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Infecção urinária

A infecção urinária é uma condição comum que ocorre quando microorganismos, como a bactéria Escherichia coli, invadem o trato urinário. Embora possa afetar qualquer pessoa, é mais frequente em mulheres devido a fatores anatômicos e hormonais, especialmente durante a idade reprodutiva e a menopausa. Essa infecção pode atingir diferentes partes do sistema urinário, como a bexiga (cistite) ou os rins (pielonefrite).

Fatores como higiene íntima inadequada, ingestão insuficiente de água e o hábito de segurar a urina podem desequilibrar a microbiota da região urinária, favorecendo o surgimento da infecção. Os sintomas variam conforme a gravidade, mas geralmente incluem dor ao urinar, aumento da frequência urinária e, em casos mais graves, febre e dor lombar. Entender as causas e sinais dessa condição é essencial para prevenir complicações e buscar o tratamento adequado.

Pontos-chave

  • Infecção urinária: É uma condição comum, causada principalmente pela bactéria Escherichia coli, que pode afetar diferentes partes do trato urinário, como bexiga (cistite) e rins (pielonefrite).
  • Fatores de risco: Maus hábitos de higiene íntima, baixa ingestão de água, segurar a urina e práticas inadequadas após relações sexuais podem aumentar a probabilidade de desenvolver a infecção.
  • Principais sintomas: Incluem dor ou queimação ao urinar, urgência e frequência urinária aumentadas, e, em casos graves, febre e dor lombar.
  • Tratamento: O uso de antibióticos, hidratação adequada e cuidados com higiene são essenciais para tratar e prevenir complicações.
  • Prevenção: Hábitos como urinar regularmente, manter boa higiene íntima e beber bastante água ajudam a evitar novas infecções.
  • Casos graves: Infecções mais severas, como a pielonefrite, podem demandar internação e tratamento com antibióticos intravenosos para evitar complicações como sepse.

O que é infecção urinária?

A infecção urinária é uma condição resultante da presença de micro-organismos, principalmente bactérias, no trato urinário. Essa infecção pode acometer uretra, bexiga, rins ou próstata, causando desconfortos variados e, em casos graves, complicações mais sérias como infecção generalizada.

Definição e prevalência

Essa condição é caracterizada pela presença de mais de 100.000 unidades formadoras de colônias (UFC) por mililitro de urina em exame de cultura. Afeta com maior frequência mulheres, devido à anatomia do trato urinário e fatores hormonais, sendo sua prevalência de 30% entre elas.

Tipos de infecção urinária

Os tipos mais comuns são a cistite, que afeta a bexiga, e a pielonefrite, que envolve os rins. As cistites, mais frequentes, apresentam sintomas leves comparados à pielonefrite, que pode incluir febre alta e dores intensas na região lombar.

Causas principais

Cerca de 70% a 85% dos casos estão associados à bactéria Escherichia coli. Outras bactérias como Klebsiella e Proteus mirabilis também são responsáveis por episódios de infecção. Relação sexual, má higiene e migração de bactérias do trato intestinal são fatores contribuintes.

Principais causas

As infecções urinárias decorrem principalmente da entrada de bactérias no trato urinário. A Escherichia coli está presente em cerca de 85% dos casos. Outros fatores como hábitos higiênicos inadequados e retenção urinária também contribuem diretamente para o desenvolvimento dessa condição, especialmente em mulheres.

Fatores de risco

  • Baixa ingestão de água: O consumo insuficiente de líquidos reduz o volume urinário, dificultando a eliminação natural de bactérias do trato urinário. Isso favorece o crescimento bacteriano.
  • Higiene íntima inadequada: A proximidade anatômica entre a uretra e o ânus aumenta a chance de migração da Escherichia coli, especialmente com práticas higiênicas incorretas.
  • Relações sexuais sem esvaziar a bexiga depois: A não micção após o ato sexual deixa o trato urinário menos protegido contra a entrada de bactérias.
  • Segurar urina na bexiga: Permitir o acúmulo prolongado de urina cria um ambiente favorável ao crescimento de micro-organismos.
  • Uso prolongado de absorventes: Ambientes úmidos possibilitam a proliferação bacteriana, aumentando os riscos de infecção.
  • Outros fatores de risco: menopausa, presença de cálculos renais, próstata aumentada, imunidade baixa

Diferença entre cistite, uretrite e pielonefrite

A cistite afeta apenas a bexiga e apresenta sintomas como dor ao urinar, sensação de urgência e aumento da frequência urinária, geralmente sem febre. Já a uretrite provoca inflamação na uretra, com sintomas como ardência intensa ao urinar. A pielonefrite, por sua vez, é mais grave, afetando os rins, causando febre alta, calafrios e dor lombar.

Sintomas comuns

Certos sinais podem indicar alterações no trato urinário relacionadas à infecção urinária. Reconhecer esses sintomas é essencial para buscar diagnóstico e tratamento adequados.

Dor e queimação ao urinar

A dor ou queimação ao urinar ocorre devido à inflamação na uretra e na bexiga causada por bactérias, como Escherichia coli. Esse sintoma é muito comum em infecções do trato urinário inferior, especialmente na cistite. Se persistente, pode gerar desconforto significativo e exige investigação médica para evitar complicações.

Urgência e frequência para urinar

A necessidade urgente de urinar, mesmo com a bexiga parcialmente vazia, é outro sintoma frequente. Essa sensação, associada à micção em pequenas quantidades, aparece devido à irritação da mucosa da bexiga e maior resposta inflamatória. Habitualmente, acompanha a cistite, mas também pode aparecer na pielonefrite.

Febre e outros sinais de infecção

A febre geralmente está presente em infecções mais graves, como a pielonefrite. Nesses casos, pode ultrapassar 38ºC e vir acompanhada por sintomas como dor nas costas, náuseas, vômitos, tremores e calafrios. Esses sinais indicam a disseminação da infecção para os rins e requerem atendimento médico imediato.

Como é feito o diagnóstico?

O diagnóstico de infeçcão urinária é feito pela história clínica do paciente, com avaliação dos sintomas e exame físico. A depender do caso, pode ser necessária a coleta de exames de sangue, além de exame de urina. Esta permite identificar o microorganismo responsável pela infecção e direcionar melhor o tratamento.

Tratamento da infecção urinária

O tratamento adequado para infecção urinária baseia-se no uso de medicamentos específicos. Essas medidas ajudam a aliviar os sintomas, eliminar as bactérias causadoras e prevenir complicações.

Medicamentos e cuidados necessários

Antibióticos são o tratamento principal para infecções urinárias. Entre os mais prescritos estão fosfomicina, nitrofurantoína e sulfas. A escolha depende do tipo de bactéria, gravidade e avaliação médica. É essencial seguir a dosagem e o intervalo indicados para garantir eficácia e evitar resistência bacteriana.

Anti-inflamatórios e analgésicos podem ser combinados ao tratamento para controlar sintomas, como dor ao urinar e sensação de queimação. Não utilize medicamentos sem orientação médica, pois escolhas inadequadas podem mascarar os sintomas ou agravar a infecção.

Hidratação adequada é fundamental. Além disso, hábitos como urinar regularmente e manter boa higiene íntima são essenciais para evitar novas infecções.

Casos que necessitam de internação

Internações são indicadas em infecções urinárias graves, como pielonefrite, que pode levar a febre alta, calafrios e dores lombares intensas. Nessas situações, o tratamento intravenoso com antibióticos é necessário para prevenir complicações, como sepse.

Outro caso em que a internação pode ser recomendada ocorre em pacientes imunossuprimidos ou mais debilitados. O monitoramento hospitalar é importante para ajustar o tratamento e garantir a recuperação eficaz.

Prevenção da infecção urinária

A prevenção da infecção urinária envolve práticas simples e eficazes que reduzem o risco de desenvolver a condição. Implementar hábitos saudáveis e cuidados adequados é essencial para proteger o sistema urinário e evitar complicações.

Higiene íntima adequada

Adote cuidados rigorosos com a higiene da região íntima para prevenir infecções. Faça a limpeza diária da área genital e anal utilizando água e sabão neutro, sem exagerar para não causar desequilíbrios na flora local. Sempre limpe da frente para trás ao usar papel higiênico, reduzindo a chance de transferência de bactérias do ânus para a uretra.

Evite produtos como desodorantes íntimos e esfoliantes. Estes podem causar irritações, facilitando o surgimento de infecções. Use roupas íntimas de algodão e troque-as diariamente, especialmente após atividades que provoquem suor, pois tecidos que retêm calor aumentam a proliferação bacteriana.

Hábitos saudáveis

Manter-se hidratado é crucial. Ingira pelo menos 1,5 a 2 litros de água por dia para promover a eliminação de bactérias pelo sistema urinário. Não retenha a urina por longos períodos, pois isso favorece o acúmulo de micro-organismos na bexiga, aumentando os riscos de infecção.

Urinar após relações sexuais é eficaz para expulsar bactérias da uretra. Corrija problemas intestinais como prisão de ventre e diarreia, já que alterações microbiológicas no trato intestinal podem impactar o trato urinário. Evite o uso de diafragmas ou espermicidas, especialmente se você apresentar infecções frequentes.

Dicas durante a gravidez

Na gravidez, o risco de infecção urinária aumenta devido às alterações anatômicas e hormonais. Redobre os cuidados com a ingestão de água e evite reter a urina. Priorize roupas leves e confortáveis que não causem calor ou umidade excessiva.

Mantenha a higiene íntima com os cuidados já descritos, evitando duchas vaginais que podem alterar a proteção natural da área genital. Converse com seu médico sobre medidas preventivas específicas para o seu caso, garantindo o bem-estar tanto materno quanto fetal.

Infecção urinária pode ser câncer?

Embora infecções urinárias sejam muito comuns, especialmente entre mulheres, é importante saber que, em raros casos, sintomas persistentes ou recorrentes podem ser um sinal de algo mais sério, como câncer no trato urinário. Tumores na bexiga, nos rins ou na uretra podem, às vezes, causar sintomas semelhantes aos de uma infecção urinária, como dor ao urinar, sangue na urina (hematúria) ou a sensação de não esvaziar completamente a bexiga.

Se você tem infecções frequentes, não melhora com o tratamento habitual ou percebe sangue na urina, mesmo que seja apenas uma vez, é essencial procurar um médico. Exames simples, como urina tipo 1, ultrassom ou cistoscopia, podem ajudar a esclarecer se há algo além de uma infecção.

Data de publicação: 27/12/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930