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Nobel de medicina defende vacinação dos meninos contra HPV

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De passagem pelo Brasil para uma aula durante o congresso de Patologia do hospital A.C Camargo, em São Paulo, na última semana de fevereiro, Harald zur Hausen, prêmio nobel de medicina em 2008 pela identificação da relação entre o HPV e o câncer de colo de útero, defendeu a importância de se vacinar também os meninos, não somente as meninas. A defesa é baseada na ideia de quebra da cadeia de transmissão do vírus.

Leia mais: infecções também podem causar câncer

“Eu sempre digo que é de extrema importância vacinar os meninos, porque atualmente eles possuem muitas parceiras e iniciam a vida sexual cedo. Há uma taxa de infecção incrivelmente alta nesse grupo. Para se ter uma ideia, se vacinássemos somente os meninos, iríamos prevenir muito mais casos de câncer de colo de útero que vacinando somente o grupo de meninas”, afirma o virologista. Segundo ele, meninos imunizados não passariam o vírus a parceiras ou parceiros que não tivessem sido alcançados pela campanha.

Atualmente, de acordo com o calendário de vacinação nacional, somente meninas de 9 a 13 anos de idade têm acesso às três doses. O nobel aproveitou o momento para falar sobre a eficácia das vacinas e de sua importância para a prevenção do câncer de colo de útero. “Ela é altamente segura e eficaz. Não há nenhum caso de doença que possa estar ligada à vacina contra HPV.”

Hausen afirmou que ficou desapontado com o fato de o Brasil ter demorado tanto para inclui-las no calendário (a imunização passou a ser disponível gratuitamente apenas em 2014). “O licenciamento das vacinas na maioria dos países aconteceu em 2006. Aqui, as coisas demoraram muito para acontecer.”

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