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Agência internacional estima mais de 18 milhões de novos casos de câncer para este ano em todo o mundo

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A Agência Internacional para a Pesquisa do Câncer (IARC), entidade ligada à Organização Mundial da Saúde, divulgou nesta quarta-feira (12/09) dados mundiais sobre a incidência e mortalidade da doença. Foram levantadas informações de 185 países e 36 tipos de câncer, com 18,1 milhões de novos casos em 2018 e 9,6 milhões de mortes. Segundo as mesmas estimativas, um em cada cinco homens e uma em cada seis mulheres tem chance de receber o diagnóstico de câncer durante a vida. Além disso, um em oito homens e uma entre 11 mulheres morrerão em decorrência dos tumores.

O documento destaca, ainda, um aumento considerável nos casos de mama, intestino e pulmão, tanto em incidência global quanto em mortalidade. Há uma menção especial aos tumores de pulmão, que já é principal causa de morte por câncer em mulheres em 28 países.

O relatório afirma que o crescimento do número de casos está relacionado não só à alta da expectativa de vida em grande parte dos países, mas também à maior exposição aos fatores de risco, como obesidade, sedentarismo e dietas artificiais. “Vale ressaltar, ainda, o impacto das infecções virais e bacterianas, particularmente relevantes em países em desenvolvimento”, afirma o oncologista e fundador do Instituto Vencer o Câncer, Fernando Maluf.

Apesar de os países desenvolvidos contribuírem com um número maior de casos de câncer, a mortalidade nas regiões em desenvolvimento é muito maior. “Novas medidas precisarão ser tomadas para orientar a população sobre hábitos saudáveis. Essa estratégia precisa estar aliada a campanhas de vacinação contra HPV e hepatite B, por exemplo, ao controle de outras doenças infecciosas e ao acesso a exames de rastreamento, como Papanicolau para tumores ginecológicos, mamografia e ultrassonografia para mama, colonoscopia para avaliação do intestino e a avaliação com toque retal e PSA para câncer de próstata”, ressalta Maluf. “Essas medidas de prevenção primária e rastreamento podem ajudar a diminuir o número de casos graves, mais avançados e, claramente, reduzir a mortalidade de modo global.

O relatório da IARC prevê que, se tais medidas não forem tomadas, a incidência de câncer vai ter um aumento de 63% até 2040, com o crescimento de mais de 70% nas mortes pela doença no mesmo período.

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