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GIST | Diagnóstico

O diagnóstico do GIST (Tumor Estromal Gastrointestinal) envolve uma série de exames e procedimentos que visam identificar a presença do tumor, determinar sua extensão e planejar o tratamento adequado. A detecção precoce é crucial para melhorar o prognóstico e as chances de cura.

Exames de imagem

Tomografia Computadorizada (TC)

A tomografia computadorizada é uma ferramenta essencial no diagnóstico do GIST. Utilizando raios-X para criar imagens detalhadas em cortes transversais, a TC oferece uma visão abrangente da anatomia interna do paciente. Este exame é particularmente eficaz na identificação de tumores, avaliação da extensão da doença e detecção de metástases em órgãos distantes. A administração de contraste intravenoso durante o exame melhora a visualização das lesões e a diferenciação entre tecidos normais e patológicos.

Ressonância Magnética (RM)

A ressonância magnética utiliza campos magnéticos e ondas de rádio para produzir imagens detalhadas das estruturas internas do corpo. A RM é especialmente útil para avaliar a extensão local do tumor e a invasão de estruturas adjacentes. Este exame é particularmente útil em casos onde a TC não fornece informações suficientes ou em pacientes que não podem ser expostos à radiação ionizante.

Ultrassonografia Endoscópica (USE)

A ultrassonografia endoscópica combina a endoscopia tradicional com a ultrassonografia, permitindo uma visualização detalhada do trato gastrointestinal e das estruturas adjacentes. Durante o procedimento, um endoscópio equipado com um transdutor de ultrassom é inserido no trato gastrointestinal, proporcionando imagens de alta resolução. A USE é particularmente útil para avaliar a extensão do tumor e realizar biópsias guiadas por ultrassom.

Exames de sangue

Exames de sangue podem ser realizados para avaliar a função hepática e detectar anemias que possam estar associadas ao sangramento gastrointestinal. Embora não existam marcadores sanguíneos específicos para GIST, exames gerais podem ajudar a avaliar a saúde geral do paciente.

Biópsia

Biópsia endoscópica

Durante a ultrassonografia endoscópica, pode-se realizar uma biópsia endoscópica para coletar amostras de tecido diretamente do tumor. Este método é altamente preciso e permite uma avaliação detalhada das células tumorais.

Biópsia por Aspiração com Agulha Fina (BAAF)

A biópsia por aspiração com agulha fina é um procedimento minimamente invasivo utilizado para coletar amostras de tecido do GIST. Guiada por ultrassonografia ou tomografia computadorizada, uma agulha fina é inserida através da pele até o tumor para obter células para análise. Este procedimento é geralmente bem tolerado e pode fornecer informações definitivas sobre a natureza do tumor.

Exame anatomopatológico

Avaliação histológica

As amostras de tecido coletadas durante a biópsia são enviadas para análise histológica. O patologista examina as amostras ao microscópio para determinar a presença e o grau de diferenciação das células tumorais. A avaliação histológica é crucial para confirmar o diagnóstico de GIST e para determinar o tipo histológico do tumor.

Imunohistoquímica

A imunohistoquímica é uma técnica utilizada para identificar proteínas específicas nas células tumorais. A maioria dos GISTs expressa a proteína KIT (CD117), que é um marcador diagnóstico importante. A detecção de KIT por imunohistoquímica confirma o diagnóstico de GIST. Outros marcadores, como DOG1 e CD34, também podem ser utilizados para auxiliar no diagnóstico.

Estadiamento

Sistema TNM

O estadiamento do GIST é realizado com base no sistema TNM (Tumor, Nódulos, Metástases). Este sistema avalia:

  • T (Tumor): O tamanho e a extensão do tumor primário.
  • N (Nódulos): A presença de linfonodos afetados.
  • M (Metástases): A disseminação do câncer para outras partes do corpo.

Exames adicionais para estadiamento

  • PET-CT (Tomografia por Emissão de Pósitrons): Utilizada para detectar metástases distantes e avaliar a extensão da doença.
  • Cintilografia Óssea: Utilizada para detectar metástases ósseas, que são menos comuns em GIST, mas possíveis.

Data de publicação: 03/07/2017

Última atualização: 08/08/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930