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Amamentação reduz risco de câncer

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Na semana mundial do aleitamento materno, uma boa notícia. Além de todos os benefícios já conhecidos, a amamentação também pode diminuir o risco de câncer de mama na mãe.

Pesquisas têm mostrado que mães que amamentam diminuem o risco de câncer de mama pré e pós-menopausa. De acordo com a OMS (Organização Mundial da Saúde), o ideal é a amamentação exclusiva por pelo menos 6 meses, sem água, outros líquidos ou sólidos. O leite materno fornece toda a energia e nutrientes de que o bebê precisa durante esse tempo para se desenvolver e se manter saudável. “As evidências mostram que os benefícios de saúde e a redução de risco de câncer tornam-se significativas por esse período e, ainda mais, para aquelas mulheres que amamentam por mais de seis meses, o que pode fornecer proteção adicional”, afirma o oncologista Antonio Carlos Buzaid, chefe geral do Centro Oncológico Antônio Ermírio de Moraes (COAEM).

Leia também: Uma história de gravidez com câncer

A maioria das mulheres que amamentam experimentam alterações hormonais durante a lactação que atrasam os seus períodos menstruais. Isso reduz a exposição a hormônios como o estrogênio, que pode promover o crescimento de células de câncer de mama. Além disso, durante a gravidez e a amamentação a mulher renova o tecido mamário, o que pode ajudar a remover células com danos ao DNA, reduzindo o risco de desenvolver câncer de mama.

A amamentação também pode ajudar a diminuir o risco de câncer de ovário, impedindo a ovulação. O mecanismo é o mesmo: quanto menos a mulher ovula, menor a exposição ao estrogênio e às células anormais que podem se tornar câncer.

Depois de seis meses, o leite materno fornece pelo menos metade das necessidades nutricionais do seu filho. Assim, você pode introduzir gradualmente alimentos como cereais, frutas e legumes, mas deve continuar a amamentar.

Em um estudo realizado pelo Grupo Colaborativo de Fatores Hormonais no Câncer de Mama, os pesquisadores compararam mães que amamentaram com aquelas que não o fizeram, e descobriram que para cada 12 meses que uma mulher amamenta, seu risco de câncer de mama diminui 4,3%. Além disso, pesquisadores australianos também observaram que as mulheres que amamentaram por mais de 13 meses tiveram 63% menos probabilidade de desenvolver câncer de ovário em comparação com as mulheres que amamentaram por menos de sete meses. E as mulheres que amamentaram vários filhos por mais de 31 meses podem reduzir o risco de câncer de ovário em até 91% em comparação com as mulheres que amamentaram por menos de 10 meses.

Amamentação também protege a criança contra o câncer

A amamentação não só reduz o risco de a mãe desenvolver câncer, mas também da criança. “As evidências mostram que a amamentação pode ajudar a evitar que a criança se torne obesa, o que também é um fator de risco para muitos tipos de tumor, como câncer de pâncreas, mama (pós-menopausa), endometrial, esôfago, colorretal e renal”, explica o oncologista Fernando Maluf, Chefe da Oncologia Clínica do COAEM.

A amamentação também ajuda a fortalecer o sistema imunológico ao transmitir os anticorpos da mãe para o filho. Isso ajuda a reduzir os riscos de desenvolver infecções, bem como problemas respiratórios e do sistema digestivo. Além disso, a pesquisa indica que quanto mais tempo uma criança é amamentada, menor seu risco de desenvolver alergias.

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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