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ASCO 2022 – Congresso apresenta novidades para tratamento do câncer de mama

ASCO 2022 apresenta novidades para tratamento do Câncer de Mama

Após dois anos sem eventos presenciais devido à pandemia da covid-19, a cidade de Chicago, nos Estados Unidos, voltou a sediar o maior congresso de oncologia do mundo. O Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica (ASCO Meeting 2022), realizado entre os dias 3 e 7 de junho de 2022, apresentou inúmeras novidades para o tratamento da doença.

O Instituto Vencer o Câncer traz alguns dos principais destaques, selecionados por médicos parceiros e pelo nosso Comitê Científico. A seguir, o que há de novo para o câncer de mama.

Para Fernando de Moura, oncologista assistente na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, a mais aguardada sessão, que se deu no dia 05 de junho, trouxe a apresentação do estudo DESTINY-Breast04, que certamente irá mudar o modo como tratamos o câncer de mama.

“Até hoje, somente as mulheres com forte expressão de um receptor chamado HER2 na célula tumoral recebiam tratamentos com drogas-alvo anti-HER2. Esse estudo nos mostrou que também as mulheres com expressão fraca deste receptor, cujos tumores denominamos HER2-low, beneficiam-se desta terapia-alvo. O trastuzumabe-deruxtecan é um conjugado droga-anticorpo que já tem aprovação da ANVISA para o tratamento de pacientes com câncer de mama avançado HER2-positivo. Os dados apresentados na ASCO, e posteriormente publicados no periódico New England Journal of Medicine, apontam que este medicamento também deve ser utilizado nas pacientes com baixa expressão do HER2, tornando esta terapia mais uma opção de tratamento para esse grande grupo de mulheres”.

Segundo Moura, ainda na área de câncer de mama, o estudo TROPiCS-02 mostrou o benefício do sacituzumabe govitecan em aumentar a sobrevida livre de progressão em pacientes com tumores metastáticos com expressão de receptores hormonais. “Até então, o benefício dessa droga somente tinha sido comprovado na doença triplo-negativo. Por fim, o resultado do estudo LUMINA nos mostrou que pacientes acima dos 55 anos de idade e com tumores extremamente iniciais, menores que 2 cm, e pouco agressivos, não necessitam de radioterapia após o tratamento cirúrgico, mesmo quando a cirurgia envolve apenas a retirada de parte da mama”, afirma o oncologista.

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