A vitamina D é produzida a partir do colesterol quando a pele é exposta à luz solar. Mas, para a produção ocorrer dessa forma, é necessário tomar Sol por pelo menos 15 minutos ao dia sem proteção, o que não é recomendado por dermatologistas e oncologistas. “A Sociedade Brasileira de Dermatologia condena a exposição voluntária ao Sol sem proteção porque aumenta o risco de câncer de pele”, afirma a dermatologista Caroline Assed, assessora da diretoria da Sociedade Brasileira de Dermatologia.
“O bom senso é fundamental. Ninguém está recomendando que a pessoa fique no Sol sem protetor para se queimar. Às vezes, o Sol de uma caminhada até o trabalho ou até o restaurante para almoçar pode ajudar”, diz a endocrinologista Victoria Borba, integrante da Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Metabologia.
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A vitamina D ajuda na absorção do cálcio pelo organismo e seus benefícios estão ligados principalmente à parte óssea. A falta dela pode levar ao raquitismo em crianças e a perda da massa óssea nos adultos. Quando essa perda de massa óssea é grande, o indivíduo pode ter osteoporose, que se caracteriza pelo enfraquecimento dos ossos. Com os ossos mais porosos e fracos, a pessoa fica mais sujeita a sofrer fraturas. As mulheres que estão na menopausa tem risco maior de ter osteoporose por causa do desequilíbrio hormonal.
Se a exposição solar não é recomendada por dermatologistas e oncologistas por causa do aumento do risco de câncer de pele, é necessário buscar outras fontes. “Se houver deficiência de vitamina D no organismo, ela pode ser reposta de outras formas que não seja a exposição solar. Pode ser reposta com suplementos”, orienta o oncologista Rafael Aron Schmerling, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer.
Crianças, gestantes, mulheres na menopausa, idosos ou pessoas com doenças crônicas têm mais risco de ter falta de vitamina D. “É importante ficar atenta a essa população de risco. Se houver falta de vitamina D, o médico vai prescrever a reposição que poderá ser feita com cápsulas. Mas só o médico pode fazer isso”, ressalta a endocrinologista Victoria Borba.
A vitamina D também está em alguns alimentos, mas em quantidade pequena. Ainda assim, é encontrada em peixes como salmão, sardinha e atum. Fígado bovino, leite, cogumelos, ovos e ostras também têm vitamina D. “Em muitos países há alimentos enriquecidos com vitamina D. No Brasil ainda são poucos, há alguns iogurtes”, acrescenta a endocrinologista.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.