Apesar de se tratar de uma leucemia, nem sempre é indicado tratamento. Devido ao seu curso indolente, de forma mais benigna, cerca de um terço dos pacientes nunca necessitará de tratamento. Isso porque já foi demonstrado que o tratamento em pacientes sem indicação não traz nenhum benefício.
Mas o acompanhamento médico é fundamental. É necessária a presença de alguns sintomas para iniciar o tratamento, o qual teve um grande crescimento no seu arsenal nos últimos anos. A escolha entre as opções terapêuticas se faz considerando idade do paciente, doenças existentes, perfil da doença e acesso às medicações.
Quimioterapia
Quando o caso se agrava, é possível que o paciente seja encaminhado para este tratamento, que utiliza medicamentos extremamente eficazes no combate à LLC, com o objetivo de destruir, controlar ou inibir o crescimento das células doentes.
Alguns efeitos colaterais podem surgir, como enjoo, diarreia, obstipação, alteração no paladar, boca seca, feridas na boca e dificuldade para engolir. Mas saiba que existem medicamentos para amenizá-los. A nutrição é uma importante aliada na melhora de cada um deles, e por isso a ABRALE – Associação Brasileira de Linfoma e Leucemia, que colaborou neste texto, fez uma seleção de alimentos que vão te ajudar bastante neste momento. A queda de cabelo com esses esquemas pode ser pouca, mas é variável entre indivíduos.
Nessa fase, busque por alternativas como lenços, bonés, chapéus ou perucas, caso se sinta mais à vontade. A imunidade baixa, comum a esta fase do tratamento, pode facilitar o surgimento das infecções. A febre é o aviso de que um processo infeccioso está começando, então não deixe de procurar seu médico.
Se for necessário, medicamentos serão administrados. Mas com pequenos cuidados, como lavar as mãos com frequência, você pode evitar que essas temidas infecções apareçam. Também são utilizados medicamentos como terapia de suporte, que objetivam controlar ou inibir o surgimento de infecções, amenizar os efeitos colaterais da quimioterapia e melhorar a qualidade de vida do paciente em tratamento.
Terapia-alvo
Os avanços da ciência permitem que hoje existam medicamentos que ataquem apenas as células doentes, chamados então de “terapia-alvo”.
Além de muito mais específicos, costumam apresentar melhores resultados e cursam com menos toxicidade. Os principais medicamentos de terapia-alvo aprovados no Brasil para LLC são: Ibrutinibe, Acalabrutinibe e Venetoclax.
Imunoterapia
Este tratamento baseia-se em drogas conhecidas como anticorpos monoclonais, que agem de forma direcionada a células doentes. Rituximabe e Obinotuzumabe são os dois anticorpos monoclonais aprovados no Brasil para tratamento da LLC.
Transplante
Com os resultados alcançados com os tratamentos atuais, o transplante de medula óssea é pouco usado para o tratamento da LLC.
Tratamento em recaídas
Considera-se a LLC incurável de acordo com o padrão atual de tratamento. Assim, este visa melhorar os sintomas, com controle da doença. Portanto, o paciente pode apresentar recaídas, mas as novas drogas aprovadas para LLC apresentam excelentes resultados também nesse cenário.
É fundamental o acompanhamento médico para definir a necessidade de iniciar o tratamento e determinar de forma individualizada qual a melhor estratégia a ser adotada.
Atualização: Dr. Breno Moreno de Gusmão – CRM 166.471 Hematologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo e Dra. Natália Pin Chuen Zing – CRM 151.758 Hematologista na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Vídeo: Dra. Danielle Leão