Determinadas características do tumor permitem avaliar sua agressividade e o risco de recaída do câncer de ovário depois da cirurgia:
Grau de invasão
Os tumores invasivos têm maior risco de recidiva, graças à capacidade de penetrar nos vasos linfáticos e sanguíneos. Nos tumores não invasivos, borderline ou de baixo potencial de malignidade, a probabilidade de cura se aproxima de 95% a 100%.
Grau de diferenciação
Essa característica se refere a quanto as células malignas são parecidas com as células normais que lhes deram origem. Quanto mais parecidas (grau 1), melhor o prognóstico; quanto mais diferentes ou indiferenciadas (grau 2 ou 3), pior o prognóstico.
Invasão da cápsula ovariana
Quando o tumor rompe os limites do ovário, além de sua cápsula, haverá maior probabilidade de que células malignas se disseminem através do líquido do interior do abdômen e da pelve, agravando o quadro.
Níveis do marcador tumoral CA125
Alguns estudos sugerem que, quanto menor o nível do marcador tumoral CA125 antes da cirurgia, maior a chance de cura definitiva.
Idade
Pacientes mais jovens tendem a apresentar melhores resultados que pacientes acima de 70 anos.
Órgãos envolvidos e ascite
Quanto maior o número de órgãos comprometidos, pior o prognóstico. Do mesmo modo, quanto mais líquido existir na cavidade abdominal (ascite), pior.
Radicalidade da cirurgia
Quanto maior o número e as dimensões das lesões que não puderam ser retiradas durante o ato cirúrgico, pior o prognóstico. Em geral, considera-se uma cirurgia ótima quando não há mais tumor residual ou quando restaram pequenos implantes de tumor, com diâmetro menor que um centímetro.
Atualização: Dra. Ana Paula Garcia Cardoso – CRM: 116987 Oncologista Clínica no Hospital Israelita Albert Einstein Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo