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Unidas pela vacinação: Samara Felippo toma vacina contra HPV junto com a filha

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Atriz defende importância da imunização e alerta aos pais para acompanharem o calendário vacinal em todas as faixas etárias: “Precisa ficar ligado nessas idades, que pode ter vacinas gratuitamente pelo SUS”

Quando a Alícia, uma das filhas da Samara Felippo, estava com 10 anos, uma pessoa conhecida comentou sobre a vacinação contra o HPV. O aviso foi reforçado quando a atriz participou de uma campanha da Sociedade Brasileira de Imunizações (SBIm). “Fizemos uma parceria superimportante, um alerta, porque quando temos filhos pequenos, principalmente bebês ainda, estamos atentos o tempo inteiro à carteirinha de vacinação, desde o nascimento, para saber se está em dia. Quando eles vão crescendo, isso fica um pouco de lado. Só que ainda é preciso esse acompanhamento da vacinação, que é tão importante”, ressalta.

Samara aproveitou para analisar as carteirinhas de toda a família: a dela, do marido Elídio, da Alícia, 11 anos, e da Lara, 8 anos. “Teve um hiato na minha vida, quando eu morei fora do Brasil, e algumas vacinas da Alícia foram dadas lá. Por isso eu tinha muitas dúvidas sobre quais vacinas faltavam, se tinha sido vacinada para tudo”, recorda. Eles partiram então para receber um combo de vacinas, entre elas a de HPV para Samara e Alícia.

Samara Felippo toma vacina contra HPV junto com a filha

 

A vacinação contra o HPV é importante para prevenir vários tipos de cânceres, como colo do útero, vagina, vulva, ânus, pênis, orofaringe e boca. As infecções causadas pelo papilomavírus humano (HPV da sigla em inglês), quando têm origem em um tipo viral com alto potencial para causar câncer, podem evoluir e, se não identificadas e tratadas, progredir para tumores. 

“Quando tomamos a vacina contra o HPV, eu perguntei se homem também precisa tomar, e me explicaram que sim, porque apesar da probabilidade de se manifestar ser menor, ele também transmite”, conta. “Já estamos vendo para o Elídio tomar e a Larinha tomará mais tarde também”.

 

Filho crescido também toma vacina

Aos pais, mães e parentes de pré-adolescentes, Samara faz um chamado: “Pega a carteirinha, veja se a vacinação está em dia, se de repente pulou alguma ou se distraiu e achou que não precisava mais”, diz. A atriz comenta que os filhos vão crescendo e com as muitas demandas do dia a dia, tantas coisas a fazer e resolver, pode acabar ficando esse hiato na preocupação com as vacinas nos mais velhos.

A participação na campanha da SBIm, junto com o desespero que vivemos por uma vacina contra a Covid, ajudaram a deixá-la mais atenta quanto à imunidade reforçada, para não ficar vulnerável a doenças. Ela lamenta que nem todas as vacinas estejam no calendário do Sistema Único de Saúde (SUS), mas ressalta que há muitas disponíveis e é preciso atenção para não perder as datas. “Durante a campanha, uma pergunta que aparecia muito era de pais e mães que levaram a filha com mais de 14 anos para serem vacinadas contra o HPV e não puderam receber a vacina, porque no SUS é de 9 a 14 anos para meninas (para meninos, de 11 a 14 anos). Depois, terá que dar a vacina em clínica particular. Por isso precisa ficar ligado nessas idades, em que você pode ter vacinas gratuitamente pelo SUS”.

Para fazer esse acompanhamento, Samara dá a dica para conferir o calendário de vacinação da SBIm. “Você pode pegar a carteirinha do seu filho, adolescente ou pré-adolescente, e ir comparando: essa eu dei, essa não dei. Se faltar alguma e você tiver acesso gratuitamente a ela pelo SUS, vai lá e toma”.

 

Sem tabus

Apesar da vacina contra o HPV estar disponível pelo SUS, ainda há muitas famílias que não buscam essa vacinação por falta de informação ou preconceito, já que o HPV é transmitido sexualmente. A faixa etária definida para a aplicação considera o fato de que a vacina tem maior eficácia se aplicada antes do início da vida sexual, quando ainda não houve exposição ao vírus.

Sobre esse aspecto, a atriz conta que não teve qualquer problema em conversar com a filha e explicou para a Alícia para que serve essa vacina e seus benefícios. “Em algum momento minha filha terá uma vida sexual ativa e não posso fechar os olhos para isso. Não será agora, com 11 anos, mas ela irá crescer. Não posso ter tabu em relação a isso”, avalia, lembrando que as meninas recebem menos informação sobre sexualidade do que os meninos, o que acaba prejudicando no futuro. 

“A gente vive em uma sociedade machista em relação a tudo e a vacina é mais um viés. É assim em relação a conhecer o próprio corpo, à masturbação, às sensações que o corpo começa a dar em relação aos hormônios que estão vindo. Tudo é podado, tudo é oprimido para as meninas o tempo inteiro”, lamenta. “Algumas mães vão ficar com essa neura de não dar a vacina contra o HPV dizendo: ‘Imagina, minha filha não vai transar agora. Por que eu tenho que dar isso para ela agora?’. É preciso vencer esse lugar, esse limite, e até uma vergonha que rola. Eu não senti isso em nenhum momento; prezo pela saúde, pela conversa, pelo bate papo, pelas perguntas e curiosidades que chegam por elas dependendo da faixa etária, para que a gente possa conversar de determinados assuntos”.

Como a eficácia da vacina depende dessa aplicação precoce, a vacinação contra o HPV é uma ação que se os pais não fizerem pelos filhos, eles não poderão obter por conta própria a mesma proteção no futuro. A atriz exemplifica citando amigas que antes dos 30 anos estavam tratando HPV. “Na nossa época não se falava sobre isso, não tinha vacina”, recorda. “Quando penso no que o HPV representa, que pode levar a câncer de útero e outros tipos, me dá uma sensação de muito alívio saber que a minha filha está vacinada”.

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

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