Perdi minha filha única há 4 anos e meio por conta de um Rabdomiossarcoma embrionário CID 49-9. Eu e meu marido fomos informados na época que se tivéssemos mais filhos eles também poderiam ter a doença. Após o luto, estamos pensando em ter filhos, mas temos medo. Qual o risco? (Roselayne C)
Assim como na maioria das neoplasias na infância, o rabdomiossarcoma não tem uma causa ou fator predisponente totalmente conhecido. Alguns trabalhos sugerem relação maior entre a doença e pessoas que foram expostas a radiação intrauterina, mães que apresentaram crescimento uterino muito rápido ou fizeram uso de drogas ilícitas ocasionalmente durante a gestação, e até crianças que necessitaram receber antibiótico logo após o nascimento. Esses trabalhos não são conclusivos e serão necessários mais estudos para aprendermos mais sobre a doença.
A maioria dos pacientes caracteriza-se como casos esporádicos (que ocorrem isoladamente), mas existe associação entre o rabdomiossarcoma e algumas doenças que são síndromes familiares, como por exemplo a neurofibromatose, caso em que o risco de desenvolver esse tipo de câncer é 20 vezes maior que a população em geral. Existem também outras síndromes familiares mais raras que também podem ocasionar maior risco de desenvolver a doença, pois implicam em alterações genéticas.
É aconselhável uma consulta com um geneticista, que é um especialista em genética, antes de uma tomada de decisão tão importante.
Dra. Helena Sabino: Hematologista e hemoterapeuta do Hospital Beneficência Portuguesa de São Paulo
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.