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Se descoberto em estágio inicial, câncer renal tem 90% de cura

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No Dia Mundial do Rim, celebrado hoje, dia 10/03, vale alertar sobre um tipo de tumor que muitas vezes é assintomático e na maioria das vezes é descoberto por acaso (ao se realizar exames de imagem para detectar uma apendicite, por exemplo). Muitas vezes o câncer já está em um estágio avançado.

Por isso, é importante não negligenciar qualquer tipo de sintoma, a fim de detectar o câncer renal mais precocemente. Alguns dos sinais são: sangue na urina, dor lombar lateral, anemia ou fadiga.

Veja também: Risco de recidiva em tumor renal

A maioria dos casos de câncer de rim não tem associação clara com fatores causais. Sabe-se apenas de alguns elementos que podem aumentar o risco, como fumo e contato com chumbo e anilinas. Em razão disso, não existem políticas para rastrear esse tipo de neoplasia. As exceções são os portadores de algumas síndromes genéticas que predispõem à doença, como a de Von Hippel-Lindau (VHL), Birt-Hogg-Dube (BHD) e Hereditary Leiomyomatosis and Renal Cell Cancer (HLRCC), esses sim formando um grupo que passa por exames periódicos.

De acordo com o Dr. Fábio Schütz, especialista em Oncologia Clínica pela Sociedade Brasileira de Cancerologia e oncologista clínico do Hospital São José, o câncer de rim inicial é uma doença silenciosa. “Não existem estratégias para prevenção do câncer de rim, normalmente indicam-se hábitos de vida como os indicados para qualquer pessoa: alimentação saudável, não fumar, fazer atividades físicas e check-ups médicos.”

Ainda segundo Schütz, quando descoberto no início as chances de cura são muito grandes, em torno de 90%. Além disso, no estágio inicial o tumor costuma afetar somente um dos rins. “Pode-se fazer uma cirurgia para tirar parte do órgão doente ou, em casos selecionados, queimá-lo com radiofrequência ou congelá-lo com crioablação. Mas essa é uma indicação para situações específicas, em geral para quem não pode se submeter a uma cirurgia ou tem apenas um rim. O tratamento padrão é a cirurgia”, afirma.

Quando o tumor atinge outros órgãos, configurando o estágio metastático, a cura fica um pouco mais distante. As células cancerígenas se desprendem do órgão primário e afetam outros a partir da corrente sanguínea ou do sistema linfático. O tratamento é importante para amenizar os sintomas e retardar as complicações, e o controle deve ser ainda mais criterioso se o paciente for diabético, hipertenso ou possuir outras doenças que afetem o rim.

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