back to top

I Simpósio Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica discute desafios e oportunidades do setor no Brasil

spot_img

“Todos os avanços na Medicina ocorrem pela pesquisa clínica”. Se você acompanha os conteúdos do Instituto Vencer o Câncer, provavelmente já leu ou ouviu esta frase de um dos nossos fundadores, o oncologista Antonio Carlos Buzaid. 

Para debater estes avanços e os desafios do setor aqui no Brasil, o Instituto Vencer o Câncer realizou no último sábado (22/06) o I Simpósio Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica, no BP Mirante, em São Paulo. 

O evento reuniu pesquisadores, profissionais de saúde, representantes da indústria farmacêutica e entidades de pacientes, que discutiram o papel transformador da pesquisa e da tecnologia para salvar vidas.

A diretora institucional do Vencer o Câncer, Ana Maria Drummond, abriu o Simpósio com uma apresentação sobre os principais projetos do Instituto para 2024 e o foco principal no investimento em pesquisa, com a estruturação de novos centros da Rede, já presente em seis Estados do Norte, Nordeste e Centro-Oeste.

Ana Maria Drummond reforçou o compromisso do Instituto na transformação da jornada do câncer, “de forma que o leigo também possa compreendê-la. Nosso trabalho se baseia em três pilares de atuação: a educação, o advocacy e a pesquisa clínica”, ressaltou.

Trabalho em rede e oportunidades 

O oncologista Fernando Maluf, cofundador do Instituto Vencer o Câncer, traçou um panorama da Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica e as ações já desenvolvidas pelos centros estabelecidos no Amazonas, Pará, Maranhão, Paraíba, Bahia e Mato Grosso do Sul. 

Maluf destacou o desequilíbrio no investimento para o tratamento de câncer no Brasil e apontou a pesquisa como uma das formas de resolver esta inequidade. “A América Latina participa de 3% a 5% de todos os estudos clínicos do mundo. Existe uma oportunidade grande de avanço nesta área e o Brasil pode e deve ser o protagonista”, definiu o oncologista.

Antonio Buzaid, também cofundador do Instituto, ressaltou que a criação de novos centros de pesquisa no Brasil desenvolve um cenário de benefícios para todos, paciente, médico/ pesquisador, instituição hospitalar, indústria farmacêutica. “O impacto dos centros vai além do tratamento de doenças. Traz ganhos para o avanço científico, para a infraestrutura de Saúde, para a capacitação. É um cenário ‘win-win-win’. Agora, precisamos aumentar a diversidade de participação nos estudos”, disse o oncologista.

“O papel da tecnologia e Real World Data: como a tecnologia e a análise dados reais estão transformando a pesquisa” foi o tema da palestra de Renato Lopes, professor da Divisão de Cardiologia da Duke University, nos Estados Unidos, e de Cardiologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM–UNIFESP). O médico também é fundador e diretor-executivo do Brazilian Clinical Research Institute (BCRI), parceiro técnico do Instituto Vencer o Câncer na estruturação de novos centros da Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica. “A pesquisa está passando por uma transformação muito grande e necessária. Hoje temos um cenário muito caro, muito demorado e muito burocrático”, afirmou Lopes.

A programação do Simpósio debateu, ainda, os caminhos da pesquisa clínica no Brasil, o engajamento da comunidade para a educação do paciente, a colaboração entre organizações de pesquisa clínica e financiamento.

Na mesa “Futuro da Pesquisa Clínica no Brasil: Visão de futuro, incluindo tendências emergentes e como preparar o Brasil para ser líder em pesquisa clínica”, os debatedores Francisco Forestiero, diretor da IQVIA e o presidente executivo da Sindusfarma, Nelson Mussolini, discutiram as tendências do setor, com um olhar otimista para um cenário de muitos desafios. A mediação foi da oncologista Taiane Rebelatto, medical advisor do LACOG (Latin American Cooperative Oncology Group).

O painel “Engajamento da Comunidade e Educação do Paciente: Estratégias para aumentar a conscientização e a participação do público em pesquisas clínicas”, com medicação da diretora do Instituto Vencer o Câncer, Ana Drummond, trouxe para o debate a importância da educação e da conscientização da sociedade sobre os estudos clínicos. Participaram das discussões a cofundadora da plataforma LaVí Clinical Trials, Laís Souza, e a fundadora e presidente do Instituto Projeto Cura, Fernanda Schwyter.

A relevância da articulação de diferentes entidades para os avanços da Saúde em larga escala foi o tema da mesa mediada pela gerente executiva de pesquisa da BP, Dra. Rozana Ciconelli. O debate contou com a participação da diretora médica da AstraZeneca, Dra. Karina Fontão, do presidente-executivo da Interfarma, Renato Porto, do Dr. Fabio Franke (SBOC) e do coordenador de Mobilização de Empresas da EMBRAPII (Empresa Brasileira de Pesquisa e Inovação Industrial), Fabio Cavalcante.

As discussões envolveram o relacionamento público-privado, a colaboração entre organizações de pesquisa clínica e o papel das agências de financiamento e a indústria para impulsionar a inovação em saúde no Brasil.

Um painel especial apresentou as histórias de sucesso e lições aprendidas na implantação de centros de pesquisa, com os coordenadores dos seis centros já em funcionamento da Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica presentes. Na mesa, esteve também o Dr. Fabio Franke, pioneiro da pesquisa clínica no Brasil, presidente da Aliança Pesquisa Clínica Brasil e Coordenador do Comitê de Pesquisa clínica da Sociedade Brasileira de Oncologia Clínica (SBOC).

I Simpósio Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica discute desafios e oportunidades do setor no Brasil

Premiação e plano de ação

O I Simpósio Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica contou, ainda, com a entrega da 6ª Edição do Prêmio Renata Thormann Procianoy, uma iniciativa do Instituto Projeto Cura que incentiva a realização da pesquisa clínica no Brasil. O vencedor foi o Estudo HERCULES, que teve o Dr. Fernando Maluf como investigador principal e realizado em centros de pesquisa por todo o Brasil.

A pesquisa, apresentada no Encontro Anual da Sociedade Americana de Oncologia Clínica deste ano, apontou uma nova estratégia para o tratamento de câncer de pênis avançado, com imunoterapia associada à quimioterapia. O prêmio foi entregue pela presidente do Instituto Projeto Cura, Fernanda Schwyter, Dr. Fabio Franke e Dr. Antonio Buzaid ao Dr. Fernando Maluf.

A última mesa, “Construindo pontes para o futuro”, incentivou a elaboração de um plano de ação para o desenvolvimento do setor aqui no país, com a participação de Karina Fontão, da pesquisadora Rozana Ciconelli, da médica Laís Souza e de Francisco Forestiero, da IQVIA.

Para saber mais sobre a Rede Vencer o Câncer de Pesquisa Clínica, clique aqui

Logotipo do Instituto Vencer o Câncer

O Instituto Vencer o Câncer é uma Organização da Sociedade Civil de Interesse Público (OSCIP), fundada pelos oncologistas Dr. Antonio Carlos Buzaid e Dr. Fernando Cotait Maluf, com atuação em 3 pilares: (1) Informação de excelência e educação para prevenção do câncer. (2) Implementação de centros de pesquisa clínica para a descoberta de novos medicamentos. (3) Articulação para promoção de políticas públicas em prol da melhoria e ampliação do acesso à prevenção, ao tratamento e à cura do câncer.

spot_img

Posts Relacionados

Posts populares no site

spot_img

Posts Populares na categoria