Produtos com lactose devem ficar temporariamente fora do cardápio nesses casos.
Se muitas vezes não nos sentimos bem ao ingerir leite e seus derivados quando estamos saudáveis, a complicação pode ser ainda maior quando já apresentamos sintomas de diarreia.
Veja também: Alimentos que ajudam a controlar a diarreia
Há uma justificativa para essa resposta do organismo. A passagem do alimento pelo trato intestinal é muito rápida, e não há tempo para a produção suficiente de lactase – enzima responsável pela digestão e degradação da lactose, principal açúcar do leite – pelo intestino delgado. Como a lactose não chega ao intestino grosso degradada, acaba sendo fermentada ali mesmo por bactérias, produzindo consequentemente ácido lático e gases. O resultado, todo mundo conhece: intensificação dos sintomas da diarreia, um cenário muito prejudicial à saúde do paciente em tratamento e que pode comprometer ainda mais a sua qualidade de vida.
Outra razão que faz com que o leite e seus derivados não sejam indicados para os pacientes com diarreia é o fato de que a presença da lactose no intestino grosso aumenta a retenção de água pelo órgão, contribuindo para a piora dos sintomas e para um aumento significativo das cólicas intestinais.
Além disso, a digestão do leite – até pela própria presença da lactose – é mais demorada, e como esse açúcar não é tão simples de ser digerido pelo estômago, acaba dando uma sensação de “estômago pesado”, que pode intensificar os sintomas do quadro.
O ideal é que o paciente com diarreia troque o leite por alimentos à base de soja ou pelo iogurte, que possui menos lactose e é digerido com muito mais facilidade. Além disso, o iogurte é um importante probiótico natural (alimentos que possuem micro-organismos vivos benéficos para o trato intestinal) e irá garantir que bactérias boas perdidas durante os episódios sejam repostas, contribuindo para o reequilíbrio da flora intestinal.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.