back to top
InícioTipos de câncerCâncer no intestino (colorretal)Prevenção do Câncer no intestino (colorretal)

Prevenção do Câncer no intestino (colorretal)

A realização do exame de colonoscopia, que permite visualizar as possíveis lesões na mucosa e retirá-las, e certas medidas tomadas no dia a dia ajudam na prevenção do câncer no intestino (câncer colorretal).

Os mais modernos aparelhos utilizados na colonoscopia (chamam-se fibroscópios modernos) possibilitam não apenas o acesso visual às lesões da mucosa, como a retirada delas. A colonoscopia, portanto, não é um simples exame diagnóstico, é também um procedimento terapêutico que ao retirar os pólipos é capaz de evitar o aparecimento do câncer.

A frequência e a idade em que a colonoscopia deve ser iniciada dependem do risco que a pessoa corre de desenvolver a doença.

Embora seguro, o exame não é desprovido de riscos: em cada mil procedimentos, de um a dois pacientes sofrem complicações, que vão de sangramentos a perfurações da parede intestinal. Além disso, há a questão dos custos, a necessidade de anestesia, sob forma de sedação, e de pessoal treinado e o desconforto causado pelo preparo, que envolve laxantes para esvaziar completamente o conteúdo intestinal.

Por essas limitações, a prevenção através da colonoscopia não deve ser indicada aleatoriamente, mas ater-se às situações em que existe risco maior de desenvolver câncer no intestino (câncer colorretal).

Por exemplo, os que sofrem de doenças inflamatórias intestinais (doença de Crohn, retocolite ulcerativa e outras) devem submeter-se ao exame com maior frequência, assim como famílias que têm vários membros com múltiplos pólipos intestinais (polipose familiar) e parentes de primeiro grau de mulheres e homens que tiveram câncer de cólon precisam ser acompanhados com mais atenção.

Embora não haja unanimidade, a maioria dos especialistas aconselha que o primeiro exame nesses casos seja realizado cinco a 10 anos antes da idade em que o parente mais jovem recebeu o diagnóstico.

Aqueles que não pertencem a nenhum grupo de risco devem fazer a primeira colonoscopia entre os 45 e os 50 anos, idade em que o risco se torna significativo.

A partir de 2020, várias iniciativas americanas reduziram a recomendação de início do rastreamento para 45 anos, dado aumento do número de casos em jovens. Se nesse exame forem encontrados e retirados um ou mais pólipos, a colonoscopia deverá ser repetida no ano seguinte.

Há discordância, no entanto, quanto ao intervalo ideal para a repetição do exame nos casos em que o resultado anterior foi normal. A maioria dos especialistas defende que repetir a colonoscopia antes de cinco anos após obter um resultado normal é exagero.

American Cancer Society vai mais longe: sugere que, nessa eventualidade, o exame seja repetido depois de 10 anos.

De fato, a mudança do estilo de vida tem impacto em prevenir o aparecimento dessa doença. Enquanto o tabaco está associado ao câncer de pulmão e a reposição de hormônios ao câncer de mama, a mudança do estilo de vida é decisiva para a prevenção dessa doença tão prevalente.

A realização de atividade física reduz em 26% risco de desenvolver a doença.

Além disso, o consumo de 10 gramas de fibras ao dia reduz o risco em 10% mostrando o efeito benéfico das fibras. A ingesta de mais de 200 gramas de frutas ao dia está relacionada a efeito protetor. Dieta rica em cálcio previne ao menos o desenvolvimento de pólipos.

 


Atualização: Dr Fabio Kater – CRM 99002
Oncologista clínico – BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo
Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM 27.574
Oncologista clínico – Grupo Oncoclínicas – Brasília-DF

Artigo publicado em: 05 de maio de 2014
Artigo atualizado em: 25 de junho de 2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930