O pâncreas localiza-se na parte superior da cavidade abdominal, em uma área chamada de retroperitônio, situada atrás do estômago. Divide-se em três partes: cabeça, corpo e cauda
A cabeça do pâncreas tem íntima relação com os vasos mesentéricos (artéria e veia responsáveis pela irrigação das alças intestinais), com o duodeno (que faz a comunicação entre o estômago e o intestino delgado) e as vias biliares distais (canais que trazem a bile do fígado para o intestino). O corpo e a cauda do pâncreas têm como “vizinhos” os vasos esplênicos (que irrigam e drenam o baço) e o próprio baço.
Além desses órgãos, circundam o pâncreas parte do cólon, vasos sanguíneos, linfonodos e feixes nervosos. O pâncreas exerce duas funções distintas:
• Endócrina: exercida pelas células que produzem insulina, essencial para controlar os níveis de açúcar do sangue; • Exócrina: exercida pelas células produtoras de enzimas que participam do processo de digestão e absorção dos alimentos.
Em ordem de frequência, o câncer de pâncreas ocupa a terceira posição entre os tumores do trato gastrintestinal e atinge de modo relativamente semelhante homens e mulheres. O pico de incidência ocorre entre os 50 e 80 anos de idade. Mais de 90% dos pacientes têm idade superior a 55 anos.
O câncer de pâncreas pode se originar na cabeça, no corpo ou na cauda do órgão. Ao crescer, penetra o tecido pancreático até chegar à cápsula que reveste o órgão e à gordura ao seu redor. A partir dessa fase, vai invadir estruturas vizinhas e linfonodos. De início, são comprometidos os linfonodos situados nas imediações do pâncreas; em seguida, os linfonodos abdominais mais distantes.
Com a progressão, as células malignas se disseminam principalmente para o fígado e o peritônio (membrana que recobre os órgãos abdominais), provocando acúmulo de líquido na cavidade abdominal (ascite). Os pulmões e a pleura também podem ser atingidos. O crescimento costuma ser rápido. No momento do diagnóstico, somente 20% a 30% dos pacientes apresentam tumor ainda restrito ao pâncreas.
Adenocarcinoma
É o tipo mais comum e mais agressivo, responsável por mais de 90% dos casos. Origina-se nas células glandulares exócrinas do pâncreas e guarda relação de causa e efeito com o tabagismo. Existem algumas variantes dos adenocarcinomas pancreáticos: o carcinoma adenoescamoso, o carcinoma acinar, o de células em anel de sinete, o de células claras e o carcinoma mucinoso.
Tumores das células das ilhotas do pâncreas
Correspondem ao segundo tipo mais comum. Originam-se nas células endócrinas do pâncreas. Alguns podem ser benignos; outros, malignos. Um dos mais comuns é o insulinoma, tumor que pode produzir insulina em excesso provocar quadros graves de hipoglicemia.
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930