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Câncer de pâncreas | Recaída

As principais características que permitem avaliar o risco de recaída do câncer de pâncreas locais ou em órgãos distantes são as seguintes: grau de diferenciação da célula maligna, tamanho do tumor, invasão dos vasos sanguíneos, margens cirúrgicas positivas, invasão dos linfonodos ao redor do pâncreas e tipo histológico do carcinoma. Na tabela abaixo estão resumidos os fatores que interferem com o risco de recidiva.

Tabela de características da recidiva do câncer de pâncreas
Características importantes para avaliar o risco de recidiva depois da cirurgia radical.

Fatores de risco para recaída do câncer de pâncreas

Vários fatores podem aumentar o risco de recaída do câncer de pâncreas, incluindo o estágio avançado da doença no momento do diagnóstico inicial, a presença de margens cirúrgicas positivas após a ressecção do tumor, e a resposta incompleta ao tratamento inicial. Outros fatores incluem o tipo histológico do tumor e a presença de mutações genéticas específicas que podem tornar o câncer mais agressivo.

Diagnóstico da recaída do câncer de pâncreas

O diagnóstico da recaída do câncer de pâncreas geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Exames de sangue para medir os níveis de marcadores tumorais, como o CA 19-9, podem indicar a presença de recorrência. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e PET-CT, são utilizados para detectar a presença de novos tumores ou metástases. A confirmação do diagnóstico pode ser feita através de biópsia, onde uma amostra de tecido é analisada microscopicamente.

Tratamento da recaída do câncer de pâncreas

O tratamento da recaída do câncer de pâncreas depende da localização e extensão da recorrência, bem como da saúde geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir:

Quimioterapia

A quimioterapia é frequentemente utilizada para tratar a recaída do câncer de pâncreas. Novos regimes de quimioterapia ou combinações de medicamentos podem ser considerados para pacientes que já receberam quimioterapia anteriormente. A quimioterapia pode ajudar a controlar o crescimento do tumor e aliviar os sintomas.

Terapias direcionadas

Terapias direcionadas, que atacam especificamente as células cancerígenas com certas mutações genéticas, podem ser uma opção para alguns pacientes. Medicamentos como inibidores de PARP são utilizados em pacientes com mutações BRCA.

Imunoterapia

A imunoterapia, que estimula o sistema imunológico do paciente a combater o câncer, está sendo explorada como uma opção de tratamento para a recaída do câncer de pâncreas. Ensaios clínicos estão em andamento para avaliar a eficácia de diferentes abordagens imunoterapêuticas.

Radioterapia

A radioterapia pode ser utilizada para tratar a recaída local ou regional, especialmente se o tumor estiver causando sintomas como dor ou obstrução. A radioterapia pode ser administrada sozinha ou em combinação com quimioterapia.

Cirurgia

Em casos selecionados, a cirurgia pode ser uma opção para remover tumores recorrentes. No entanto, a cirurgia para a recaída do câncer de pâncreas é complexa e depende de vários fatores, incluindo a localização do tumor e a saúde geral do paciente.

Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos desempenham um papel crucial no manejo da recaída do câncer de pâncreas, especialmente em casos avançados. O objetivo dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida do paciente, aliviando os sintomas e proporcionando suporte emocional e psicológico. Isso pode incluir o manejo da dor, controle de náuseas, suporte nutricional e assistência psicológica.

Monitoramento e acompanhamento

O monitoramento contínuo é essencial para detectar precocemente qualquer sinal de recorrência. Isso inclui consultas regulares com o oncologista, exames de sangue para medir os níveis de marcadores tumorais e exames de imagem periódicos. O acompanhamento cuidadoso permite a detecção precoce da recaída e a implementação rápida de estratégias de tratamento.


Atualização: Dr. Ricardo Carvalho – CRM: 132.389 Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínico no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF

Data de publicação: 09/05/2014

Última atualização: 31/07/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930