O que deve ser evitado é o excesso do extrato de chá verde, um derivado vegetal muito mais concentrado!
São muitos os mitos sobre o consumo de chá verde por pacientes com câncer. Afinal, ele faz bem ou mal para quem está em tratamento quimioterápico? O fato é que o chá verde diluído com água (o normal, aquele que consumimos em casa) não tem potencial de prejudicar o tratamento dos pacientes.
A confusão surge principalmente porque o seu extrato (que é derivado do chá verde e de origem vegetal) contém níveis muito mais concentrados de propriedades antioxidantes, que podem sim, se consumidos em excesso, prejudicar a eficácia de algumas drogas anticancerígenas.
A explicação está no fato de a ação antioxidante possuir função de proteger as células do corpo – incluindo também aquelas que são cancerígenas. É justamente esse efeito de proteção que pode comprometer o efeito dos medicamentos tomados. A recomendação médica é evitar o consumo em excesso principalmente dos chamados suplementos alimentares (a exemplo do chá-verde).
Algumas pessoas também acreditam que o chá-verde diluído pode comprometer o sono – por possuir determinados níveis de cafeína –, o que para uma pessoa em tratamento seria bastante delicado. Mas é importante ressaltar que, ao contrário do que muitos acreditam, esses níveis são baixos e insuficientes para produzir tal efeito.
Não há um consenso sobre os danos que o extrato de chá-verde pode trazer para os pacientes em tratamento. Há muito interesse da comunidade médica nas suas propriedades antioxidantes, mas não há uma conclusão efetiva se os efeitos são mais danosos, mais benéficos ou indiferentes. Ainda há vários estudos em andamento. Por isso, se houver dúvidas sobre a ingestão da bebida, o ideal é consultar seu oncologista.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.