back to top
InícioVacina HPV

Vacina HPV

Você já ouviu falar sobre a vacina contra o HPV? O papilomavírus humano, ou HPV, é um dos principais causadores de infecções sexualmente transmissíveis e pode levar ao desenvolvimento de cânceres, como o de colo do útero, vulva e pênis. No Brasil, a vacinação contra o HPV é parte essencial do calendário nacional de imunização e está disponível gratuitamente nas unidades básicas de saúde.

A vacina quadrivalente protege contra os quatro tipos mais comuns de HPV, incluindo os tipos 16 e 18, responsáveis por cerca de 70% dos casos de câncer de colo de útero. A imunização é mais eficaz quando administrada entre 9 e 14 anos, antes do início da vida sexual. Com três doses, o corpo é capaz de produzir anticorpos suficientes para se proteger contra possíveis infecções futuras.

Pontos-chave

  • A vacina contra o HPV previne infecções e cânceres relacionados ao vírus, como o de colo do útero e outros.
  • A imunização é mais eficaz entre 9 e 14 anos, antes do início da vida sexual, e está disponível gratuitamente no SUS.
  • A vacina quadrivalente protege contra os tipos de HPV 6, 11, 16 e 18, os mais comuns e ligados ao câncer (tipos 16 e 18).
  • Pessoas imunocomprometidas, como HIV positivo e câncer, devem ser vacinadas até os 45 anos, com esquema de três doses.
  • A vacinação contribui para a redução de lesões pré-cancerosas e a incidência de cânceres associados ao HPV.

O que é HPV?

Definição e impacto

HPV, ou papilomavírus humano, representa um grupo de mais de 200 tipos de vírus. Cerca de 13 desses tipos são oncogênicos, ou seja, têm potencial para causar câncer. O HPV é responsável pela maioria dos casos de câncer do colo do útero no mundo e afeta tanto homens quanto mulheres. Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), estima-se que 80% da população sexualmente ativa seja infectada pelo HPV em algum momento da vida.

Tipos de HPV

Existem mais de 200 tipos de HPV, mas apenas alguns são preocupantes: os tipos 16 e 18 estão envolvidos em cerca de 70% dos casos de câncer cervical. Esses tipos também causam câncer anal, de vulva, vagina, pênis e orofaringe. Os tipos 6 e 11 provocam a maioria das verrugas genitais. A vacina quadrivalente cobre os tipos 6, 11, 16 e 18, protegendo contra as infecções mais severas.

Doenças associadas

Verrugas genitais

As verrugas genitais, causadas principalmente pelos tipos 6 e 11, afetam áreas como a região anogenital. Embora não sejam cancerígenas, podem causar desconforto e estigmatização social.

Câncer

O HPV tipo 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer cervical, conforme dados do Instituto do HPV. Essa infecção também pode levar ao desenvolvimento de câncer de garganta, ânus e outros. A detecção precoce por meio de exames como o Papanicolau é crucial para prevenir a progressão do câncer cervical.

Importância da vacina HPV

Prevenção de cânceres e lesões pré-cancerosas

A vacina HPV é extremamente eficaz na prevenção de diversos cânceres. Ela protege contra os tipos de HPV responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero. A vacinação ampla pode reduzir em dois terços os casos de câncer cervical.

Tipos de HPV cobertos

Existem três tipos de vacinas HPV: bivalente, quadrivalente e nonavalente. A nonavalente oferece a proteção mais abrangente contra mais tipos de HPV, incluindo os relacionados ao surgimento do câncer. A bivalente e a quadrivalente já protegem contra os tipos 16 e 18, principais causadores do câncer cervical.

Quem deve tomar a vacina HPV?

A vacinação contra o HPV destina-se a meninas e meninos de 9 a 14 anos, o grupo prioritário, pois a imunização é mais eficaz antes do início da vida sexual. Isso promove a proteção contra infecções antes da exposição ao vírus.

Grupos prioritários

Crianças e Adolescentes (9 a 14 anos): O Ministério da Saúde do Brasil recomenda a dose única da vacina contra o HPV para crianças entre 9 e 14 anos. Esta mudança do esquema anterior de duas doses, com intervalo de 6 a 12 meses, visa melhorar a adesão e cobertura vacinal nesse grupo etário.

Adolescentes e Jovens (15 a 19 anos): A dose única também se aplica a adolescentes e jovens de 15 a 19 anos que não iniciaram a vacinação dentro da faixa etária recomendada. Antes, para esses casos, era necessário um esquema de duas doses, mas a nova diretriz simplifica e facilita o processo de vacinação.

Pessoas com imunocomprometimento, como HIV positivo, transplantadas ou câncer, devem ser vacinadas até os 45 anos. Esse grupo inclui vítimas de violência sexual.

Esquema de doses

O esquema regular prescreve uma dose para meninas e meninos de 9 a 14 anos. Pessoas imunocomprometidas recebem três doses: a primeira, a segunda após dois meses e a terceira após seis meses. Em casos indicados, o Ministério da Saúde autoriza uma dose única até 19 anos.

Adultos podem tomar a vacina HPV?

A vacina HPV está disponível para adultos em condições específicas. Pessoas com HIV, transplantados e pacientes oncológicos, entre 9 e 45 anos, podem ser vacinados pelo SUS. O objetivo é proteger contra os subtipos de HPV que causam câncer. A vacina protege mesmo aqueles já infectados por outros subtipos do vírus.

Estudos mostram que mulheres adultas sexualmente ativas, mesmo infectadas anteriormente, podem beneficiar-se da vacina. Isso ocorre porque há mais de 200 subtipos de HPV. A vacina protege contra os subtipos mais perigosos, responsáveis por cânceres como colo do útero, ânus e orofaringe, reporta a Sociedade Brasileira de Imunizações.

No Brasil, o programa de vacinação inclui homens e mulheres de 9 a 45 anos na rede privada. Na rede pública, aqueles com condições especiais podem receber a vacina. O esquema de três doses é recomendado para pessoas com câncer, HIV / AIDS ou transplante, para garantir a máxima proteção e prevenir reinfecções e recidivas pós-tratamento.

A vacina contra o HPV é recombinante, não contendo vírus vivos, o que elimina a possibilidade de infecção pela própria vacina, segundo o Ministério da Saúde. Assim, mesmo adultos fora do público-alvo podem buscar orientação médica para considerar a vacinação, principalmente em circunstâncias de saúde individuais específicas.

Efeitos colaterais possíveis

Dor e inchaço no local da aplicação são as reações mais comuns após a vacinação contra HPV. Esses sintomas geralmente desaparecem em poucos dias. Febre leve e fadiga também podem ocorrer, mas são temporários. Algumas pessoas relatam mal-estar e dor de cabeça.

Sintomas gastrointestinais leves, como náuseas, aparecem em alguns casos. Em situações raras, você pode experimentar reações mais intensas, que devem ser avaliadas por um profissional de saúde.

Compressas frias podem aliviar dor e inchaço no local da aplicação. Adiar a vacinação é uma opção se você estiver com febre. Se ocorrerem reações inesperadas, notifique os serviços de saúde.

Disponibilidade e acesso pelo SUS

A vacina HPV está disponível no Sistema Único de Saúde (SUS) para proteger contra infecções e cânceres associados ao papilomavírus humano. Crianças e adolescentes entre 9 e 14 anos recebem a vacina gratuitamente.

Local de vacinação

A vacina contra HPV é acessível em Unidades Básicas de Saúde (UBS), Centros de Saúde (CS) e outras instalações imunobiológicas do SUS. Pessoas em condições de risco podem ser vacinadas em Centros de Referência, assegurando cobertura a todos os públicos-alvo definidos pelo Programa Nacional de Imunizações.

Quais são os tipos de HPV que podem causar câncer?

Os papilomavírus humanos (HPV) são um grupo com mais de 200 tipos, dos quais ao menos 13 são oncogênicos. Destes, os tipos 16 e 18 são responsáveis por aproximadamente 70% dos casos de câncer de colo do útero (Fonte: Instituto do HPV). Além disso, eles também estão associados a cânceres em outras regiões, como ânus, vagina, vulva, pênis e orofaringe.

Outros tipos de HPV, como 31, 33, 45, 52 e 58, completam o grupo que abrange cerca de 90% dos casos de câncer cervical, sendo cobertos pela vacina nonavalente. Estes tipos oncogênicos contribuem significativamente para a carga global do câncer e são motivo de preocupação na saúde pública.

Em termos de prevenção, a vacina contra o HPV, particularmente a nonavalente, protege eficazmente contra os tipos 16, 18, 31, 33, 45, 52 e 58. A vacinação é parte da estratégia essencial para reduzir a incidência desses tipos de câncer, oferecendo uma defesa robusta contra as infecções que podem evoluir para doenças graves.

Qual a importância da vacina HPV em meninos?

Proteção Contra Cânceres

A vacinação contra o HPV protege meninos de cânceres como pênis e ânus. O vírus também está associado a cânceres de orofaringe. Esses tipos representam uma ameaça significativa, com o HPV presente em cerca de 70% dos cânceres orofaringeais.

Prevenção de verrugas genitais

Com a vacina, previne-se mais de 98% das verrugas genitais causadas pelos tipos 6 e 11 do HPV. Essas verrugas, conhecidas como condiloma acuminado, são difíceis de tratar e podem ser estigmatizantes, impactando a qualidade de vida.

Redução da transmissão do vírus

Meninos vacinados ajudam a reduzir a transmissão do vírus HPV, grande responsável por câncer de colo do útero e vulva em mulheres. Ao não transmitir o vírus sexualmente, diminuem-se os riscos em suas parceiras. Este aspecto salienta a importância de uma vacinação ampla e igualitária.

Imunogenicidade e eficácia

A eficácia da vacina é alta entre 9 e 14 anos devido a uma resposta imunológica robusta nessa faixa etária. Ela gera uma melhor produção de anticorpos neutralizantes contra o HPV, garantindo proteção prolongada.

Perguntas frequentes?

Quem pode tomar a vacina contra o HPV?

A vacina é recomendada para meninas e meninos entre 9 e 14 anos, com uma dose única. Para pessoas imunocomprometidas, como aquelas com HIV, câncer ou que passaram por transplante, a vacinação é recomendada até os 45 anos com esquema de três doses. Jovens de 15 a 19 anos que não foram vacinados anteriormente também podem ser imunizados. A vacinação precoce, preferencialmente antes de iniciar a vida sexual, oferece a proteção mais eficaz contra o HPV.

Onde posso encontrar a vacina de HPV gratuita?

A vacina contra o HPV está disponível gratuitamente no Sistema Único de Saúde (SUS). As doses podem ser encontradas em Unidades Básicas de Saúde (UBS) espalhadas por todo o Brasil. Esse acesso amplo garante que crianças e adolescentes de 9 a 14 anos possam ser vacinados, além de pessoas em condições específicas, proporcionando uma proteção eficaz contra o vírus e prevenindo diversos tipos de câncer.

Quais são os efeitos colaterais da vacina contra o HPV?

A vacina contra o HPV pode causar alguns efeitos colaterais leves, como dor e inchaço no local da aplicação, febre baixa, fadiga e dor de cabeça. Outros sintomas leves podem incluir náuseas e mal-estar. É importante notificar um profissional de saúde caso ocorram reações inesperadas, para avaliação adequada.

Como a vacina HPV contribui para a prevenção do câncer?

A vacina contra o HPV é altamente eficaz na prevenção de infecções pelos tipos de vírus responsáveis pela maioria dos casos de câncer cervical, particularmente os tipos 16 e 18. Além disso, ela também oferece proteção contra cânceres de pênis, ânus e orofaringe. Ao prevenir as infecções por HPV, a vacina reduz significativamente a incidência de lesões pré-cancerosas e cânceres associados, fortalecendo a saúde pública.

A vacina contra o HPV é segura?

Sim, a vacina contra o HPV é segura e suas formulações são recombinantes, ou seja, não contêm vírus vivos, eliminando o risco de infecção pela vacina. Antes da aprovação, a vacina passa por rigorosos testes de segurança e eficácia. Estudos mostraram que os benefícios da vacinação superam amplamente os riscos, sendo recomendada por organizações de saúde mundialmente como uma estratégia eficaz para prevenção de cânceres relacionados ao HPV.

Data de publicação: 22/11/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930