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“Minha vida não parou por causa do câncer”

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andrea depoimento rim

Quem vê a aposentada Andrea Lorezon, de 51 anos, nem imagina o que ela já passou e o que ainda enfrenta. Sempre com um sorriso no rosto, Andrea é daquelas pessoas que gostam de conversar e o otimismo está em tudo o que fala. “Quero passar sempre uma expressão positiva para as pessoas”, diz. E nem um câncer de rim a fez mudar.

Há 3 anos, ela foi diagnosticada com a doença. Professora de educação física, ela costumava passar de 14 a 15 horas por dia em pé. A lombar incomodava, mas Andrea achava que a dor era decorrente de sua atividade profissional e, por isso, nunca se preocupou. Mas outros sintomas foram aparecendo. “Comecei tendo fraqueza, depois desmaios até que fui diagnosticada com anemia. Os médicos começaram a investigar e descobriram um tumor no rim esquerdo já com 8 centímetros. A notícia foi inesperada e forte. Mas enfrentei sempre pensando positivo. O mais difícil foi contar para meus filhos, para minha família”, lembra.

Andrea tem dois filhos: um rapaz de 25 anos e uma moça de 20. Na época de seu diagnóstico, o filho morava na Alemanha. “Foi difícil porque quando eu contei ele estava longe. A minha filha ficou muito preocupada. Até hoje quando sinto alguma coisa ela fica preocupada. Mas eu sempre procurei mostrar que eu estava bem e ainda sou assim”, afirma Andrea.

Foram dois meses fazendo exames e consultas médicas até o diagnóstico. Nesse período, ela perdeu 10 quilos por causa da doença. Andrea teve que fazer uma cirurgia para retirada do rim e a clareza e a transparência do médico ao informá-la sobre seu estado de saúde e sobre o tratamento foram muito importantes para ela enfrentar a doença. “Eu fui para a cirurgia sabendo da gravidade do meu caso. Meu médico sempre foi muito transparente comigo. Me disse que era um tumor maligno e que eu teria que operar. Eu sabia o que eu ia encarar e sempre pensei que ia superar”, conta. “Ter que viver com um rim apenas não me assustou e também não me limitou. Apenas tenho cuidados especiais”, acrescenta.

Sua luta contra o câncer não se encerrou na cirurgia. Ela passou a fazer exames de 6 em 6 meses para controle e uma tomografia de tórax trouxe mais uma notícia inesperada: estava com metástase nos pulmões; eram 9 nódulos no pulmão direito e 6 no esquerdo. Andrea foi submetida a uma operação para retirada dos nódulos do pulmão direito e perdeu 1/3 dele. Quando se preparava para operar o esquerdo, recebeu mais uma notícia: tinha 3 nódulos na cabeça.

Andrea não se desesperou e sempre acreditando na superação seguiu seu tratamento. Fez radioterapia e atualmente faz quimioterapia oral. Já são 3 anos de luta contra o câncer e ela segue em frente, cheia de coragem, otimismo e vontade de viver. “Tive efeitos colaterais por causa dos medicamentos, mas não me deixei abater. É difícil eu acordar e pensar na doença. Eu procuro levar uma vida normal. Eu quero mostrar para todo mundo que minha vida não parou por causa do câncer”, afirma.

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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