O GIST é um tumor raro do trato gastrointestinal cuja sigla em inglês se refere a GastroIntestinal Stromal Tumors. Durante muito tempo, pouco se soube a respeito deste tipo de câncer e ele era considerado um tipo de sarcoma de partes moles originado nas células musculares do trato gastrointestinal.
Porém, quando se analisava o GIST no microscópio e se fazia uma reação enzimática chamada imunohistoquímica, percebeu-se na década de 90 que o GIST não parecia um sarcoma originado no músculo, mas sim um tumor que nascia nas células de Cajal, responsáveis por mover o intestino, ou seja, são um tipo de células nervosas que funcionam como uma espécie de marca-passo do intestino.
A maior parte dos outros tumores gastrointestinais (adenocarcinoma de estômago ou de cólon, por exemplo) se originam na parte de dentro dos órgãos, a qual é chamada de camada mucosa. Já o GIST nasce na parede dos órgãos, onde moram as células de Cajal.
Uma das características mais marcantes do GIST é que esse tipo de tumor costuma apresentar uma mutação em um gene chamado KIT. O GIST pode se originar em qualquer órgão do trato gastrointestinal, porém em 50 a 60% dos casos é proveniente do estômago, 20% a 30% do intestino delgado, 10% do intestino grosso (cólon), 5% do esôfago e 5% de outros locais da cavidade abdominal.
Em geral, os GISTs nascidos no estômago tendem a ser menos agressivos. Os principais fatores determinantes da agressividade do GIST são: tamanho, seu órgão de origem, o quanto as células estão proliferando e a presença ou não de ruptura do tumor.
Atualização: Dra. Veridiana Pires De Camargo – CRM: 113175 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dra. Jéssica Ribeiro Gomes – CRM: 159784 Oncologista Clínica da BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Vídeo: Dra. Veridiana Camargo