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Leucemia Linfocítica Aguda | Tratamento

Tratamento da leucemia linfocítica aguda pode inclusive levar à remissão. Hoje o tratamento para a LLA está bastante avançado e possibilita resultados promissores aos pacientes, incluindo a remissão completa (quando os exames não apresentam mais sinal algum da leucemia). As opções existentes são:  

Quimioterapia

Conhecido como “tratamento de indução”, essa será a primeira opção indicada. Serão utilizados medicamentos extremamente potentes no combate ao câncer, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes. São eles:

  • Asparaginase
  • Ciclofosfamida
  • Citarabina
  • Daunorrubicina
  • Doxorrubicina
  • Etoposídeo
  • Idarrubicina
  • Ifosfamida
  • Metotrexato
  • Mitoxantrona
  • Vincristina

A administração da quimioterapia é feita em ciclos, com um período de tratamento, seguido por um período de descanso, para permitir ao corpo um momento de recuperação, e o uso de cateteres geralmente é necessário. Em alguns casos, é necessário o uso da quimioterapia intratecal (direto no líquido da espinha, o líquido cefalorraquidiano) para destruir as células que podem ter se espalhado para o cérebro e medula espinhal. Ela é feita por meio de uma punção lombar. Alguns efeitos colaterais podem acontecer durante o tratamento com os quimioterápicos, como enjoo e vômito, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem alternativas para amenizá-los. A nutrição é uma importante aliada na melhora de cada um deles. A queda de cabelo também costuma acontecer, pois a quimioterapia atinge as células malignas e também as saudáveis, em especial as que se multiplicam com mais rapidez, como os folículos pilosos, responsáveis pelo crescimento dos cabelos. Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade. A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico. Se for necessário, medicamentos serão administrados. Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam. Também são utilizados medicamentos como terapia de suporte, que objetivam controlar ou inibir o surgimento de infecções, amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento. Os principais são:

  • Aciclovir
  • Alfaepoetina
  • Alopurinol
  • Caspofungina
  • Dexametasona (tem atuação importante no tratamento da LLA )
  • Enoxaparina
  • Filgrastina
  • Levofloxacina
  • Metilpredinisolona
  • Mesna
  • Mercaptopurina
  • Sulfametoxazol
  • Trimetoprima
  • Voriconazol

 

Transfusões de sangue

Pode ser preciso realizar em alguns casos, para evitar infecções e sangramentos, já que os glóbulos vermelhos e brancos, e as plaquetas, costumam ficar muito abaixo do nível normal.  

Radioterapia

Tratamento que utiliza raios de alta energia para destruir ou diminuir a ação das células cancerígenas em determinada área. Sua aplicação é feita por um equipamento semelhante a uma máquina de raios-X e não causa nenhum desconforto ao paciente. A radioterapia no tratamento da LLA é mais empregada para prevenir ou tratar doença no sistema nervoso central. Pode ser utilizada também em pacientes que apresentem linfonodos (gânglios) bastante aumentados. Além disso, também pode fazer parte do tratamento combinado com quimioterapia para tratamento antes do transplante de medula óssea. Os efeitos colaterais vão depender da localização em que o procedimento será realizado. Geralmente, o paciente pode apresentar problemas de pele, como ressecamento, coceira, vermelhidão ou descamação.  

Transplante de medula óssea

O transplante segue sendo uma alternativa de tratamento em pacientes de alto risco genético ou em pacientes que, independentemente do risco, apresentaram uma recaída. A modalidade do transplante é o alogênico, preferivelmente 100% compatível, mas hoje em dia também se realiza a modalidade haploidêntico (familiar 50% compatível). Em raras ocasiões e bem selecionados pacientes pode ser utilizado o transplante autólogo.  

Terapia-Alvo

Como vimos em “Diagnóstico”, o paciente com LLA pode apresentar o cromossomo Philadelphia, uma anormalidade no DNA. Nesses casos, é preciso aliar à quimioterapia os medicamentos inibidores de tirosina quinase, também conhecidos por terapia-alvo. São eles: Imatinibe, Dasatinibe e Nilotinibe, todos de primeira linha no Brasil. Estes medicamentos são administrados diariamente via oral. Os efeitos colaterais comuns incluem diarreia, náuseas, dores musculares, fadiga e erupções cutâneas.  

Imunoterapia

A imunoterapia tornou-se um importante aliado para o tratamento da LLA. Nas LLA de tipo B em que as células doentes expressam a proteína CD20, o rituximabe faz parte do protocolo de tratamento associado a quimioterapia, melhorando os resultados de remissão. Recentemente outros anticorpos (blinatumomabe e inotuzumabe) foram introduzidos para o tratamento de pacientes que apresentam recaídas ou que têm uma pequena quantidade de doença (doença residual mínima) pré-transplante. Estes anticorpos demonstraram eficácia nesses contextos, aumentando a sobrevida dos pacientes. Estas duas opções já possuem registro na ANVISA. A ultima novidade do tratamento da LLA é a recente aprovação pela ANVISA do CAR-T Cell.  Esta é uma técnica em que se retira linfócitos saudáveis do paciente, manipula-se geneticamente em laboratório ensinando o linfócito a reconhecer a célula doente e então estimula o sistema imune do paciente a atuar contra a doença. Atualmente está aprovado para linfomas B em recaídas (adultos) e em leucemias linfoblásticas em recaídas (crianças).  


Dra. Maria Lucia Lee

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