Leilão arrecadou mais de R$ 900 mil; evento contou com a presença de autoridades, empresários e artistas
O Instituto Vencer o Câncer (IVOC) realizou, na noite de 4 de novembro, no Clube Atlético Monte Líbano, em São Paulo, a segunda edição de seu jantar e leilão beneficentes, evento destinado a arrecadar recursos para o projeto de Pesquisa Clínica da instituição. A iniciativa busca fomentar a inovação científica, ampliar o acesso de pacientes com câncer a terapias mais avançadas e promover a educação para o cuidado em oncologia.
O evento reuniu cerca de 800 convidados, entre médicos, pacientes, empresários, representantes do poder público e personalidades da comunicação e da cultura. Entre os presentes estavam o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, o prefeito Ricardo Nunes, a empresária Luiza Helena Trajano, a atriz Marina Ruy Barbosa, a apresentadora Ana Maria Braga, o empresário Roberto Justus e a influenciadora Silvia Braz.
A noite teve apresentação de Rodrigo Faro e um leilão beneficente conduzido por Celso Portiolli ao lado do leiloeiro Renato Moysés, que resultou em R$ 907 mil arrecadados, superando o montante da edição anterior. Entre os destaques estavam uma raquete autografada pelo tenista João Fonseca, arrematada por R$ 90 mil, e uma reprodução de grafite do artista Kobra, vendida por R$ 105 mil.
Os recursos arrecadados serão destinados ao financiamento de projetos de pesquisa clínica em oncologia, à capacitação de profissionais, à expansão de estudos que aproximem a ciência do cuidado oferecido aos pacientes em todo o país e ao fortalecimento de iniciativas de educação para o controle do câncer.
Um impulso à pesquisa clínica no país
Segundo o oncologista Dr. Fernando Maluf, um dos fundadores do Instituto Vencer o Câncer, os resultados já comprovam o impacto desse investimento. “Desde 2021, quando lançamos nosso projeto de incentivo à pesquisa clínica, conseguimos implantar 20 centros em diferentes regiões do Brasil, muitos deles dentro de hospitais públicos e filantrópicos. Isso representa muito mais do que estrutura: significa que pacientes brasileiros estão tendo acesso a protocolos inovadores e a tratamentos de ponta, os mesmos realizados em centros de referência mundial”, afirmou.
Esses centros já possibilitaram 75 convites de novos estudos clínicos, 44 pesquisas aprovadas e centenas de pacientes beneficiados. “São números que nos enchem de esperança e mostram o potencial que o Brasil tem de ser protagonista na pesquisa oncológica global”, completou Maluf.
“E estudos feitos aqui no Brasil, liderados por pesquisadores brasileiros, têm mostrado impacto no mundo todo. Cito dois exemplos recentes, apresentados por nós no congresso americano de Oncologia: um estudo sobre câncer de pênis, que mudou o padrão de tratamento no mundo todo, e outro de câncer de próstata, usando um medicamento oral, que também transformou o paradigma de cuidado desta doença que atinge milhares de homens anualmente”, destacou o médico.
O Instituto projeta metas ambiciosas para os próximos anos: chegar a 100 centros de pesquisa em uma década, ampliando o acesso da população a terapias inovadoras e fortalecendo a disseminação de informação de qualidade sobre prevenção, diagnóstico e tratamento do câncer.
É neste cenário que nasce a visão 1-10-100: nos próximos 10 anos, o IVOC pretende impactar 1 milhão de brasileiros com o acesso à pesquisa clínica, alcançar 10 milhões de pessoas por meio da educação em saúde e beneficiar 100 milhões com o avanço da ciência e o desenvolvimento de novos medicamentos contra o câncer.
De acordo com o oncologista Dr. Antonio Buzaid, cofundador do Instituto, a pesquisa clínica é um dos pilares que sustentam o trabalho da organização. “Acreditamos profundamente no potencial transformador da ciência. A pesquisa, ao lado da educação, da informação de qualidade e da construção de políticas públicas mais justas, é o caminho para um futuro melhor na oncologia”, destacou.
“Investir em pesquisa clínica é investir em acesso, em inovação e em futuro. Por isso, eu gosto de dizer que a pesquisa clínica é um verdadeiro cenário de ‘ganha, ganha, ganha’”, reforçou Buzaid “Ganha o paciente, que tem acesso a terapias inovadoras ou pelo menos ao padrão ouro, que em geral não é disponível no SUS; ganha o pesquisador, que se capacita e produz ciência de qualidade que pode resultar em grandes avanços na medicina e ganha quem financia, porque investir em pesquisa é investir no futuro da medicina”, ressaltou.
Após a fala do Dr. Buzaid, a diretora Institucional do Vencer o Câncer, Ana Maria Drummond, subiu ao palco para ratificar o compromisso do IVOC. “O Instituto Vencer o Câncer nasceu para transformar conhecimento em ação. Nossa missão é clara: educar e informar, unir esforços para a construção de políticas públicas e fomentar a pesquisa clínica. São três pilares que se complementam e que, juntos, têm o poder de mudar o cenário da oncologia no país”, afirmou Ana Maria Drummond.
“Esses pilares não se sustentam sozinhos. Eles dependem de uma rede de pessoas e instituições que acreditam no mesmo propósito. São médicos e outros profissionais de saúde de todas as áreas, pesquisadores, comunicadores, parceiros e apoiadores que se unem para que a ciência chegue a quem mais precisa. Cada contribuição, cada parceria e cada gesto de apoio fortalecem o impacto do Instituto”, finalizou.
Longevidade
Um dos momentos mais esperados da noite foi a conversa entre o Dr. Antonio Buzaid e o Dr. Valter Longo, convidado internacional do evento. Reconhecido mundialmente por suas pesquisas sobre longevidade, metabolismo e nutrição celular, Longo é diretor do Longevity Institute da University of Southern California (USC) e autor de estudos que investigam os efeitos da dieta que imita o jejum e de restrições calóricas no envelhecimento saudável e na resposta ao tratamento do câncer.
Durante o diálogo, ele e Buzaid discutiram os avanços científicos que aproximam a alimentação, a prevenção e a oncologia de precisão, reforçando a importância da integração entre pesquisa e prática clínica.
Homenagem
Um dos momentos mais emocionantes e significativos do evento foi a homenagem ao publicitário Sergio Amado, falecido recentemente. “Ele será eternamente o Primeiro Presidente do Conselho Consultivo do Instituto Vencer o Câncer”, disse o oncologista Fernando Maluf. “Sua presença e dedicação seguirão inspirando cada passo dessa jornada”. O médico também convidou o filho de Sergio, Daniel, para compor o Conselho do Instituto, dando continuidade ao legado do pai.
A importância dos parceiros e patrocinadores
O jantar beneficente contou com o apoio de patrocinadores que ajudaram a tornar o evento possível, reafirmando o papel transformador da união entre a sociedade civil e o setor privado em prol da ciência e da saúde. Entre eles, estão JHSF, Einstein Hospital Israelita, Iguatemi, Baked Potato, Blau Farmacêutica, Grupo Victor Malzoni e Latache Capital.
O trabalho do Instituto Vencer o Câncer é fortalecido também por uma ampla rede de parcerias institucionais, fundamentais para que a organização siga ampliando o acesso à informação, fomentando a pesquisa clínica e fortalecendo políticas públicas em oncologia.
Entre estes parceiros, reconhecidos no jantar, estão o Grupo Riema, a Agência Ogilvy Brasil, a Allos – Plataforma de Entretenimento e Compras, o escritório Pinheiro Neto Advogados, representado pela Dra. Andrea Mascitto, a Cinemark, a BP – A Beneficência Portuguesa, o Einstein Hospital Israelita, o escritório Fagury Maluf Advogados, a YPO, o C6 Bank, a Fischer Approbato e a Turim Family Office, entre tantos outros que apoiam de forma contínua o legado de cuidado e inovação do Instituto.
Com uma noite de solidariedade e propósito, o evento beneficente do Instituto Vencer o Câncer celebrou não apenas os avanços científicos, mas também a união de diferentes setores da sociedade em torno de um mesmo ideal: transformar o cuidado do câncer no Brasil.
