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GIST | Recaída

A recaída do GIST (Tumor Estromal Gastrointestinal) é uma preocupação significativa para pacientes que passaram pelo tratamento inicial. Devido à natureza agressiva e frequentemente recorrente do GIST, a taxa de recidiva pode ser alta. Compreender os aspectos da recaída é crucial para o manejo eficaz da doença e para melhorar as perspectivas de sobrevivência dos pacientes.

O que é a recaída

A recaída do GIST ocorre quando a doença retorna após um período de remissão. A recidiva pode ser local, regional ou distante. A recidiva local refere-se ao retorno do tumor no local original ou próximo a ele. A recidiva regional envolve a propagação para os linfonodos próximos, enquanto a recidiva distante indica metástases em órgãos como fígado, pulmões ou ossos.

Fatores de risco para recaída

Vários fatores podem aumentar o risco de recaída do GIST, incluindo o tamanho e a localização do tumor original, a presença de mutações genéticas específicas (como mutações nos genes KIT ou PDGFRA), e a resposta incompleta ao tratamento inicial. Outros fatores incluem a margem cirúrgica positiva após a ressecção do tumor e o grau de diferenciação celular.

Diagnóstico da recaída

O diagnóstico da recaída do GIST geralmente envolve uma combinação de exames clínicos, laboratoriais e de imagem. Exames de sangue para medir os níveis de marcadores tumorais podem indicar a presença de recorrência. Exames de imagem, como tomografia computadorizada (TC), ressonância magnética (RM) e PET-CT, são utilizados para detectar a presença de novos tumores ou metástases. A confirmação do diagnóstico pode ser feita através de biópsia, onde uma amostra de tecido é analisada microscopicamente.

Tratamento da recaída

O tratamento da recaída do GIST depende da localização e extensão da recorrência, bem como da saúde geral do paciente. As opções de tratamento podem incluir:

Cirurgia de salvamento

Para pacientes com recidiva local ou regional, a cirurgia de salvamento pode ser uma opção. Este procedimento envolve a remoção cirúrgica do tumor recorrente e é mais complexo do que a cirurgia inicial devido à presença de tecido cicatricial.

Terapia alvo

A terapia alvo é frequentemente utilizada para tratar a recaída do GIST. Medicamentos como imatinibe (Gleevec), sunitinibe (Sutent) e regorafenibe (Stivarga) são inibidores de tirosina-quinase que bloqueiam as proteínas responsáveis pelo crescimento do tumor. A escolha do medicamento depende da mutação genética específica presente no tumor.

Quimioterapia

Embora a quimioterapia tradicional não seja geralmente eficaz para GIST, pode ser considerada em casos específicos, especialmente quando outras opções de tratamento não são viáveis.

Radioterapia

A radioterapia pode ser utilizada para tratar a recaída local ou regional, especialmente se o tumor estiver causando sintomas como dor ou obstrução. A radioterapia pode ser administrada sozinha ou em combinação com outras terapias.

Cuidados paliativos

Os cuidados paliativos desempenham um papel crucial no manejo da recaída do GIST, especialmente em casos avançados. O objetivo dos cuidados paliativos é melhorar a qualidade de vida do paciente, aliviando os sintomas e proporcionando suporte emocional e psicológico. Isso pode incluir o manejo da dor, controle de náuseas, suporte nutricional e assistência psicológica.

Monitoramento e acompanhamento

O monitoramento contínuo é essencial para detectar precocemente qualquer sinal de recorrência. Isso inclui consultas regulares com o oncologista, exames de sangue para medir os níveis de marcadores tumorais e exames de imagem periódicos. O acompanhamento cuidadoso permite a detecção precoce da recaída e a implementação rápida de estratégias de tratamento.

Data de publicação: 03/07/2017

Última atualização: 08/08/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930