Carne vermelha está ligada a maior risco de alguns tumores, mas pode ser ingerida durante quimioterapia.
Você é daquelas pessoas que não dispensam um bife nas refeições, mas se preocupa porque ouviu falar ou leu em algum lugar que a carne vermelha provoca o crescimento de tumores? Não é bem assim. Estudos recentes relacionam a ingestão de carne vermelha à predisposição para desenvolver alguns tipos de câncer, principalmente os de intestino. Quando se trata da ingestão durante a quimioterapia, entretanto, não há indícios de que a carne vermelha provoque o crescimento do tumor.
É preciso tomar cuidado com recomendações que proíbem determinados alimentos, já que, em vez de contribuir para a recuperação do paciente, deixar de consumir por completo algumas categorias alimentícias pode até causar desnutrição e agravar o seu quadro clínico. Cortes magros da carne bovina, por exemplo, são importantes fontes de ferro, vitaminas e proteínas, atuando na construção muscular e na regeneração dos tecidos, entre outros benefícios.
Por outro lado, a carne vermelha é um alimento de difícil digestão, podendo causar desconforto especialmente em pacientes que estão lidando com os sintomas associados ao tratamento que envolvem o trato digestivo, como náuseas e vômitos. Além disso, como já mencionado, existem pesquisas que relacionam o consumo excessivo de carne ao surgimento de cânceres do aparelho digestivo e de mama.
Não há consenso sobre a quantidade ideal de carne vermelha a ser incluída na dieta, mas, no geral, os nutricionistas sugerem sua ingestão três vezes por semana, totalizando no máximo 300g. O fato é que, como qualquer tipo de alimento, deve ser consumida com moderação, em um cardápio equilibrado, variado e saudável.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.