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Anticoncepcionais para quem está com câncer

Evitar gravidez durante o tratamento oncológico é necessário, pois a gestação é um “mar de hormônios” no corpo da mulher, o que pode influenciar o crescimento do tumor e, consequentemente, o tratamento. Às vezes a quimioterapia provoca irregularidades no ciclo menstrual. Muitas mulheres podem até parar de menstruar nesse período, o que as leva a crer que não podem engravidar. Entretanto, conforme alerta a dra. Solange Sanches, Titular do Depto. De Oncologia Clínica do A.C. Camargo, elas não param de ovular. Logo, pode, sim, acontecer uma gravidez. “Não dá para fazer continha de período fértil, pois neste período você perde o parâmetro. Por isso, é necessário ter um método de prevenção efetivo durante todo o tratamento”, enfatiza.

Entretanto, se você é paciente com câncer de mama, atenção: o uso de pílula anticoncepcional está contraindicado. “Tumores de mama são totalmente sensíveis e dependentes de hormônios. Então, se você fornece para a paciente uma cartela de estrogênio, isso vai funcionar como um combustível para esse tumor crescer”, alerta Patrícia de Rossi, ginecologista do Hospital Mandaqui.

A própria OMS (Organização Mundial da Saúde) contraindica todos os métodos hormonais para pacientes com câncer de mama, inclusive o DIU (Dispositivo intrauterino) com levonorgestrel. “Nada de hormônios. As injeções também estão proibidas, assim como os adesivos e implantes. A alternativa, neste caso, é o DIU de cobre, que é um método de barreira eficaz e reversível, ou seja, se a mulher desejar engravidar, basta retirá-lo. A laqueadura também é uma opção”, completa a médica.

O uso da pílula fica restrito também após o tratamento quimioterápico, já que normalmente ela precisa tomar um bloqueador hormonal (para que não haja recidiva) até ser considerada curada.

Ainda de acordo com a especialista, também é necessária atenção redobrada em casos de tumores hepáticos, já que é no fígado que são processados os hormônios.

De forma geral, em casos de outros tipos de tumores, como câncer de colo de útero, endométrio, miomas, linfomas, ovário, não há problema em utilizar a pílula. Ainda assim, não deixe de conversar com um especialista para certificar-se de essa é a melhor opção.

DIU

As mulheres com câncer de colo de útero devem ficar atentas ao uso do DIU (tanto o de cobre como o de hormônios). Por conta da doença, a região fica extremamente sensível, com alto risco de sangramento. “Neste caso, pode acontecer de o médico tentar inserir o dispositivo e acabar colocando fora da cavidade do útero, já que tudo ali fica muito sensível. Camisinha e pílula podem ser uma alternativa”, afirma Patrícia.

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