que sou ex-paciente, eles prestam atenção”.

Otimismo, confiança, autoestima, fé e pensamento positivo são sentimentos que a ex-paciente gosta de transmitir, pois acredita que tudo isso faz diferença no resultado final. “Conheço pessoas boas e muitas vezes eu recebo também muita força de quem está lá; é uma troca de emoção, de força. É muito bom sentir que volto para casa com a missão cumprida, a certeza de que fiz algo pelo bem do próximo”.

Maria Alice concorda que a atuação voluntária ajuda não somente os pacientes, mas também quem pratica: “O voluntariado é uma forma de superar alguns limites e proporcionar um crescimento pessoal. Os voluntários também são beneficiados, ao adquirirem conhecimento e aprimorarem habilidades, além de ser uma ótima oportunidade para o exercício da cidadania e da responsabilidade social”.

Para a superintendente-executiva da BP, os serviços voluntários proporcionam mais leveza, tranquilidade e momentos de conforto aos pacientes e são importantes por complementarem ações e projetos que visam o bem-estar social, além de colaborar para um acolhimento mais humanizado. “Estamos convictos de que boas ações geram um impacto positivo e contribuem para a criação de um mundo melhor e de uma sociedade mais justa. O engajamento de pessoas com o objetivo de valorizar a vida e promover o bem-estar social é uma forma eficiente de aperfeiçoar o modelo de assistência”.

As ações de voluntariado na BP são divididas em três pilares: acolhimento (acolhe e orienta pacientes e familiares), bem-estar (Reiki, espiritualidade, estética etc.) e entretenimento (palhaços, contadores de histórias, musicoterapia, arteterapia, cão terapeuta, entre outros).

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