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Infecção intestinal

A infecção intestinal é uma condição comum que, em geral, ocorre quando você ingere água ou alimentos contaminados por microrganismos patogênicos, como vírus, bactérias, parasitas e fungos. Os sintomas mais frequentes incluem diarreia, que na maioria das vezes desaparece espontaneamente após alguns dias.

No entanto, é crucial estar atento, pois algumas infecções podem se tornar mais graves, necessitando de intervenção médica. Fatores como práticas inadequadas de higiene, especialmente antes das refeições ou após usar o banheiro, podem aumentar o risco de infecção. Compreender as causas e os sinais de alerta é essencial para garantir uma recuperação rápida e segura.

Pontos-chave

  • Causas: A infecção intestinal é causada por vírus, bactérias, parasitas ou fungos em geral presentes em alimentos e água contaminados.
  • Sintomas comuns: Incluem diarreia, dor abdominal, náuseas, vômitos e febre, com risco maior para crianças e idosos.
  • Diagnóstico: Baseia-se na observação dos sintomas, e exames complementares são necessários em casos mais graves.
  • Tratamento: Envolve reidratação, repouso e, em alguns casos, medicamentos. Antibióticos só são usados para infecções bacterianas específicas.
  • Prevenção: Higiene adequada, como lavar as mãos e alimentos, e o consumo de água potável são essenciais para evitar infecções.

O que é infecção intestinal?

A infecção intestinal, também conhecida como gastroenterite, envolve a inflamação do trato gastrointestinal. Ocorre quando água ou alimentos contaminados com microrganismos são consumidos. Esses microrganismos, como bactérias, vírus e parasitas, entram no organismo e podem provocar sintomas intensos.

Vários agentes patogênicos causam infecção intestinal. Vírus como norovírus e rotavírus são frequentes, assim como bactérias como Escherichia coli e Salmonella. Parasitas como Giardia lamblia também entram na lista. Essa diversidade contribui para diferentes manifestações clínicas.

O monitoramento dos sintomas é crucial, pois diarreia, náuseas e febre são frequentes. Crianças e idosos correm maior risco de evolução para quadros mais graves devido ao sistema imunológico mais sensível. A prática de higienização adequada das mãos e alimentos pode minimizar o risco de infecção.

Sinais e sintomas de infecção intestinal

Infecção intestinal, também chamada de gastroenterocolite aguda, provoca sintomas que variam conforme o agente e a gravidade. Sintomas comuns surgem rapidamente ou gradualmente.

Sintomas comuns

Diarreia aparece em quase todos os casos com três ou mais evacuações em um dia. Outros sinais incluem:

  • Dor de barriga: Cólicas e desconforto abdominal frequentes.
  • Vômitos e náuseas: Mal-estar e enjoo.
  • Sensação de estufamento: Distensão abdominal e gases excessivos.
  • Febre: Pode ser baixa ou alta, dependendo do patógeno.

Além desses, há fadiga, boca seca, perda de apetite e desidratação. O desequilíbrio nos eletrólitos, como potássio, pode surgir quando há uma perda rápida ou intensa de fluidos via diarreia e vômitos.

Principais causas da infecção intestinal

A infecção intestinal surge frequentemente devido ao consumo de alimentos ou água contaminados por microrganismos. Abaixo estão detalhadas as principais causas divididas pelos tipos de infecção.

Infecções Virais

Os vírus são agentes comuns de infecções intestinais. Rotavírus frequentemente afeta crianças pequenas, resultando em febre e diarreia aquosa. O norovírus se espalha causando viroses gastrointestinais. O adenovírus pode atingir pessoas de qualquer idade, apresentando sintomas semelhantes ao das outras gastroenterites. Essas infecções são autolimitadas, mas exigem atenção para evitar complicações desidratantes.

Infecções bacterianas

Micro-organismos como bactérias são uma fonte comum de infecção intestinal. A Salmonella spp. é responsável por gastroenterite aguda, causando diarreia, vômitos e febre. A Escherichia coli (E. coli), especialmente a variante entero-hemorrágica, provoca diarreia que pode ser aquosa ou sanguinolenta. Shigella é conhecida por causar disenteria bacilar com sintomas de febre e diarreia sanguinolenta. Para um grupo mais vulnerável, como indivíduos imunocomprometidos, a Listeria spp. apresenta riscos de infecções severas. Além disso, a Vibrio cholerae é a bactéria responsável pela cólera, caracterizada por diarreia aquosa profusa (Fonte: CDC).

Infecções parasitárias

Parasitários como a Giardia lamblia e a Entamoeba histolytica causam infecções significativas podem resultar em diarreia grave e febre. Infecções parasitárias ocorrem em condições sanitárias inadequadas, tornando a higiene um fator crucial para a prevenção. Parasitas podem ser transmitidos via água contaminada, exigindo medidas preventivas rigorosas para controle.

Diagnóstico da infecção intestinal

O diagnóstico da infecção intestinal utiliza a coleta de anamnese detalhada e exame físico. O médico costuma questionar sobre hábitos alimentares, viagens, contatos com doentes e uso de antibióticos. Essas informações são essenciais para identificar a origem da infecção e decidir a necessidade de exames complementares.

Sintomas clínicos

Os sintomas mais comuns de infecção intestinal incluem diarreia, náuseas e vômitos, com dor abdominal e febre. A diarreia pode ser definida como três ou mais evacuações com fezes aquosas ou amolecidas em 24 horas. Monitorar esses sintomas é crucial, pois persistência indica a necessidade de avaliação médica.

Exames complementares

Embora o diagnóstico seja frequentemente baseado em sintomas, exames como coprocultura podem ser fundamentais para detectar bactérias específicas nas fezes. Exames laboratoriais são realizados ao encontrar sintomas persistentes, como diarreia prolongada, febre elevada ou desidratação significativa.

Sinais de alarme

Exames laboratoriais são recomendados quando há sinais de alarme. Estes incluem desidratação, diarreia prolongada, sangue ou pus nas fezes e febre alta. Pessoas com imunidade reduzida, idosos e dor abdominal intensa também requerem atenção especial.

Tratamento para infecção intestinal

Infecções intestinais são tratadas com medidas de suporte e medicamentos adequados. O foco está em aliviar sintomas e prevenir complicações.

Medicamentos recomendados

O uso de antibióticos é restrito, indicado em infecções bacterianas específicas. Para alívio dos sintomas, analgésicos e probióticos estão disponíveis para reduzir desconforto e equilibrar a flora intestinal. Evite automedicação pelos riscos de efeitos colaterais.

Tratamentos caseiros

Reidratação oral é crucial e você pode ingerir água, água de coco e soro caseiro. Chás de boldo e hortelã ajudam na digestão. Recomenda-se repouso e consumo de alimentos leves para não sobrecarregar o organismo. Atente-se aos sinais de agravamento e procure ajuda médica conforme necessário.

Prevenção da infecção intestinal

Impedir infecções intestinais requer práticas cuidadosas de alimentação, higiene e ambiente. Adotar medidas preventivas reduz significativamente o risco.

Cuidados com alimentação e água

Higienizar bem os alimentos é essencial. Lave frutas e verduras com água potável. Cozinhe carnes e ovos adequadamente para eliminar patógenos como Salmonella e E. coli. Consuma água filtrada ou fervida para evitar contaminantes. Use hipoclorito de sódio para desinfetar alimentos crus, aumentando a segurança.

Higiene pessoal e ambiental

Lave as mãos regularmente, especialmente após o uso do banheiro e antes de manipular alimentos. Evite contato direto com pessoas doentes. Desinfete superfícies onde alimentos são preparados para reduzir contaminação. Lave frequentemente roupas de cama e itens domésticos para prevenir a proliferação de vírus e bactérias.

Quando procurar um médico?

Em caso de infecção intestinal, procure um médico se os sintomas persistirem além de certos períodos. Em caso de infecção intestinal, procure um médico se os sintomas persistirem por alguns dias ou se houver sinais de alarme.

Sintomas graves: Sinais como diarreia com sangue, vômitos persistentes e febre alta exigem intervenção médica. A desidratação, indicada por boca seca e sede intensa, também requer atenção.

Pessoas vulneráveis: Crianças, idosos, pacientes imunocomprometidos e grávidas enfrentam maior risco de complicações, demandando cuidado médico em caso de suspeita de infecção.

Infecção intestinal pode ser câncer?

Embora infecções possam compartilhar alguns sintomas com determinados tipos de câncer, como dor abdominal e alterações nos hábitos intestinais, são condições distintas. A infecção intestinal é geralmente aguda e autolimitada embora em alguns casos possa ser prolongada, enquanto o câncer é uma doença crônica que requer diagnóstico e tratamento especializados. Se você observar sintomas persistentes ou agravantes, como perda de peso inexplicada ou sangue nas fezes, é crucial procurar avaliação médica. O diagnóstico precoce é vital para qualquer condição, garantindo um tratamento eficaz e melhores resultados. Portanto, mantenha-se atento aos sinais do seu corpo e adote práticas de higiene adequadas para promover a saúde intestinal.

Data de publicação: 17/10/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930