back to top
InícioLinfócitos

Linfócitos

Linfócitos são células do sistema imunológico que protegem o corpo contra infecções e agentes estranhos. Presentes no sangue e na linfa, atuam produzindo anticorpos e destruindo células estranhas ou infectadas. Os principais tipos, linfócitos B e T, têm funções específicas na defesa do organismo. Alterações na sua quantidade podem indicar infecções, doenças autoimunes ou condições mais graves, tornando essencial compreender seu papel na imunidade.

Pontos-chave

  • Os linfócitos são células essenciais do sistema imunológico, responsáveis por identificar e combater infecções e agentes estranhos.
  • Existem três tipos principais de linfócitos: linfócitos B (produzem anticorpos), linfócitos T (imunidade celular) e células NK (destroem células tumorais ou infectadas por vírus).
  • Alterações nos níveis de linfócitos, como linfopenia (baixa) ou linfocitose (alta), podem indicar infecções, doenças autoimunes ou até condições mais graves, como câncer.
  • Linfomas, como o de Hodgkin e não Hodgkin, estão diretamente relacionados a alterações no comportamento dos linfócitos e necessitam de diagnóstico precoce.
  • Monitorar os linfócitos através de exames laboratoriais é essencial para identificar problemas de saúde e traçar estratégias de tratamento.
  • O equilíbrio e a funcionalidade dos linfócitos são fundamentais para manter a imunidade e prevenir doenças graves.

O que são linfócitos

Linfócitos são células do sangue classificadas como um tipo de glóbulo branco ou leucócito. Eles fazem parte do sistema imunológico e desempenham papel essencial na defesa do organismo. Sua principal função é identificar e combater agentes estranhos e invasores, como vírus e bactérias, por meio de diferentes mecanismos de resposta imune.

Os linfócitos representam cerca de 30% do total de leucócitos no sangue. Existe uma variabilidade em seu tamanho, podendo medir entre 6 µm e 18 µm de diâmetro, dependendo do estágio de maturidade. Eles estão presentes no sangue e em tecidos como o timo e os linfonodos.

Existem três tipos principais de linfócitos: T, B e células NK (natural killer). Cada um deles exerce um papel específico no combate a infecções e agentes estranhos. Os linfócitos T auxiliam na destruição de células estranhas ou infectadas, os linfócitos B produzem anticorpos e as células NK eliminam células tumorais ou infectadas, de forma não específica.

Função dos linfócitos no corpo

Os linfócitos desempenham papéis essenciais na proteção contra agentes infecciosos e ameaças internas, como células tumorais. Essas células imunes, que constituem cerca de 30% dos leucócitos no sangue, são cruciais na identificação de moléculas estranhas e na resposta imunológica. Eles combatem infecções por meio de ações específicas e coordenadas.

Linfócitos T

Os linfócitos T, produzidos na medula óssea e amadurecidos no timo, são centrais na imunidade celular. Dividem-se em subtipos com funções específicas:

  • Linfócitos T citotóxicos (T CD8): Estes identificam e destroem células anormais, como aquelas infectadas por vírus, através da lise celular. Eles são fundamentais no combate direto a infecções e na eliminação de células problemáticas.
  • Linfócitos T auxiliares (T CD4): Estes coordenam a resposta imune, ativando linfócitos B e outros linfócitos T. Eles regulam a imunidade, garantindo que o corpo responda de forma eficiente contra os patógenos.
  • Linfócitos T supressores: Estes controlam a atividade imunológica, inibindo, por exemplo, células B quando necessário.

Linfócitos B

Os linfócitos B amadurecem na medula óssea e são os principais responsáveis pela produção de anticorpos. Esses anticorpos neutralizam micro-organismos e toxinas, impedindo que infecções avancem no organismo. Além disso, os linfócitos B são fundamentais para a memória imunológica, permitindo que o sistema imunológico responda mais rapidamente a infecções futuras.

Células Natural Killer (NK)

As células NK exercem uma função não específica e rápida, destruindo células tumorais ou infectadas por vírus. Elas atuam de forma independente de antígenos específicos, eliminando ameaças sem a necessidade de sensibilização prévia. Esse mecanismo ajuda no controle precoce e eficiente de infecções.

Os linfócitos colaboram diretamente com outros componentes do sistema imune, formando um complexo sistema de defesa. Alterações em sua quantidade ou função podem indicar problemas como imunodeficiência, doenças autoimunes ou mesmo câncer, como linfomas.

Tipos de linfócitos

Os linfócitos são células essenciais do sistema imunológico, responsáveis por identificar e combater patógenos e células anormais. Eles se dividem em três tipos principais: linfócitos B, linfócitos T e células natural killer (NK). Cada um desempenha funções específicas na defesa do organismo contra infecções e outros agentes nocivos.

Linfócitos B

Os linfócitos B, originados e maturados na medula óssea, participam da imunidade humoral. Eles produzem anticorpos capazes de neutralizar e marcar antígenos provenientes de bactérias e vírus para sua eliminação. Além disso, funcionam como células apresentadoras de antígenos, ativando linfócitos T.

Após a ativação, os linfócitos B proliferam e se transformam em plasmócitos, células especializadas na produção de anticorpos. Esses anticorpos são fundamentais para neutralizar infecções e criar memória imunológica. Linfócitos B também residem em linfonodos, baço e outros tecidos linfoides, reforçando a proteção sistêmica.

Linfócitos T

Os linfócitos T são fundamentais na imunidade celular. Eles se dividem em subtipos com papéis específicos. Os linfócitos T citotóxicos (CD8) destroem células infectadas ou neoplásicas por meio de linfocinas e perforinas, enquanto os linfócitos T auxiliares (CD4) coordenam a resposta imunológica, estimulando outras células imunológicas.

Outro subtipo, os linfócitos T reguladores, controla e modula a resposta do sistema imunológico, prevenindo reações autoimunes. Os linfócitos T têm uma vida mais longa e circulam na corrente sanguínea e tecidos protegendo o organismo de invasores externos.

Células Natural Killer (NK)

As células NK são responsáveis por respostas rápidas a células tumorais ou infectadas por vírus. Com uma atuação não específica, elas reconhecem alvos sem necessidade de antígenos específicos. Secretam substâncias que causam a destruição das células anormais.

Apesar de, em geral, não formarem memória imunológica, as células NK complementam a defesa oferecida pelos linfócitos T e B. Estão presentes em sangue, baço e pulmões, atuando continuamente na imunovigilância.

Alterações nos linfócitos

Alterações na quantidade de linfócitos podem indicar diferentes condições de saúde. Esses desvios são classificados principalmente como linfocitose, quando os níveis estão altos, e linfopenia, quando estão baixos. Também podem ocorrer linfócitos atípicos, que apresentam características morfológicas anormais.

Linfocitose (linfócitos altos)

A linfocitose ocorre quando os linfócitos ultrapassam 4000/mm³ no sangue. Entre as causas mais frequentes estão infecções virais, como mononucleose, sarampo e rubéola, e algumas doenças autoimunes. Outras condições incluem reações alérgicas a medicamentos, uma reação inflamatória sistêmica do organismo (relacionada a uma situação de emergência médica) e esplenectomia (remoção do baço).

Infecções virais são um dos agentes mais relacionados à linfocitose. Situações agudas, como infarto e asma grave, desencadeiam o aumento devido à resposta inflamatória natural do corpo.

Linfopenia (linfócitos baixos)

A linfopenia é diagnosticada quando os linfócitos estão abaixo de 1000/mm³. Pode ocorrer devido a infecções como HIV e COVID-19, que comprometem diretamente o sistema imunológico. Medicamentos imunossupressores, como corticoides, e deficiências nutricionais também contribuem para a redução dos níveis.

Doenças autoimunes, incluindo lúpus e artrite reumatoide, causam linfopenia ao destruir linfócitos ou inibir sua produção. Problemas na medula óssea, como leucemia e anemia aplástica, também levam a uma queda crítica. O consumo excessivo de álcool e condições genéticas raras, como imunodeficiência comum variável, são fatores adicionais.

Linfócitos atípicos

Os linfócitos atípicos apresentam tamanho, forma ou características anormais e frequentemente aparecem em casos de infecções virais, como mononucleose. Podem indicar reações imunológicas mais intensas do organismo. A presença de linfócitos atípicos também pode estar associada a doenças hematológicas, como leucemia ou linfoma, exigindo investigação detalhada.

Monitorar a alteração em linfócitos é fundamental. A análise de exames laboratoriais, como o hemograma, e a consulta médica permitem identificar as causas e definir o tratamento adequado.

Linfócitos e doenças

Os linfócitos, além de essenciais para o sistema imunológico, estão associados a diversas condições de saúde. Alterações na função ou quantidade dessas células podem indicar doenças, incluindo tipos específicos de câncer e condições imunológicas.

Linfomas

Os linfomas são cânceres originados nos linfócitos. Estes se desenvolvem quando as células crescem descontroladamente ou não passam por apoptose. Existem dois tipos principais:

  • Linfoma de Hodgkin (LH): Identificado pela presença de células de Reed-Sternberg, é menos comum, porém com altas chances de cura em estágios iniciais.
  • Linfoma não Hodgkin (LNH): Um grupo de linfomas mais diversificados. Podem ser indolentes (lentos) ou agressivos. Afetam principalmente linfócitos B (80%), mas também T e células NK.

Os linfomas podem causar febre, suores noturnos, perda de peso e aumento dos linfonodos, sendo necessário diagnóstico cedo para melhor prognóstico.

Outras condições relacionadas

Alterações nos linfócitos ocorrem em diversas situações de saúde. A linfocitose indica níveis acima de 4000/mm³ de sangue, geralmente ligada a infecções ou algumas doenças autoimunes. Já a linfopenia, abaixo de 1000/mm³, está associada a infecções como HIV, além de deficiência de nutrientes, doenças autoimunes, uso de medicamentos imunossupressores e doenças na medula óssea, como leucemia.

As células NK, outro subtipo de linfócitos, têm funções essenciais para destruir células tumorais ou infectadas. Elas identificam alterações no MHC das células e promovem sua eliminação rápida, contribuindo no combate a infecções virais e crescimento de tumores. O correto funcionamento dos linfócitos é vital para evitar doenças graves.

Linfócitos altos ou baixos pode ser câncer?

Linfócitos altos, também chamados de linfocitose, podem estar relacionados a alguns tipos de câncer. Quando os linfócitos ultrapassam 4000/mm³ de sangue, é importante investigar se há leucemias ou linfomas. Esses cânceres podem causar aumento de linfócitos devido à produção descontrolada de células no sistema linfático ou medula óssea.

Linfócitos baixos, ou linfopenia, também podem indicar câncer, especialmente leucemia, caso acompanhados de sintomas ou alterações como anemia ou redução de plaquetas. Essa condição exige avaliação precisa para diferenciar de outras causas possíveis.

[datas_artigo]

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930