É comum que pessoas com diagnóstico de diverticulite e diverticulose tenham dúvidas sobre a realização da colonoscopia, exame indicado para a detecção de pólipos e tumores no intestino.
Conversamos com o oncologista Abraão Dornellas, integrante do Comitê Científico do Instituto Vencer o Câncer, para saber mais sobre as orientações para estes pacientes.
Diverticulite x diverticulose
Ele explica que estas são duas situações distintas e a orientação para cada paciente depende do diagnóstico. “O divertículo nada mais é do que um saquinho que se forma na parede do intestino”, afirma. Em alguns casos, essas “bolsas” podem inflamar ou ficar infectadas.
A diverticulose é a presença de muitos divertículos no intestino, uma condição relativamente comum na população com mais de 60 anos.
Já a diverticulite é a inflamação ou infecção em uma ou mais dessas pequenas bolsas, podendo causar sintomas como dor, febre, e mudança nos hábitos intestinais.
“Quem tem diverticulose, ou seja, possui uma grande quantidade de divertículos no intestino, pode fazer colonoscopia de rastreamento para câncer colorretal sem perigo”, ressalta Dr. Abraão Dornellas.
“Já paciente com diverticulite apresenta uma condição aguda que precisa de tratamento, às vezes com antibiótico e repouso intestinal. Na vigência de uma diverticulite, não é recomendado fazer colonoscopia pelo risco de ruptura do divertículo”, alerta. No entanto, depois do tratamento e melhora da inflamação, o paciente pode fazer o exame, que vai avaliar as condições do intestino.
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