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O que vai acontecer com seu corpo durante a químio e a rádio? – Sexualidade

O tratamento químio e radioterápico pode causar mudanças no aparelho reprodutor feminino, no sistema urinário e provocar queda da libido. Homens também podem passar pelo problema, principalmente se estiverem em tratamento contra o câncer de próstata.

As principais ocorrências dermatológicas já foram explicadas em outro post (clique aqui para ler). Agora é a vez de falar sobre infertilidade, dor ao urinar e outros efeitos que atingem o aparelho reprodutor e a sexualidade, com consultoria dra. Solange Sanches, titular do departamento de oncologia clínica do A.C. Camargo.

Infertilidade

Os quimioterápicos podem ser tóxicos para os ovários e as células germinativas, podendo, em alguns casos, levar à esterilidade. As medicações utilizadas para o câncer de mama causam esterilidade apenas raramente, mas podem sim acelerar o início da menopausa, levando como consequência à impossibilidade de engravidar.

A rádio pode aumentar o risco de infertilidade na mulher se for direcionada à região pélvica, situação que pode ocorrer no tratamento de tumores no reto, colo do útero, ovário e endométrio. Por isso, se você é paciente jovem e deseja engravidar, converse com seu médico sobre a possibilidade de fazer um congelamento de óvulos.

Saiba Mais: Técnicas ajudam a vencer a doença sem abandonar o sonho de ter filhos

Os tipos de câncer que mais comumente afetam pacientes do sexo masculino em idade reprodutiva são o de testículo, Doença de Hodgkin e leucemias. Nos homens, a químio pode afetar espermatozoides, impedindo que eles cresçam e se dividam rapidamente, reduzindo assim sua quantidade. O paciente pode ou não se tornar infértil: tudo depende de qual o tipo de quimioterapia, da idade e de outros problemas de saúde que podem estar presentes simultaneamente.

Perda da libido

Os tratamentos dos cânceres ginecológicos, de próstata e testicular são os que mais causam problemas de libido.

Em geral, esse efeito está relacionado a alterações hormonais. Normalmente, quando o médico indica o tratamento de terapia hormonal paralelamente ou após outras modalidades de tratamento, como cirurgia, químio ou rádio, há diminuição do estrogênio (mulheres) e da testosterona (homens), já que em certos casos esses hormônios estimulam o crescimento das células cancerígenas. Consequentemente, essa queda leva à diminuição da libido.

Nas mulheres, a radioterapia na região pélvica pode causar secura vaginal, o que pode tornar a relação sexual dolorosa e desconfortável. Assim, a libido não é diretamente afetada, mas a vontade de ter uma relação pode diminuir devido ao medo de sentir dor.

Nesses casos, o mais importante é ter paciência, pois no final do tratamento a situação voltará ao normal. Converse com seu(sua) parceiro(a), explique a situação e pergunte ao médico sobre a possibilidade de utilizar lubrificantes.

Leia mais: Câncer e falta de libido: por que isso acontece?

Impotência

A radiação aplicada na próstata pode resultar em impotência (incapacidade de manter uma ereção). Além disso, pode afetar funções do reto, bexiga e pênis. Esse não é um problema que ocorre sempre, e em tais casos pode ser resolvido por meio de medicamentos orais, injeções ou até implantes de próteses penianas.

Além disso, durante a quimioterapia pode ocorrer esterilidade temporária pela quantidade reduzida de espermatozoides.

Alguns tipos de quimioterapia e radioterapia para tratar câncer nos rins e na bexiga, podem causar lesões nas mucosas desses órgãos. Como resultado, pode ser que o paciente sinta queimação ou dor quando começar a urinar, não consiga controlar o fluxo da urina, surja sangue no fluido urinário e presença de febre. Caso você venha a sentir algum desses efeitos, avise seu médico, pois é necessário investigar se não pode haver alguma infecção.

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