Práticas integrativas recebem este nome porque se referem à integração de diversas formas de tratamentos – convencionais ou não – e porque apontam para a integralidade do ser, para a noção de que somos um todo e que precisamos ser cuidados como tal. Considera-se que o ato de curar a doença pode ser humanizado com o ato de cuidar do paciente da forma mais global possível. Meditação, ioga, Reiki, massoterapia, relaxamento, dietas naturais e musicoterapia são alguns exemplos de uma abordagem que está presente hoje, com diferentes nomes, em grandes centros de saúde internacionais e nacionais. Entretanto, como tudo o que é novo, há diferentes visões sobre o tema. Há um misto de paixão, resistência, entusiasmo, curiosidade e infinitas questões em aberto.
A presença da abordagem integrativa no mundo
Pesquisas feitas nos Estados Unidos, em 2002, com mais de 30 mil pessoas, indicaram que 36% delas tinham usado ao menos um tipo de práticas integrativas e complementares no ano anterior. Quando se considerou o tratamento com doses altas de vitaminas e oração, especificamente por motivo de saúde, esse número subiu para 62%.
Um estudo feito em 1998 reuniu informações publicadas sobre essas práticas em oncologia. Ao todo, 26 publicações em 13 países industrializados da Europa, Ásia, Austrália, América do Sul e América do Norte demonstram que as práticas integrativas e complementares são usadas por 25% a 50% da população em geral.
Por que pessoas com câncer escolhem essas abordagens?
Somente uma minoria dos pacientes opta por adotar as práticas integrativas e complementares como tentativa de curar a doença. Não há conclusões definitivas, mas as pesquisas indicam que as razões mais comuns que levam as pessoas a procurar abordagens integrativas são:
- Lidar com efeitos colaterais dos tratamentos;
- Buscar o próprio conforto e alívio das preocupações e do estresse do tratamento;
- A sensação do paciente de estar fazendo algo a mais para ajudar em sua própria cura;
- Tentar tratar ou curar o câncer;
- Adotar uma filosofia de saúde holística ou uma experiência transformadora que mude a visão de mundo, e por querer ter mais controle sobre a própria saúde.
O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.