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Influência do estilo de vida no câncer de fígado

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O câncer de fígado é o quinto mais comum no mundo. Sua incidência é maior em países mais desenvolvidos, sendo três vezes maior em homens do que em mulheres. A condição predisponente mais importante é a presença prévia de hepatite viral dos tipos B e C, que podem evoluir para cirrose (doença crônica do fígado). O álcool, ingerido por longos períodos e em quantidades além da moderada, também leva à cirrose hepática, predispondo, assim, o fígado ao câncer. Acredita-se que o álcool predisponha ao câncer através de quatro mecanismos básicos: 1) alteração genética; 2) ação solvente, aumentando, assim, a permeabilidade dos órgãos à ação de fatores causadores de câncer; 3) alteração da ação de enzimas que neutralizam substâncias tóxicas no fígado; e 4) alteração do DNA, causando deformidades cromossômicas. Na realidade, o álcool é o fator alimentar mais relacionado à gênese do câncer de fígado. O tabaco potencializa a predisposição ao câncer hepático causada pelo álcool.

Alimentação e fatores de risco

Os alimentos contaminados com aflatoxinas, que são toxinas produzidas pelos fungos chamados Aspergillus flavus e Aspergillus parasiticus, também se constituem em grande fator de risco. Amendoim, milho, sementes e cereais, principalmente se estocados em lugares úmidos, podem conter tais toxinas pelo crescimento dos fungos citados. As toxinas contaminam também os produtos derivados de amendoim e milho, como a manteiga e o óleo de amendoim. O somatório do consumo de alimentos contaminados por aflatoxinas e hepatite B ou C aumenta muito o risco.

Recomendações contra o câncer de fígado

Uma dieta rica em vegetais e frutas reduz a ocorrência de câncer hepático. Os mecanismos protetores ainda não são bem elucidados, e nem todas as frutas e vegetais foram estudados a fundo, mas acredita-se que os mecanismos sejam vários e diferentes para cada variedade de frutas ou vegetais. Há estudos interessantes mostrando os efeitos protetores do alho, da cúrcuma, do extrato de uva e de frutas cítricas. O selênio parece proteger, enquanto a ingestão de ferro parece estimular a ocorrência dos tumores.

O óleo de peixe tem propriedades anti-inflamatórias importantes, reduzindo a inflamação hepática e protegendo o fígado contra o desenvolvimento de tumores malignos.

A melhor maneira de se proteger contra o câncer de fígado é evitar o contágio pelos vírus B e C da hepatite, o consumo exagerado de álcool, o fumo e alimentos contaminados por aflatoxinas. Uma dieta rica em frutas, verduras e legumes, e pobre em amido tem efeito protetor.

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