Dr Abraão Dornellas
Os cuidados paliativos são uma estratégia que procura reduzir o sofrimento físico-psíquico-espiritual de pacientes e familiares que estão em processo de enfrentamento de um diagnóstico de uma doença que ameaça gravemente a vida, tendo uma visão global e integral do paciente.
Quando os cuidados paliativos são indicados para pacientes com câncer?
Os cuidados paliativos em Oncologia devem ser instituídos de maneira precoce, pois levam a um ganho sobrevivência. Também devem ser realizados de maneira concomitante aos cuidados oncológicos tradicionais.
Portanto, não são estratégias terapêuticas excludentes, mas procedimentos que caminham lado a lado para uma melhor recepção do tratamento para o câncer e melhor controle dos sintomas apresentados pelos pacientes.
Os benefícios para o paciente oncológico
É importante diferenciar os cuidados paliativos dos cuidados da fase final de vida. Esta última é o período de vida que antecede, de fato, a morte. Nesta etapa, os cuidados paliativos são importantes para controle de sintomas e costumam ser realizados como estratégia preferencial.
Porém, nas fases mais precoces, em que o tratamento oncológico ainda está sendo feito com quimioterapia e radioterapia, por exemplo, a abordagem com os cuidados paliativos deve ser feita simultaneamente.
Essa estratégia auxilia na eliminação da dor, dos efeitos colaterais como náusea e fadiga, e no controle dos sintomas psíquicos e sofrimento espiritual.
Por isso, os cuidados paliativos devem andar de mãos dadas com os cuidados oncológicos.
Dr Abraão Dornellas é oncologista do Hospital Israelita Albert Einstein e integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer
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O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.