A leucemia mieloide aguda (LMA) é um tipo de câncer que pode acontecer em qualquer idade, mas as pessoas com mais de 65 anos são as que mais recebem o diagnóstico. Ela não é hereditária, mas ainda não se sabe o porquê de seu surgimento. Sua principal característica é a super produção de células imaturas (que acabaram de nascer), também conhecidas por blastos (tipos de glóbulos brancos, responsáveis por combater as infecções). Elas passam a se desenvolver de forma descontrolada e param de desempenhar sua função, a de proteger o organismo contra as bactérias, vírus. Em grande quantidade na medula óssea, bloqueiam a formação dos demais componentes do sangue (glóbulos vermelhos, responsáveis pela oxigenação do corpo, e plaquetas, que impedem as hemorragias). Por isso, sangramentos persistentes podem ser um sintoma comum. Por ser uma leucemia aguda, ela apresenta rápido desenvolvimento, o que torna extremamente importante dar início ao tratamento o quanto antes.
Subtipos
Os exames de diagnóstico também poderão determinar quais os principais subtipos da leucemia. Antigamente a Organização Mundial da Saúde (OMS) classificava as LMA de acordo características observadas no microscópio após colorações e eram classificadas em oito subtipos:
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M0 e M1, mieloblásticas imaturas;
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M2, mieloblástica madura;
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M3, promielocítica;
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M4, mielomonocítica;
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M5, monocítica;
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M6, eritroleucemia;
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M7, megacariocítica.
Atualmente se analisam através de várias técnicas (microscopia, imunofenotipagem, cariótipo, FISH, painel de mutações por NGS). Com base nisso, hoje temos uma classificação bem mais precisa baseada em técnicas modernas, o que individualiza muito e permite ao médico definir qual o tratamento deverá ser seguido.
Dr. Fabio Pires