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Câncer de pele (Melanoma) | O que é?

O câncer de pele é o tipo mais comum de câncer, afetando milhões de pessoas em todo o mundo anualmente. Esta doença ocorre quando há um crescimento anormal e descontrolado das células da pele, como geralmente resultado de danos causados pela exposição à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento.

Apesar de sua prevalência, o câncer de pele é também um dos tipos de câncer mais preveníveis e, quando detectado precocemente, tem altas taxas de cura.

Existem diferentes tipos de câncer de pele, cada um com suas próprias características e níveis de gravidade. Os três tipos principais são o carcinoma basocelular, o carcinoma espinocelular e o melanoma, sendo este último o mais perigoso e potencialmente fatal. Compreender o que é o câncer de pele, seus fatores de risco e sinais de alerta é fundamental para a prevenção e detecção precoce desta doença.

A pele

A pele é responsável por proteger contra o calor, a luz e os traumas, além de ajudar no controle da temperatura. Funciona como um reservatório de gordura e água e é o órgão responsável pele síntese de vitamina D. Tem três grandes camadas: epiderme, derme e gordura (ou camada subcutânea).

Camadas da pele
As camadas da pele.

A epiderme é a camada mais superficial, composta predominantemente por células escamosas. Na porção mais inferior da epiderme, encontram-se células mais arredondadas, chamadas de células basais, e as células que sintetizam o pigmento melanina: os melanócitos.

Os melanócitos são produtores do pigmento que dá cor à pele, a melanina. Quando estimulados pela luz solar, eles produzem mais melanina, o que confere o tom bronzeado à pele. Ao contrário da derme e do tecido gorduroso, a epiderme não contém vasos sanguíneos nem vasos linfáticos. Na derme encontram-se as glândulas sudoríparas, que produzem o suor e ajudam no controle da temperatura do corpo, bem como as glândulas sebáceas, que produzem a secreção responsável pela hidratação da pele.

Tipos de câncer de pele

Câncer de pele não melanoma

O carcinoma basocelular e o de células escamosas, em geral, ficam localizados por muitos anos e raramente se espalham. Apesar disso, se não forem tratados, podem crescer muito e até destruir o tecido ao seu redor.

Por exemplo, um carcinoma basocelular no nariz pode crescer e destruir a cartilagem do órgão, resultando em mutilação para o paciente. O carcinoma de células escamosas pode, ocasionalmente, espalhar-se para os canais linfáticos e atingir os linfonodos que drenam a região do tumor, mas raramente atinge órgãos internos pela via sanguínea.

Esse processo é mais comum em pacientes portadores de transplante de órgão que recebem medicamentos para deprimir o sistema imune. Não há necessidade de estadiamento com exames de imagem nesses casos, ou de um estadiamento específico para esses tumores de pele, pois eles, na sua maioria, estão restritos ao local em que se originaram.

Os dois tipos mais comuns são o carcinoma de células escamosas e o carcinoma basocelular. O carcinoma de células escamosas ocorre com mais frequência próximo ao lábio, orelhas, couro cabeludo e dorso das mãos. O carcinoma basocelular ocorre principalmente nos dois terços superiores da face.

Tendem a apresentar crescimento mais profundo e maior risco de recidiva as lesões de carcinoma basocelular e as de carcinoma de células escamosas localizadas na zona H do rosto, que abrange a região próxima aos olhos, o nariz e a área mais lateral do rosto.

Locais mais comuns do câncer de pele
Localização dos tipos mais comuns de câncer de pele

Melanoma

O melanoma é um tipo de câncer de pele agressivo que se origina nas células produtoras de pigmento chamadas melanócitos. Embora represente apenas uma pequena porcentagem de todos os casos de câncer de pele, o melanoma é responsável pela maioria das mortes relacionadas a esse tipo de câncer devido à sua capacidade de se espalhar rapidamente para outras partes do corpo se não for detectado e tratado precocemente.

Este tipo de câncer geralmente se desenvolve em áreas da pele expostas ao sol, mas pode ocorrer em qualquer parte do corpo, incluindo áreas que raramente recebem luz solar. O melanoma é mais comum em pessoas com pele clara, mas pode afetar pessoas de todos os tipos de pele.

A exposição excessiva à radiação ultravioleta (UV) do sol ou de fontes artificiais, como câmaras de bronzeamento, é o principal fator de risco para o desenvolvimento do melanoma. Outros fatores incluem histórico familiar da doença, presença de muitos nevos (pintas) ou nevos atípicos, e um sistema imunológico enfraquecido.

A detecção precoce é crucial para o tratamento bem-sucedido do melanoma. Por isso, é importante estar atento a mudanças na pele, especialmente em nevos existentes, e realizar exames de pele regulares. Com o diagnóstico e tratamento adequados, muitos casos de melanoma podem ser curados, especialmente quando detectados em estágios iniciais.

Melanoma in situ

No melanoma in situ, as células de melanoma ficam inicialmente confinadas na camada mais baixa da epiderme, a camada basal. Quando essas células penetram na derme, consideramos o melanoma como invasivo. As células do melanoma espalham-se pela via linfática ou pelos vasos sanguíneos.

História natural do melanoma de pele (câncer de pele)
História natural do melanoma de pele. Note que no melanoma mais profundo existe um risco maior de as células de melanoma entrarem nos canais linfáticos ou sanguíneos

O melanoma in situ representa a forma mais precoce e curável do melanoma. Com a detecção e tratamento adequados, as chances de cura são extremamente altas. A conscientização sobre os sinais e sintomas do melanoma in situ, juntamente com a prática de medidas preventivas, como a proteção contra a exposição solar e a realização de exames regulares, são essenciais para a prevenção e controle desta doença.

Prevenção do câncer de pele

A prevenção do câncer de pele envolve principalmente a proteção contra a exposição excessiva aos raios ultravioleta. Isso inclui o uso diário de protetor solar com FPS adequado, evitar a exposição ao sol nos horários de pico (entre 10h e 16h), usar roupas protetoras, chapéus e óculos de sol. Realizar autoexames regulares da pele e consultas periódicas com um dermatologista também são medidas preventivas importantes.

>> Leia aqui o artigo completo sobre a prevenção do câncer de pele

Fatores de Risco do câncer de pele

Os principais fatores de risco para o câncer de pele incluem exposição excessiva ao sol ou a fontes artificiais de radiação UV, pele clara, histórico familiar de câncer de pele, idade avançada, sistema imunológico enfraquecido e presença de muitos nevos (pintas) ou nevos atípicos. Pessoas que trabalham ao ar livre ou que tiveram queimaduras solares graves, especialmente na infância, também têm um risco aumentado.

>> Leia aqui o artigo completo sobre os fatores de risco do câncer de pele

Sintomas do câncer de pele

Os sintomas do câncer de pele variam dependendo do tipo, mas geralmente incluem mudanças na pele, como o aparecimento de novas lesões ou alterações em lesões existentes. Sinais de alerta incluem assimetria, bordas irregulares, variações de cor, diâmetro maior que 6 mm e evolução ou mudança ao longo do tempo. Outros sintomas podem incluir feridas que não cicatrizam, coceira, sangramento ou crostas em lesões cutâneas.

>> Leia aqui o artigo completo sobre os sintomas do câncer de pele

Diagnóstico do câncer de pele

O diagnóstico do câncer de pele começa geralmente com um exame visual da pele pelo dermatologista, que pode usar um dermatoscópio para uma visualização mais detalhada das lesões suspeitas. Se uma lesão parecer suspeita, uma biópsia é realizada para confirmar o diagnóstico. A amostra de tecido é então examinada por um patologista para determinar se é cancerígena e, em caso afirmativo, qual o tipo de câncer de pele.

>> Leia aqui o artigo completo sobre o diagnóstico do câncer de pele

Tratamento do câncer de pele

O tratamento do câncer de pele depende do tipo, tamanho, localização e estágio do câncer. As opções mais comuns incluem cirurgia excisional para remover o tumor, criocirurgia (congelamento), eletrocirurgia, terapia a laser, quimioterapia tópica ou sistêmica, radioterapia e imunoterapia. Para melanomas mais avançados, podem ser necessários tratamentos mais agressivos, incluindo cirurgia extensa, terapia-alvo e imunoterapia.

>> Leia aqui o artigo completo sobre o tratamento do câncer de pele

Recaída do câncer de pele

A recaída do câncer de pele é possível, especialmente em pacientes que já tiveram a doença anteriormente. O risco de recorrência varia dependendo do tipo e estágio do câncer original. Para minimizar o risco de recaída, é crucial manter o acompanhamento médico regular, realizar autoexames frequentes e continuar com as práticas de proteção solar. Pacientes que tiveram câncer de pele devem estar particularmente atentos a quaisquer novas mudanças na pele e relatar imediatamente ao médico.

>> Leia aqui o artigo completo sobre a recaída do câncer de pele


Atualização: Dra. Veridiana Pires De Camargo – CRM: 113175 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo 

Artigo publicado em: 08 de maio de 2014
Artigo atualizado em: 04 de julho de 2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930