O hemograma completo (exame de sangue) é o primeiro a ser pedido pelo médico – a doença provoca aumento significativo dos glóbulos brancos, e também pode atingir os glóbulos vermelhos e as plaquetas, e essas alterações serão constatadas neste exame. O aumento do baço, comum a alguns pacientes, também pode ser verificado em exames clínicos e de imagem. O mielograma, quando uma amostra de sangue da medula óssea é retirada por meio de uma agulha, será fundamental para a investigação das anormalidades registradas no hemograma. O médico também pode pedir uma biópsia da medula, e um fragmento do osso da região lombar será retirado para avaliação em laboratório. A partir disso é que será constatada a leucemia. Os exames de citogenética, como o cariótipo, são fundamentais, pois avaliam especificamente os cromossomos (a busca é pelo cromossomo Philadelphia para fechar o diagnóstico). Já o FISH (hibridização fluorescente in situ) é outro tipo de exame que avalia os cromossomos e detecta as alterações pequenas não visualizadas. Há ainda o teste molecular de reação em cadeia da polimerase (PCR), utilizado para o diagnóstico e acompanhamento da doença. Ele mede, no sangue ou na medula óssea, a quantidade do gene de fusão causador deste tipo de câncer, o BCR-ABL. Importante! Quanto antes a Leucemia Mieloide Crônica for descoberta, melhor. O diagnóstico precoce fará toda a diferença na conquista por melhores resultados durante o tratamento. Converse com seu médico a respeito dos exames e procure tirar todas as suas dúvidas: como são feitos os procedimentos, se há algum risco, em quanto tempo saberá o resultado e o que mais quiser saber. É muito importante se sentir seguro! Texto cedido pela ABRALE (Consultoria do dr. Guilherme Perini).
Dr. Ricardo Helman