Comprar comida pronta sem prestar atenção e entender o que está escrito no rótulo da embalagem é o mesmo que participar de um programa de televisão em que o candidato, com uma venda nos olhos, aceita que lhe coloquem na boca alguma coisa que ele não sabe o que é.
Dá para arriscar? Tem como saber o que estamos levando da gôndola do supermercado para a mesa de nossa casa? Temos ideia do que estamos oferecendo às nossas crianças? Com a saúde da família e com o futuro de nossos filhos não dá para brincar. É preciso saber decifrar o que está escrito nas embalagens. É o que vamos ensinar neste artigo. Acompanhe-nos.
Há diversos ingredientes nos alimentos industrializados que não parecem, mas são açúcares – maltotriose, mel, maltodextrina, malte caramelizado, todos tipos de xarope, galactose, extrato de cevada maltada, glicose, sacarose, lactose, dextrose, frutose, açúcar invertido, glucose de milho, açúcar refinado, caramelo etc. Este tipo açúcar – geralmente carboidrato simples, refinado. Seu consumo em excesso prova obesidade, diabetes, inflamação crônica, o corpo vira uma porta aberta para infecções.
Porém, a alternativa saudável existe. Para adoçar (ou para realçar o sabor salgado de) seus produtos, a indústria pode usar outros ingredientes com qualidades nutricionais muito melhores. Citamos aqui alguns deles: açúcar de coco, açúcar de tâmara, açúcar mascavo, néctar de agave, melaço ou demerara. São por eles que devemos procurar nos rótulos.
A dica principal
Observe a ordem na lista de ingredientes. Ela é elaborada na forma Decrescente, ou seja, o ingrediente em MAIOR quantidade aparece primeiro e assim por diante. Por exemplo, se os primeiros ingredientes indicarem algum açúcar, saiba que este alimento tem maior quantidade de açúcar na sua composição. Outro exemplo: se for comprar um pão integral, o primeiro ingrediente deve ser farinha integral e não farinha enriquecida com ácido fólico e ferro (farinha branca).
Outra coisa:
Quanto maior for esta lista, com nomes que você não entende e com muito deles terminados com ‘ante’, evite ao máximo consumir o produto porque é alimento ultra-processado e cheio de química (conservante, emulsificante, edulcorante) que faz mal à saúde e pode desencadear a obesidade. Isto vale para todos os tipos de industrializados: pães, iogurtes, barrinhas, chocolates, bolachas, torradas, biscoitos, leites e etc.
Os iogurtes e barrinhas também são grande exemplo disto – geralmente a lista de ingrediente é grande e cheia de açúcar. Procure aqueles com poucos itens na lista e sem açúcar ou com açúcar de boa qualidade.
Lembre-se: quanto mais natural a alimentação e quanto menos embalagens tiver a nossa comida, melhor será a nossa saúde.
Rotulagem
A oferta de alimentos industrializados e embalados cresceu muito nos últimos tempos. De uns anos para cá, aumentou vertiginosamente a produção de alimentos prontos, preparados de modo correto e com bons ingredientes. Basta percorrer os corredores dos supermercados para constatar a enorme oferta de massas, molhos, temperos, carnes prontas, panificação, doces etc.
Atenção: é sempre bom deixar a luz amarela acesa, porque muitos destes produtos são fabricados com a adição de ingredientes nem sempre inofensivos, tais como açúcares, sódio, óleos hidrogenados, gorduras e aditivos (conservantes, emulsificantes, corantes, acidulantes etc). Os aditivos químicos têm a função de não deixar estragar o alimento e ainda aumentar a sua durabilidade, além de realçar cor, sabor e textura dos alimentos.
Mas não é preciso desistir da comida pronta. Nem toda ela faz mal à saúde. Há atualmente uma boa oferta de produtos industrializados de excelente qualidade que favorece a saúde. É estimulante ver a quantidade de produtos nas prateleiras dos supermercados com o rótulo “orgânico” ou integral, fabricados com ingredientes cultivados sem agrotóxicos e pesticidas; carne de animais tratados sem antibióticos, ovos de galinhas criadas livres, com ração orgânica. Tem muita coisa boa, só precisamos saber escolher o alimento certo! Para isto, devemos ler e entender o significado do que está escrito na embalagem.
Por lei, a indústria é obrigada a colocar todas as informações nutricionais e a lista de ingredientes nos rótulos do produto. Muitas vezes, estas informações não estão bem visíveis, nem vem escrito de forma clara e compreensível. Ainda assim, é necessário procurar pela informação.
Com o despertar da consciência ecológica – “a comida é o nosso melhor remédio, a volta à natureza é o caminho da recuperação da saúde e a preservação do planeta é a garantia do futuro na terra” – assistimos a um verdadeiro “bum”: todo mundo começou a querer consumir alimentos saudáveis.
Apoiada no marketing por mais saúde, e de olho na demanda do mundo moderno por mais praticidade e facilidade na hora de comer, a indústria aproveitou a onda e encheu as gôndolas dos supermercados com novos produtos. E o que se viu foi uma inundação de produtos lights, diet, zero gordura, zero adição de açúcar, sem glúten, sem lactose etc. Enfim, uma boa notícia.
Mas… será que alimentar-se de maneira equilibrada e saudável está finalmente ao alcance da mão, bastando retirar da prateleira, passar no caixa, levar para casa, desembalar e comer?
Bem, a verdade é que nem todo ‘saudável’ é saudável de verdade. Existe uma bela porção de porcarias que vem junto com o que se quer vender como “bom para a saúde” e que está camuflado e escondido nos rótulos. Não se deixe enganar pela propaganda, os rótulos não confessam toda a verdade.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.