Pular para o conteúdo principal

Tudo sobre câncer de testículo

O que é

A incidência do câncer de testículo tem aumentado ao longo dos anos. Hoje, representa o tumor mais comum em homens de 20 a 40 anos de idade, correspondendo a 5% de todos os tumores malignos masculinos. Apesar de não ser tão frequente, sua detecção precoce é importante devido à idade dos indivíduos afetados e à grande chance de cura se detectado em estágio precoce.

Anatomia

Os testículos se encontram no interior da bolsa escrotal. Sua função é produzir espermatozoides e testosterona, hormônio responsável pelas características e funções sexuais masculinas.

Demonstração da localização do testículo

Anatomia do sistema geniturinário masculino.

História Natural da Doença

Na fase fetal, o testículo localiza-se no interior do abdome e, posteriormente, migra até alojar-se na bolsa escrotal, próximo ao momento do parto. Devido sua origem embrionária, caso haja disseminação do câncer de testículo, os primeiros locais afetados são os gânglios linfáticos localizados na região posterior do interior do abdome (retroperitônio).

O câncer de testículo costuma ter velocidade de crescimento rápida, sendo relativamente frequente a detecção de metástases no momento do diagnóstico. Em situações mais avançadas, pode ocorrer a disseminação de metástases para os linfonodos do tórax, os pulmões, fígado, ossos e cérebro.

Demonstração do crescimento do câncer de testículo

Crescimento do câncer de testículo, primeiramente local e depois em direção aos linfonodos. Note que a medida que o câncer avança, ele invade os vasos linfáticos e sanguíneos do próprio testículo e alcança os linfonodos do retroperitônio, em geral primeiro local de metástase.

Demonstração da disseminação do câncer de testículo.

Disseminação à distância do câncer de testículo. Note que o câncer pode migrar para linfonodos do interior do tórax, os pulmões, fígado, ossos e até mesmo o cérebro.

Tipos de câncer de testículo

O câncer de testículo, também chamado de tumor de células germinativas, divide-se em dois grandes grupos: os tumores não seminomatosos e os tumores seminomatosos.

Tumores não seminomatosos

Correspondem a cerca de 60% de todos os tumores de testículo e tendem a surgir antes dos 30 anos de idade. São divididos em vários subtipos: carcinomas embrionários, coriocarcinomas, tumores do saco vitelínico, teratomas imaturos e teratomas maduros.

O teratoma maduro é um tumor classificado como benigno por não desenvolver metástases, apesar de poder apresentar crescimento local, enquanto os demais subtipos são malignos.  É importante mencionar que vários subtipos de células do tipo não seminomatosas podem estar presentes no mesmo tumor no momento do diagnóstico, incluindo também até mesmo células do subtipo seminoma. Desta maneira, são classificados como não seminomatosos aqueles tumores apresentando qualquer percentual de algum subtipo celular não seminomatoso, seja de maneira pura ou mista com quaisquer outros tipos celulares.

Cada subtipo de células dos tumores não seminomatosos pode expressar proteínas específicas que caem na circulação sanguínea e podem ser úteis não só para seu diagnóstico, mas também para o prognóstico e acompanhamento. Essas proteínas são chamadas de marcadores tumorais.

Há dois marcadores tumorais mais importantes: a alfafetoproteína (AFP) e a subunidade beta da gonadotrofina coriônica humana (ß-HCG). Nos carcinomas embrionários, os níveis de AFP e ß-HCG podem estar aumentados; nos tumores do saco vitelínico, os níveis de AFP; e nos coriocarcinomas, a ß-HCG. Outro marcador sanguíneo, a desidrogenase láctica (DHL), não é específico de nenhum subtipo, porém pode estar elevado em todos os tumores de testículo.

Embora seja raro, é possível ocorrer o aparecimento de um tumor germinativo localizado primariamente nos linfonodos da região do mediastino (interior do tórax entre os dois pulmões) ou mesmo no retroperitônio (região posterior do interior do abdome), sem que haja lesões detectáveis nos testículos.

Tumores seminomatosos

Correspondem a aproximadamente 40% de todos os tumores de germinativos e costumam aparecer em idade um pouco mais avançada, entre os 30 e os 40 anos. Habitualmente representam um tipo de tumor com melhor prognóstico, mesmo no cenário avançado.

Os pacientes com seminoma podem apresentar pequenas elevações dos níveis de ß-HCG, mas nunca de AFP. Se houver elevação de AFP, o diagnóstico de seminoma puro deve ser modificado para não seminoma.

Tipos mais raros

Tumores raros de testículo correspondem a somente 5% de todos os casos: linfomas, sarcomas e tumores de Sertoli e Leydig.

Selecione uma área para saber mais:

Prevenção

Saiba Mais

Fatores de risco

Saiba Mais

Sintomas

Saiba Mais

Diagnóstico

Saiba Mais

Tratamento

Saiba Mais

Recaída

Saiba Mais

Últimas notícias sobre câncer de testículo

Notícias câncer de testículo

Corra, Zimbrão, corra, em nome da saúde do homem

  Atleta que enfrentou com otimismo um câncer de testículo segue inspirando os homens a se cuidarem para ter uma vida melhor “Sou professor de…
Notícias câncer de testículo

Teste de gravidez pode indicar câncer de testículo?

Quando o paciente é diagnosticado com câncer de testículo, exames para medir o beta-HCG são solicitados. Tal marcador é o mesmo utilizado em testes de…
Notícias

Gêmeos e o risco de câncer

Pesquisa com 200 mil gêmeos aponta risco familiar e predisposição hereditária ao câncer.
Bem-estar
O que vai acontecer com seu corpo durante a químio e a rádio? – Sexualidade
Bem-estar
Câncer e falta de libido. Por que isso acontece?
Bem-estar
Técnicas ajudam pacientes a vencer a doença sem abandonar o sonho de ter filhos