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Endoscopia

A endoscopia é um procedimento médico essencial quando se trata de diagnosticar e tratar problemas no sistema digestivo, especialmente em sua parte inicial. Utilizando um tubo flexível com uma câmera na ponta, chamado endoscópio, esse exame permite visualizar o interior do esôfago, estômago e duodeno em tempo real. Essa tecnologia é crucial para identificar condições como gastrite, esofagite e até estágios iniciais de câncer de estômago.

Durante o exame, você será sedado para garantir conforto, enquanto um spray anestésico na garganta ajuda a minimizar qualquer desconforto. A endoscopia não é apenas uma ferramenta de diagnóstico, mas também pode ser usada para realizar biópsias e procedimentos terapêuticos, tornando-a um aliado poderoso na detecção precoce de doenças. Entender a importância desse exame pode ser o primeiro passo para cuidar melhor da sua saúde digestiva.

Pontos-chave

  • A endoscopia é um exame que permite visualizar o trato digestivo superior em tempo real, auxiliando no diagnóstico de doenças como gastrite, esofagite e câncer de estômago.
  • Utiliza um tubo flexível com câmera, proporcionando imagens detalhadas e possibilitando intervenções diagnósticas e terapêuticas, como biópsias e remoção de pólipos.
  • O exame é realizado sob sedação e com anestesia local na garganta para maior conforto do paciente.
  • Preparos incluem jejum de 8 a 12 horas e, em alguns casos, ajuste de medicações, garantindo segurança e precisão.
  • Apesar de ser seguro, pode haver riscos raros, como hemorragias e perfuração gastrointestinal, minimizados por equipe especializada.

Endoscopia: o que é e para que serve?

A endoscopia é um exame médico que emprega um tubo flexível e fino, o endoscópio, equipado com uma câmera na ponta. O endoscópio é introduzido pela boca e permite a visualização de órgãos internos, como esôfago, estômago e duodeno. Este procedimento não é cirúrgico e oferece imagens em tempo real das estruturas internas.

A endoscopia é crucial para o diagnóstico de condições que afetam o sistema digestivo, como gastrite, úlcera e refluxo gastroesofágico. Também detecta tumores e cânceres no esôfago e estômago. Além disso, trata de casos específicos, como a remoção de pólipos e controle de sangramentos.

Em geral, a endoscopia é realizada com sedação, e um spray anestésico pode ser usado na garganta para aumentar o conforto. Este exame ajuda a identificar anormalidades precocemente, possibilitando intervenções e aumentando as chances de tratamentos bem-sucedidos.

Indicações para realização de endoscopia

A endoscopia é fundamental para diagnosticar e tratar doenças do sistema digestivo. Avalia condições como refluxo gastroesofágico e detecta precocemente anomalias graves.

Sintomas indicam necessidade de endoscopia

Distúrbios como azia, náuseas e dificuldade para engolir podem sugerir a necessidade da endoscopia. Investigar esses sintomas ajuda a descartar ou confirmar patologias significativas no trato gastrointestinal, promovendo intervenções adequadas quando necessário.

Doenças que podem ser diagnosticadas

Endoscopias revelam infecções por H. pylori e condições como esofagite e duodenite. Além disso, detectam pólipos e identificam carcinomas em fase inicial, permitindo tratamentos precoces e eficazes.

Gastrite

A endoscopia pode identificar gastrite, inflamação do revestimento do estômago. Em geral, ela é assintomática, mas pode causar sintomas como desconforto ou dor epigástrica, náuseas ou indigestão.

Doença do refluxo gastroesofágico

A endoscopia tem um papel importante na avaliação da doença do refluxo gastroesofágico. Sintomas incluem azia, dor epigástrica e regurgitação. O teste permite confirmar a presença da bactéria H. pylori, orientando terapias antibióticas quando necessário.

Tumores

Exames endoscópicos detectam tumores gastrointestinais. Capta imagens de neoplasias, permite biópsias para análise histológica, fundamenta diagnósticos precisos e direciona intervenções.

Sangramentos

Endoscopias localizam fontes de sangramento gastrointestinal, como úlceras. Trata hemorragias ativas, previne complicações severas e realiza intervenções não invasivas para conter sangramentos.

Hérnia de hiato

A endoscopia diagnostica hérnias de hiato, caracterizadas pelo deslizamento do estômago. Sintomas incluem refluxo e dor torácica. Detectar e diferenciar de outras condições ajuda em tratamentos individualizados.

Esofagite

É o exame padrão para diagnosticar esofagite, inflamação do esôfago provocada, em geral, por alergia alimentar, infecção ou medicamentos. Identifica grau de erosão e orienta tratamentos para proteger o revestimento esofágico, evitando complicações como estenose.

Duodenite

A endoscopia pode detectar duodenite, inflamação do duodeno, parte inicial do intestino. Investigação endoscópica permite uma visualização direta e biópsia de áreas afetadas, possibilitando tratamentos adequados.

Infecções bacterianas

Bactérias como H. pylori, causadoras de úlceras e câncer gástrico, são identificadas endoscopicamente. A análise de amostras de tecido estomacal permite confirmar o diagnóstico, possibilitando o tratamento da infecção e evitando progressão para doenças graves.

Câncer de estômago

Fundamental para diagnóstico precoce, a endoscopia detecta alterações cancerígenas no estômago, permitindo biópsias para confirmação.

Preparo para o exame

O preparo adequado para uma endoscopia digestiva alta é essencial para garantir resultados precisos e a segurança do paciente.

Dieta e jejum

Na véspera do exame, consuma alimentos leves sem resíduos. Evite alimentos pesados e gordurosos, como pizza e churrasco. Inicie o jejum absoluto de 8 a 12 horas antes do exame, inclusive líquidos. Medicamentos essenciais, de uso contínuo, podem ser tomados com pequenas quantidades de água até duas a quatro horas antes.

Suspensão de medicamentos

Se você toma medicamentos contínuos, consulte seu médico sobre a necessidade de suspensão. Evite antiácidos e leite. Se o uso de antihipertensivos for necessário, tome-os com pequenos goles de água. 

Pacientes diabéticos devem agendar o exame para o horário mais cedo possível. Pode ser necessário um ajuste dos medicamentos para diabetes antes do exame, para evitar hipoglicemia, incluindo a insulina. É importante buscar essas orientações antes do exame.

Acompanhamento no dia do exame

Vá acompanhado de um adulto maior de 18 anos, pois a sedação pode causar efeitos temporários, como sonolência. Sua segurança durante a sedação é prioridade; a equipe médica reverterá qualquer efeito adverso se necessário.

Como é realizado o exame

O exame de endoscopia é essencial para o diagnóstico e tratamento de doenças do trato digestivo superior, como esôfago, estômago e duodeno. Realizado por profissionais especializados, ele proporciona a visualização interna do sistema digestório, garantindo precisão no diagnóstico.

Procedimentos e técnica

O endoscópio é inserido via oral, passando pelo esôfago, estômago e alcançando o duodeno. Este tubo flexível contém uma câmera na ponta que transmite imagens em tempo real. Durante o procedimento, técnicas permitem a coleta de biópsias, remoção de pólipos ou tratamento de algumas lesões detectadas.

Tempo de duração e sedação

A duração da endoscopia é geralmente rápida, não ultrapassando 10 a 20 minutos. Sedativos intravenosos são aplicados para minimizar desconfortos, mantendo o paciente relaxado. É vital um jejum de 8 horas e o acompanhamento por um adulto devido aos efeitos temporários da sedação, como sonolência e a dificuldade de locomoção.

Possíveis riscos e efeitos colaterais

A endoscopia, incluindo a endoscopia digestiva alta, é geralmente segura, mas não isenta de riscos. Complicações sérias são raras, ocorrendo em menos de 2% dos casos e geralmente associadas ao uso de sedativos ou ao procedimento em si.

Riscos associados à sedação e ao exame

Sedativos utilizados durante a endoscopia podem causar efeitos adversos, especialmente se tiver condições de saúde prévias. Entre os riscos estão depressão respiratória e alterações no ritmo cardíaco, como bradicardia ou taquicardia. Monitoramento constante reduz esses riscos durante o exame.

Complicações cardiorrespiratórias

Pacientes com doenças cardíacas ou respiratórias apresentam maior risco de complicações, como arritmia e parada cardiorrespiratória. Comunicar condições existentes ao médico antes do procedimento é crucial para mitigar riscos.

Perfuração gastrointestinal

Embora rara, a perfuração pode ocorrer devido ao contato do endoscópio com a parede do estômago. Felizmente, as chances dessa condição são mínimas.

Hemorragia

Associada principalmente a biópsias e a remoções de pólipos, a hemorragia pode ocorrer no local do exame. Evitar anticoagulantes antes do procedimento é essencial para minimizar o sangramento. Essa preocupação deve ser discutida previamente com o médico.

Outros tipos de endoscopia

Broncoscopia

A broncoscopia examina a traqueia, brônquios e pulmões. Utiliza-se um broncoscópio, inserido pela boca ou nariz, para diagnosticar tumores, lesões e infecções respiratórias. Procedimentos como biópsias também são realizados durante este exame, importante para avaliar obstruções em vias aéreas.

Cistoscopia

A cistoscopia avalia a uretra e bexiga. O cistoscópio é inserido na uretra, expandindo a bexiga com soro fisiológico para visualização. Detecta cálculos, tumores e inflamações urinárias. Este exame é crucial para identificar condições como endometriose no trato urinário.

Colonoscopia

A colonoscopia examina o cólon e o reto. Um colonoscópio, inserido pelo ânus, verifica inflamações, pólipos e tumores. É vital para rastreamento de câncer colorretal. Doenças como colite ulcerativa e doença de Crohn também são identificadas, possibilitando intervenções precoces.

Histerectomia

Similar a uma endoscopia digestiva, a histeroscopia examina o interior da cavidade uterina. Utiliza-se um histeroscópio que é inserido pela vagina. Procedimentos, como biópsias e remoção de pólipos uterinos, são realizados. O exame oferece diagnósticos precisos de condições como miomas, pólipos e tumores.

Cada endoscopia oferece visualização direta da área examinada, possibilitando diagnósticos. Os procedimentos são minimamente invasivos, reduzindo tempos de recuperação e possibilitando tratamentos eficazes. É essencial que o exame seja realizado por profissionais qualificados para garantir segurança e resultados precisos.

Data de publicação: 29/11/2024

Dr. Antonio Carlos Buzaid
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Antonio Carlos Buzaid é um destacado oncologista clínico, graduado pela Universidade de São Paulo, com experiência internacional nos EUA, onde foi diretor de centros especializados em melanoma e câncer de pulmão, além de professor na Universidade de Yale. No Brasil, dirigiu centros de oncologia nos hospitais Sírio Libanês e Albert Einstein, e atualmente é diretor médico geral do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo. CRM 45.405
Dr. Fernando Cotait Maluf
Co-fundador do Instituto Vencer o Câncer, Dr. Fernando Cotait Maluf é um renomado oncologista clínico, graduado pela Santa Casa de São Paulo, com doutorado em Urologia pela FMUSP. Ele foi chefe do Programa de Residência Médica em Oncologia Clínica do Hospital Sírio Libanês e atualmente é diretor associado do Centro de Oncologia do hospital BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo, além de membro do Comitê Gestor do Hospital Israelita Albert Einstein e professor livre-docente na Santa Casa de São Paulo. CRM: 81.930