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Falta de ar

Sentir falta de ar pode ser uma experiência assustadora e desconfortável. Esse sintoma, conhecido como dispneia, é comum em diversas condições de saúde, incluindo o câncer. A dificuldade para respirar pode variar de uma leve sensação de falta de ar até uma incapacidade severa de respirar normalmente.

Pontos-chave

  • Definição e sintomas de dispneia: Falta de ar, ou dispneia, é a dificuldade para respirar, podendo surgir até em repouso e se intensificar com esforços físicos. Sintomas comuns incluem tosse, dor torácica, palpitações, podendo ocorrer até agitação, confusão e redução do nível de consciência, em casos mais graves.
  • Principais causas: Diversos fatores podem causar falta de ar, incluindo estresse, ansiedade, gravidez, problemas cardíacos, doenças pulmonares como bronquite e asma, gripe, Covid-19, anemia, obesidade, reações alérgicas e atividade física intensa.
  • Manejo e tratamentos: Tratar a falta de ar implica em identificar a causa subjacente. Apoio médico e exames como raio-X, espirometria, exames de sangue,  eletrocardiograma e tomografia são essenciais. Mudanças no estilo de vida e medicamentos podem ser necessários conforme a causa.
  • Quando procurar um médico: É crucial buscar ajuda médica se a falta de ar persistir, especialmente se acompanhada de sintomas graves como desconforto torácico, palpitações, perda de peso inexplicável e suores noturnos.
  • Falta de ar e câncer: Dispneia pode ser um sintoma de câncer, especialmente câncer de pulmão. Tosse com sangue, dor no peito, rouquidão e perda de peso são sinais que requerem avaliação médica imediata para diagnóstico e melhor prognóstico.

O que é falta de ar?

A falta de ar, também chamada de dispneia, é a sensação de dificuldade para respirar. Pode ocorrer mesmo em repouso e intensificar-se com atividades físicas. A respiração pode se tornar rápida e superficial, muitas vezes indicando uma resposta do corpo à necessidade de mais oxigênio.

Sintomas comuns

A dispneia pode ser acompanhada de sintomas adicionais:

  • Tosse: Pode ser persistente ou intermitente, piorando com o esforço.
  • Dor torácica: Potencialmente aguda e associada à dificuldade respiratória.
  • Palpitações: Sensação de batimentos cardíacos irregulares ou rápidos.
  • Agitação e confusão: Sintomas de baixa oxigenação cerebral, pode indicar um caso grave.
  • Redução do nível de consciência: Pode indicar um caso grave, requerendo atenção imediata.

As 11 principais causas da falta de ar

A falta de ar, ou dispneia, é comum em várias condições médicas. Aqui estão as 11 principais causas:

Bronquite

A bronquite é a inflamação dos brônquios, as principais vias respiratórias. Pode ser aguda ou crônica. A condição pode resultar em tosse persistente e dificuldade para respirar. Evitar a exposição ao fumo e poluição ajuda a reduzir os episódios.

Asma

A asma é uma doença crônica das vias respiratórias que causa inflamação e obstrução. Os sintomas incluem falta de ar, chiado no peito e tosse. O diagnóstico precoce e o uso de inaladores podem ajudar no controle da doença.

Gripe

A gripe é uma infecção viral que atinge o trato respiratório. Além de falta de ar, causa febre, dor de cabeça e tosse. A vacinação anual ajuda a prevenir surtos, especialmente em grupos de risco.

Covid-19

Covid-19, causada pelo SARS-CoV-2, pode impactar a capacidade respiratória, levando à dispneia. A doença pode evoluir para pneumonia. Medidas preventivas incluem vacinação e uso de máscaras.

Anemia

A anemia resulta em baixa concentração de hemoglobina, afetando a oxigenação do corpo. Fatores como deficiência de ferro e condições crônicas são causais possíveis. A suplementação adequada e uma dieta rica em ferro podem fazer parte do tratamento, a depender da causa da anemia.

Obesidade

A obesidade coloca pressão no sistema respiratório, dificultando a respiração. A perda de peso e o aumento da atividade física são estratégias eficazes na redução da dispneia devido ao excesso de peso.

Doenças cardíacas

Doenças cardíacas, como insuficiência cardíaca, reduzem a capacidade do coração de bombear sangue. Isso pode levar à acumulação de líquido nos pulmões, tornando a respiração difícil. O tratamento pode incluir medicamentos diuréticos e mudanças no estilo de vida.

Reação alérgica

Reações alérgicas podem causar edema das vias respiratórias, resultando em falta de ar. O uso de anti-histamínicos e evitar alérgenos conhecidos são medidas preventivas eficazes.

Ansiedade e estresse

A ansiedade e o estresse ativam a resposta de “luta ou fuga”, causando hiperventilação e falta de ar. Técnicas de relaxamento como respiração profunda e meditação ajudam a melhorar os sintomas.

Gravidez

Durante a gravidez, especialmente após as 26 semanas, o crescimento do útero pode pressionar o diafragma, limitando a respiração. Exercícios leves e posturas adequadas podem auxiliar na redução da dispneia.

Atividade física

A atividade física intensa aumenta a demanda por oxigênio, potencialmente levando à falta de ar. Pessoas destreinadas sentem mais esses efeitos. Um programa de exercícios graduais pode melhorar a capacidade respiratória.

O que fazer em caso de falta de ar

Em casos de falta de ar, também conhecida como dispneia, algumas medidas imediatas podem ser adotadas para aliviar os sintomas e garantir a segurança. Esses passos são essenciais para seu bem-estar até que possa procurar atendimento médico.

Sentar e se acalmar

Sente-se e tente manter a calma. Evite posições que comprimam o abdômen. Sentar em uma cadeira com as costas retas ou inclinado para frente pode ajudar na expansão dos pulmões.

Procurar ajuda médica

Procure ajuda médica se a falta de ar persistir por mais de 30 minutos. Em uma emergência, vá ao pronto-socorro. Detalhe ao médico a frequência e intensidade dos sintomas, para um diagnóstico mais preciso.

Realizar exames

O médico pode solicitar exames para identificar a causa. Exames comuns incluem:

  • Exames de sangue: Podem incluir hemograma, avaliação dos níveis de oxigênio, dióxido de carbono, marcadores inflamatórios, entre outros.
  • Raio-X: Identifica problemas pulmonares, como pneumonia.
  • Eletrocardiograma: Verifica anormalidades no ritmo cardíaco que podem causar dispneia.
  • Espirometria: Mede a capacidade pulmonar e identifica condições como asma e enfisema.
  • Tomografia de tórax: É o método mais utilizado para identificar um possível câncer de pulmão ou metástases pulmonares

Essas medidas visam garantir seu conforto e segurança enquanto a causa da falta de ar é determinada e tratada.

Quando procurar um médico?

Se você sentir falta de ar, conhecida como dispneia, é crucial observar os seguintes sinais para saber quando procurar um médico. Essa avaliação será fundamental para garantir que a causa do problema seja identificada e tratada adequadamente.

Falta de ar em repouso

Sentir dificuldade para respirar mesmo estando em repouso é um alerta grave. Essa condição pode indicar problemas cardíacos, pulmonares ou outras doenças sérias. Procurar atendimento médico imediato pode ser vital para o diagnóstico e tratamento adequado.

Agitação ou confusão

Sentir-se agitado ou confuso pode ser um sinal de que seu corpo não está recebendo oxigênio suficiente. Esses sintomas podem acompanhar a falta de ar e apontam para emergência médica. Contate um profissional de saúde imediatamente para uma avaliação completa.

Redução do nível de consciência

Se você perceber uma redução no seu nível de consciência ou notar que alguém ao seu redor começa a perder a capacidade de responder, busque ajuda médica imediata. Essa condição pode ser sinal de hipoxemia severa (baixo nível de oxigênio no sangue).

Desconforto torácico

Desconforto ou dor no peito junto com falta de ar pode indicar condições sérias como infarto do miocárdio ou angina. A melhor maneira de lidar com esses sintomas é procurar atendimento médico imediato. Diagnósticos e intervenções precoces podem salvar vidas.

Palpitações

Palpitações, ou sensações de batimentos cardíacos irregulares, quando associadas à falta de ar, podem ser indicativos de arritmias cardíacas. Consultar um cardiologista será essencial para avaliar o tipo de arritmia e estabelecer um tratamento adequado.

Perda de peso

Perda de peso inexplicável juntamente com falta de ar pode ser um sintoma de doenças crônicas graves, incluindo câncer. Um médico poderá solicitar exames adicionais para identificar a causa e recomendar o tratamento necessário.

Suores noturnos

Suores noturnos associados com falta de ar podem indicar uma infecção subjacente ou outras condições médicas que necessitam de avaliação urgente. Procure um médico para obter um diagnóstico e tratamento apropriados.

Em casos graves de falta de ar, especialmente quando acompanhados de um dos sintomas mencionados acima, ir a um hospital imediatamente é crucial. Estratégias como manter a calma, melhorar a ventilação e evitar esforços físicos intensos podem ajudar temporariamente até que o atendimento médico seja obtido.

Falta de ar pode ser câncer?

A falta de ar, ou dispneia, pode ser um sintoma de câncer, especialmente do câncer de pulmão. Esse sintoma é um dos mais comuns no câncer de pulmão, juntamente com tosse persistente ou com sangue, dor no peito, rouquidão, fadiga, perda de peso e perda de apetite. A dispneia também pode ocorrer devido a outros tipos de tumores com disseminação para o pulmão (metástases pulmonares).

Em pacientes oncológicos, o crescimento do tumor e tratamentos como quimioterapia, radioterapia, imunoterapia e terapia-alvo podem causar esse sintoma.

Se você apresentar falta de ar persistente, é essencial procurar orientação médica. A avaliação adequada pode incluir exames de imagem, como radiografia ou tomografia computadorizada, para identificar a causa e determinar o melhor tratamento.

Em resumo, a falta de ar não deve ser ignorada, especialmente se vier acompanhada de outros sintomas como tosse com sangue, dor no peito e perda de peso. A detecção precoce é crucial para melhorar o prognóstico e a qualidade de vida do paciente.

Data de publicação: 29/08/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930