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Herpes genital

Herpes genital é uma infecção viral comum causada pelo vírus herpes simplex (HSV). Existem dois tipos principais: HSV-1, geralmente associado ao herpes oral, e HSV-2, mais comumente ligado ao herpes genital. Essa condição é transmitida principalmente através do contato sexual, afetando milhões de pessoas ao redor do mundo.

Você pode não apresentar sintomas visíveis, mas ainda assim transmitir o vírus para outras pessoas. Quando os sintomas aparecem, eles incluem lesões dolorosas, coceira e desconforto na área genital. Embora não haja cura definitiva, tratamentos estão disponíveis para reduzir a frequência e a gravidade das crises, além de minimizar o risco de transmissão. Entender e gerenciar o herpes genital é essencial para manter uma vida sexual saudável e evitar complicações futuras.

Pontos-chave

  • Alta transmissibilidade: A infecção é transmitida principalmente por contato sexual, podendo ocorrer mesmo sem presença de sintomas visíveis.
  • Sintomas incluem lesões dolorosas na área genital: Coceira e dor ao urinar são outros sintomas comuns.
  • Tratamento com antivirais: Embora não haja cura definitiva, antivirais como aciclovir ajudam a gerenciar e reduzir a frequência das crises.
  • Prevenção inclui uso de preservativos: Embora não elimine completamente os riscos, o uso de preservativos é a principal medida preventiva.
  • Importância do acompanhamento médico: Consultas regulares são essenciais para um controle adequado da infecção e para prevenir complicações, especialmente durante a gravidez.

O que é herpes genital?

Herpes genital é uma infecção viral comum causada pelo vírus herpes simplex (HSV). Existem dois tipos principais de HSV: HSV-2, mais comumente associado ao herpes genital, e HSV-1, geralmente ligado ao herpes oral, mas que também pode causar herpes genital. Esta infecção afeta a região genital ou anal e é transmitida principalmente por contato sexual.

Primoinfecção

A primoinfecção por herpes genital ocorre quando você contrai o vírus pela primeira vez. Muitas vezes, os sintomas podem ser mais intensos durante esta fase inicial. Os sinais comuns incluem lesões dolorosas na área genital, febre e inchaço dos gânglios linfáticos.

Herpes genital recorrente

Após a primoinfecção, o herpes genital pode se tornar uma condição recorrente. O vírus permanece adormecido nos nervos e pode reativar-se periodicamente, causando novos surtos de lesões. Fatores como estresse, doenças ou imunossupressão podem desencadear essas recorrências.

Sintomas do herpes genital

O herpes genital apresenta diversos sintomas que podem variar em intensidade e duração. Conhecer esses sintomas é fundamental para reconhecimento precoce e gerenciamento adequado da condição.

Lesões na região genital

O principal sintoma do herpes genital são as lesões dolorosas. Essas lesões podem surgir no pênis, vagina, vulva, ânus, nádegas ou coxas. Inicialmente, aparecem como pequenas bolhas cheias de líquido claro ou amarelado. Quando rompem, formam úlceras, e, posteriormente, formam crostas e cicatrizam.

Dor e desconforto

Além das lesões visíveis, o herpes genital pode causar dor e coceira intensas. Sensações de formigamento, queimação ou dor na região genital, anal, coxas ou nádegas podem preceder o aparecimento das lesões, aumentando o desconforto geral.

Dor para urinar

A dor ao urinar é outra queixa comum. A urina pode irritar as lesões localizadas próximas à uretra, causando dor intensa.

Mal-estar geral

O herpes genital também pode provocar um sentimento de mal-estar geral. Sintomas sistêmicos como febre, dor de cabeça e inchaço dos gânglios linfáticos são mais comuns durante a primoinfecção e podem indicar a resposta do corpo ao novo vírus.

Ter um conhecimento claro dos sintomas do herpes genital permite um melhor reconhecimento da condição e um gerenciamento eficaz.

Transmissão do herpes genital

Como ocorre a transmissão?

A transmissão do herpes genital ocorre principalmente por meio de contato íntimo sem proteção com uma pessoa infectada. Isso inclui relações sexuais vaginais, anais e orais.

O vírus pode ser transmitido através do contato direto com as bolhas ou feridas nos genitais, coxas e ânus.

Além disso, mesmo sem lesões visíveis, o vírus pode ser transmitido, pois é liberado de forma intermitente e assintomática.

O contato oral-genital também permite a transmissão, podendo o herpes labial (HSV-1) causar lesões genitais.

Fatores de risco

O risco de transmissão é muito maior quando há lesões ativas na região íntima ou na boca. A falta de uso de preservativos aumenta significativamente o risco de transmissão.

A multiplicidade de parceiros sexuais também amplifica a probabilidade de contágio.

Quais os riscos do herpes genital na gravidez?

O herpes genital na gravidez pode causar complicações sérias para o bebê. Se a transmissão ocorrer durante o parto, o recém-nascido pode desenvolver herpes neonatal, que é potencialmente fatal.

O acompanhamento médico rigoroso e, em alguns casos, a cesariana podem ser recomendados para reduzir os riscos.

Diagnóstico do herpes genital

O diagnóstico do herpes genital é essencial para confirmar a infecção e iniciar o tratamento adequado. Em geral ele é feito clinicamente pelo médico. Diferentes exames laboratoriais auxiliam neste processo.

Exames laboratoriais

Há várias formas de diagnosticar o herpes genital por meio de exames laboratoriais. Cada método possui características específicas que ajudam na detecção precisa do vírus.

História e exame físico

O diagnóstico do herpes genital em geral é feito clinicamente, por meio da avaliação dos sintomas, do histórico do paciente e do aspecto das lesões.

Cultivo viral e PCR

Envolve a coleta de uma amostra do líquido de uma ferida. Esta amostra pode ser utilizada em diferentes tipos de análises.

  • Cultivo viral: As células da amostra são cultivadas em laboratório. Posteriormente, são analisadas para detectar a presença do HSV.
  • PCR: Este exame busca o material genético do HSV na amostra coletada, sendo mais sensível e específico.

Análise de sangue

A análise de sangue verifica a presença de anticorpos contra o HSV. Os anticorpos são proteínas produzidas pelo sistema imunológico para combater o vírus.

  • Anticorpos HSV-1 e HSV-2: O corpo cria anticorpos específicos para HSV-1 e HSV-2. Este exame pode ser realizado mesmo na ausência de lesões visíveis.

Estas técnicas garantem um diagnóstico preciso, essencial para o manejo eficiente do herpes genital.

Tratamento para herpes genital

A herpes genital tem cura?

Não, o herpes genital não tem cura. O vírus herpes simplex (HSV) permanece no corpo de forma latente. No entanto, tratamentos disponíveis ajudam a controlar a infecção, aliviar sintomas e reduzir episódios recorrentes.

Antivirais

O principal tratamento envolve antivirais como aciclovir, valaciclovir e fanciclovir. Eles impedem a multiplicação do vírus, acelerando a cicatrização das lesões e aliviando sintomas. No primeiro episódio, a terapia dura de 7 a 10 dias. Em recorrências, pode ser feita por 5 dias se iniciada precocemente.

Terapia supressiva

Para pacientes com mais de seis surtos anuais, a terapia supressiva é indicada. Consiste no uso contínuo diário de antivirais em doses baixas para evitar recorrências e reduzir o risco de transmissão. Esse tratamento pode melhorar a qualidade de vida e diminuir a frequência dos surtos.

Medicamentos tópicos

Além dos antivirais orais, medicamentos tópicos podem ser usados. Pomadas com aciclovir ajudam a reduzir os sintomas e acelerar a cicatrização das lesões. Seu uso é complementar e não substitui a terapia oral, sendo mais eficaz se iniciado nos primeiros sintomas do surto.

Importância do acompanhamento médico

O acompanhamento médico regular é crucial no manejo do herpes genital. O médico ajusta o tratamento conforme a resposta do paciente e monitora a eficácia da terapia. Consultas periódicas garantem um controle adequado da infecção e prevenção de complicações.

Prevenção

Uso de preservativos

O principal método para prevenir o herpes genital é o uso de preservativos em todas as relações sexuais. Preservativos reduzem significativamente o risco de contaminação, mas não o eliminam completamente. Lesões de herpes podem surgir em áreas não cobertas pelo preservativo, mantendo o risco de transmissão.

Cuidados pessoais

Para evitar a transmissão e gerenciar o herpes genital, adote cuidados pessoais rigorosos:

  • Evitar contato íntimo durante crises: Abstenha-se de relações vaginais, anais ou orais quando houver lesões ativas de herpes.
  • Higiene: Lave as mãos após tocar lesões para evitar a propagação para outras partes do corpo, como olhos e boca. Limpe a área íntima com sabonete e água, secando suavemente.

Herpes genital pode ser câncer?

Herpes genital, causado pelo HSV-2, não é diretamente um agente causador de câncer. No entanto, estudos indicam que quem tem infecção por HSV-2 apresenta maior risco de contrair outros vírus oncogênicos, como o HPV (Papilomavírus Humano). O HPV está intimamente ligado ao câncer de colo do útero e outros tipos de câncer.

Data de publicação: 17/10/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930