Algumas características do tumor permitem avaliar sua agressividade e o risco de recaída do câncer de endométrio, tanto no local do útero removido como em outras áreas da pelve e do abdome.
Grau de diferenciação
O grau de diferenciação da célula maligna depende de quanto ela é parecida ou diferente da célula do tecido normal. Quando é bem semelhante às normais, o tumor é chamado de bem diferenciado, ou grau histológico 1. À medida que as células do tumor vão ficando mais distintas das normais, o grau pode se tornar 2 (moderadamente diferenciado) ou 3 (mal diferenciado ou indiferenciado). A agressividade aumenta conforme o grau.
Invasão na parede do útero
Quanto mais profundamente o tumor invadir a parede do útero, maior será o risco de encontrar vasos sanguíneos e linfáticos. Por essa razão, um dos critérios para escolher o tratamento mais adequado é analisar esse aspecto, através do exame anatomopatológico do tumor removido (peça operatória). Por outro lado, tumores restritos à mucosa do endométrio ou à superfície interna do miométrio têm maior chance de cura e menor necessidade de tratamentos adicionais.
Invasão dos vasos
A presença de células malignas no interior dos vasos sanguíneos e linfáticos agrava o quadro.
Tipo histológico
Como citado anteriormente, o carcinoma endometrioide costuma ser tratado com mais facilidade, ao contrário dos carcinomas seroso-papilífero ou de células claras e dos sarcomas. Esses tumores, mais raros, precisam ser tratados com mais agressividade.
Níveis do marcador tumoral CA125
O CA125 é uma proteína que circula no sangue de todos nós. Alguns tumores malignos, como os de ovário e de endométrio, liberam quantidades exageradas de CA125. Essa característica permite usar a dosagem do CA125 como “marcador” da atividade tumoral: quanto mais altos forem seus índices, maior o número de células malignas.
Atualização: Dra. Graziela Zibetti Dal Molin – CRM 147.913 Oncologista clínica – BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM 27.574 Oncologista clínico – Grupo Oncoclínicas – Brasília-DF Vídeo: Dra. Graziela Dal Molin