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Câncer de fígado | O que é?

O fígado fica localizado na parte superior direita do abdome, protegido pelas costelas inferiores.

Anatomia do fígado com visão do órgão ampliada.
Anatomia do fígado com visão do órgão ampliada.

É um órgão de extrema importância, responsável pela degradação e metabolização de muitas substâncias nocivas para o corpo humano, produção de bile para a digestão, transformação de várias substâncias em nutrientes necessários para o organismo e produção de proteínas essenciais para a coagulação e a manutenção do equilíbrio de fluidos no corpo. Sua capacidade de regeneração é impressionante, resultando na manutenção da integridade da sua função mesmo quando são retirados dois terços do órgão. Seu suprimento de sangue é feito principalmente através da veia porta (veia que drena o fluxo sanguíneo dos intestinos e do baço) e, secundariamente, através da artéria hepática. O sangue deixa o fígado pelas veias supra-hepáticas (direita, média e esquerda), retornando ao coração por meio da veia cava inferior. O fígado é constituído por dois lobos (direito e esquerdo), que são recobertos por uma fina cápsula fibrosa. As células predominantes no fígado são os hepatócitos. Neles se originam os hepatocarcinomas, um dos tumores malignos mais frequentes do trato digestivo, especialmente em países do sudeste asiático.
Anatomia do fígado com visão do órgão ampliada.
Anatomia do fígado com visão do órgão ampliada.

Majoritariamente, o câncer do fígado origina-se de processos que levam a inflamação crônica do fígado, destacando-se a hepatite e cirrose induzidos por etilismo, infecções pelos vírus da hepatite B e C e uma inflamação gordurosa do fígado. O câncer de fígado geralmente começa como um nódulo isolado ou como nódulos múltiplos no interior do órgão. Nas fases iniciais, o crescimento costuma ser lento e assintomático, de modo que, quando o diagnóstico é feito, a doença pode já se encontrar em estágio avançado, comprometendo áreas extensas.

Crescimento local do câncer de fígado.
Crescimento local do câncer de fígado. Note que o câncer, ao crescer, passa a invadir outras áreas do fígado.

Por essa razão, somente 20% a 30% dos pacientes com hepatocarcinoma apresentam tumor ainda restrito ao fígado no momento do diagnóstico. Os demais já chegam com os linfonodos próximos ao órgão invadidos e/ou com metástases à distância, principalmente nos pulmões, pleuras, peritônio e ossos.
Crescimento à distância do câncer de fígado.
Crescimento à distância do câncer de fígado. Note que o câncer pode comprometer os linfonodos, pulmões, pleuras, peritônio e ossos.

A maioria dos tumores do fígado se originam de outros órgãos (cerca de 70%). As células hepáticas (hepatócitos) e as células dos ductos biliares são os responsáveis principais pelos tumores que se originam no fígado.

Carcinoma hepatocelular ou hepatocarcinoma

É o tipo mais comum, responsável por cerca de 90% dos casos dos tumores hepáticos. Como o próprio nome descreve, trata-se do tumor que se origina dos hepatócitos, o principal tipo celular funcional do fígado.

Colangiocarcinoma

Responsável por um em cada 10 tumores malignos hepáticos, surge nos ductos biliares, estruturas canaliculares responsáveis pelo transporte da bile do fígado para o intestino.

Carcinoma hepático, variante fibrolamelar

É pouco frequente e não tem associação aparente com cirrose hepática ou infecção pelos vírus da hepatite B e C. Tem prognóstico melhor do que o carcinoma hepatocelular comum.


Atualização: Dr. Ricardo Carvalho – CRM: 132.389 Oncologista Clínico na BP – A Beneficência Portuguesa de São Paulo Apoio: Dr. Daniel Vargas Pivato de Almeida – CRM: DF 27574 Oncologista Clínico no Grupo Oncoclínicas, Brasília-DF

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