Doença localizada
O principal tratamento do GIST, quando ainda está localizado, é a ressecção cirúrgica visando a retirada completa da lesão. Algumas vezes a cirurgia pode ser extensa, com retirada de vários órgãos. Posteriormente, o oncologista avaliará algumas características do tumor e, caso seja considerado de alto risco para recorrência, o médico pode prescrever imatinibe por 3 anos para tentar reduzir o risco de o tumor voltar. Esse medicamento inibe a proliferação do GIST ao inibir a via do gene KIT. A quimioterapia citotóxica costuma ser ineficaz para esse tipo de tumor.
Doença metastática
Por outro lado, quando o GIST já se espalhou para outros órgãos, o tratamento costuma envolver imatinibe por tempo indeterminado. Quando o imatinibe para de funcionar, algumas opções envolvem aumentar a sua dose, prescrever um outro remédio chamado sunitinibe ou eventualmente encaminhar o paciente para participar de um estudo clínico. O regorafenibe se mostrou bastante eficaz nos casos em que o paciente desenvolveu resistência ao imatinibe e ao sunitinibe (ou seja, quando esses remédios param de funcionar contra o tumor). A cirurgia pode desenvolver um papel juntamente com o imatinibe em pacientes com doença metastática progressiva se esta for limitada a um ou poucos sítios de doença.
Principais efeitos colaterais:
• Imatinibe: inchaço nas pálpebras, câimbras, fadiga, náusea e diarreia. • Sunitinibe: fadiga, sensibilidade na boca e aftas, náusea, diarreia, aumento de pressão arterial, mudança de coloração da pele (alaranjada). • Regorafenibe: dor, vermelhidão e bolhas em pés e mãos, fadiga, náuseas, diarreia, alteração na voz e inflamação na mucosa da boca.
Perspectivas
O avapratinibe foi aprovado nos Estados Unidos em 2020 para o tratamento de um tipo específico de GIST avançado que apresenta uma alteração específica em um gene do tumor chamado PDGFR alfa. São subtipos raros de GIST ocorrendo em menos de 10% dos casos diagnosticados e que não apresentam a mutação do gene KIT como a maioria. É necessário realizar estudo molecular mais detalhado para o diagnóstico destas mutações mais raras. O avapratinibe ainda não está liberado no Brasil. O ripretinibe também foi aprovado nos Estados Unidos em 2020 para o tratamento de pacientes com GIST avançado que desenvolveram resistência ao imatinibe, sunitinibe e regorafenibe. O ripretinibe não está liberado no Brasil.
Atualização: Dra. Veridiana Pires De Camargo – CRM: 113175 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo