Os exercícios podem ser uma parte importante do cuidado paliativo, proporcionando benefícios físicos, emocionais e psicossociais, ou seja, melhorando o bem-estar geral e a qualidade de vida.
No entanto, é essencial que a prescrição de exercícios para pacientes em cuidados paliativos seja feita por profissionais de saúde qualificados, como médicos, fisioterapeutas ou educadores físicos especializados em cuidados paliativos.
Esses profissionais podem avaliar a capacidade física, os sintomas e as limitações específicas de cada paciente, adaptando o programa de exercícios de maneira personalizada como um remédio.
Os exercícios prescritos para pacientes em cuidados paliativos costumam ser de baixa intensidade e voltados para manter a funcionalidade, melhorar o bem-estar, aliviar sintomas como fadiga, fraqueza muscular e redução da mobilidade, e promover o conforto geral do paciente.
Exemplos de exercícios podem incluir caminhadas leves, alongamentos suaves, exercícios de respiração e movimentos terapêuticos.
É importante ressaltar que cada paciente é único, e a prescrição de exercícios deve levar em consideração suas preferências, condições médicas, sintomas e limitações específicas. Além disso, a prescrição de exercícios em cuidados paliativos pode variar conforme a progressão da doença e a resposta individual do paciente.
Portanto, é altamente recomendável que os pacientes em cuidados paliativos discutam a possibilidade de praticar exercícios com sua equipe de cuidados paliativos, para que possam receber uma avaliação adequada e obter orientações personalizadas sobre o tipo, a intensidade e a frequência dos exercícios mais adequados para sua situação individual.
Benefícios também para pacientes com metástases
Outro aspecto relevante são os casos de pacientes com metástases, já que a prática de exercícios físicos para ser segura deve levar em consideração alguns fatores, incluindo uma anamnese detalhada, o tipo e a localização das metástases, o estágio da doença, comorbidades e sintomas associadas a condição física geral do paciente e as recomendações da equipe de cuidados médicos.
Em alguns casos, exercícios físicos adaptados e supervisionados podem ser seguros e benéficos para pacientes com metástases. De maneira geral, os exercícios podem ajudar a melhorar a função física, aliviar sintomas como fadiga, melhorar a qualidade de vida e proporcionar benefícios emocionais e psicossociais aos pacientes com metástases.
No entanto, é importante que a prescrição de exercícios seja feita individualmente, levando em consideração a situação específica do paciente.
Vale destacar que a decisão de iniciar ou continuar com um programa de exercícios para pacientes com metástases deve ser feita em conjunto com a equipe médica, especialmente de profissionais da área de reabilitação, com base em uma avaliação personalizada e considerando os riscos e benefícios potenciais para o paciente em questão.
Eles também podem adaptar o programa de exercícios, escolhendo atividades que minimizem o risco de complicações ou agravamento dos sintomas.
Em resumo, a supervisão de um profissional capacitado é essencial para a segurança e o melhor aproveitamento da prática de exercícios pelos pacientes oncológicos. A individualização do programa de exercícios, levando em consideração as especificidades de cada paciente, suas aptidões físicas, limitações e respostas aos exercícios, é fundamental para garantir resultados positivos e contribuir para a melhoria da qualidade de vida durante o tratamento do câncer.
Tania Tonezzer
Mestre em Ciências da reabilitação -FMUSP
Fisioterapeuta Especialista em Oncologia e Linfoterapia – Crefito128763-F
Coordenadora do serviço de fisioterapia Oncológica da ABCC
Membro Diretora da Associação Brasileira de Fisioterapia em Oncologia- ABFO Membro da APTA (American Physical Therapy Association)
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.