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Cirurgia adequada é essencial no tratamento do câncer de ovário

cirurgia

Entre os chamados tumores ginecológicos, o de ovário é o mais grave. No Brasil, são 6.150 novos casos da doença por ano, segundo o Instituto Nacional de Câncer (INCA). Como não há um exame eficaz para o seu rastreamento, o diagnóstico precoce é difícil; por isso, na maioria dos casos, o tumor é descoberto em estágios mais avançados.

Veja também: Formas de prevenção do câncer de ovário

O tipo mais comum é o carcinoma seroso de alto grau e geralmente é diagnosticado no estágio 3 quando, além do ovário, o câncer já atingiu gânglios e o peritônio. A cirurgia é essencial no tratamento. “O ideal é que a cirurgia, que chama citorredução, seja feita por um cirurgião experiente, acostumado a operar cânceres de ovário porque a cirurgia é o primeiro passo para a gente obter melhores resultados no tratamento. Tem que ser feita uma avaliação detalhada de toda a cavidade”, explica a oncologista e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, Juliana Pimenta.

O câncer de ovário é mais comum em mulheres mais velhas, mas há casos em mais jovens. A oncologista explica que nas mulheres mais novas aparecem mais os tumores de baixo grau ou de células germinativas. Se o diagnóstico for precoce, um dos ovários poderá ser preservado na cirurgia e a fertilidade da mulher mantida.

Além da cirurgia, outras estratégias são adotadas para o tratamento do câncer de ovário. “Uma novidade é um antiangiogênico que é o bevacizumab. Também foi aprovado recentemente o olaparibe, que é uma medicação alvo indicada para pacientes com mutação no BRCA”, acrescenta Juliana Pimenta.

As mutações nos genes BRCA1 e BRCA2 são fatores de risco para o aparecimento do câncer de ovário. Estudos indicam que mulheres com essas mutações tem de 40 a 50% de chance de ter a doença. Outros fatores de risco são: história familiar, idade avançada, obesidade, não ter engravidado, menstruação precoce e menopausa tardia.

O câncer de ovário é bem menos frequente na mulher do que o de mama (59.700 novos casos por ano) e o de colo de útero (16.350 novos casos por ano). Inchaço abdominal, sensação de peso no baixo ventre, cansaço, perda de apetite e anemia são alguns sintomas que podem surgir.

Seminário sobre câncer de mama

Diferentemente do câncer de ovário, o de mama pode ser diagnosticado precocemente por um exame de rastreamento que é a mamografia, aumentando as chances de cura. Para esclarecer dúvidas sobre diagnóstico precoce do câncer de mama, tratamentos e medicamentos, o Instituto Vencer o Câncer promoverá no dia 12 de maio, em Brasília, um seminário para pacientes e familiares.

O seminário terá as participações dos oncologistas e fundadores do Instituto Vencer o Câncer, Antonio Buzaid e Fernando Maluf, além do mastologista Sergio Zerbini.

O evento é gratuito e as inscrições podem ser feitas aqui no site do IVOC, no link acima.

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