Estádio I
A análise de certas características do tumor permite avaliar sua agressividade e o risco de recidiva da doença:
Tumores não seminomatosos
Tumores não seminomatosos em que o componente de carcinoma embrionário não é predominante e que não invadem os vasos sanguíneos e linfáticos do próprio testículo apresentam chance de aproximadamente 15% de recidiva após cirurgia, se não houver tratamento adicional. Caso o tumor tenha predomínio do componente de carcinoma embrionário ou invada vasos sanguíneos e/ou linfáticos do próprio testículo, o risco de recidiva após a remoção do testículo aumenta para aproximadamente 30%, se não houver tratamento adicional. Quando houver esses dois fatores associados, isto é, predomínio de carcinoma embrionário e as células malignas invadirem os vasos linfáticos e/ou sanguíneos, o risco aumenta para aproximadamente 60%.
Tumores seminomatosos
Tumores seminomatosos puros de tamanho menor ou igual a 4 cm que não invadem uma das estruturas do testículo chamada rete testis, que não apresentem invasão dos vasos sanguíneos do próprio testículo, e que tenham marcadores tumorais sanguíneos em níveis baixos, como o ß-HCG, têm risco de recidiva menor que 10 a 15%. Se tiverem mais de 4 cm, invadirem a rete testis, apresentem invasão dos vasos sanguíneos, ou tenham marcadores tumorais sanguíneos em níveis elevados como o ß-HCG, a probabilidade de recidiva depois da cirurgia pode subir para mais de 30%.
Estádio II e III
Grupo de bom prognóstico
- Tumores que se originam no próprio testículo ou no retroperitônio;
- Envolvimento de linfonodos e/ou pulmões;
- Níveis normais ou baixos dos marcadores tumorais AFP, ß-HCG e DHL.
Grupo de pior prognóstico
- Tumores que se originam no mediastino (região compreendida entre os dois pulmões);
- Comprometimento de outros órgãos distantes (fígado, ossos, cérebro);
- Níveis muito elevados dos marcadores tumorais AFP, ß-HCG e DHL.
Embora esse grupo de pacientes ainda tenha possibilidade de cura, as chances são menores em comparação ao grupo de bom prognóstico. Existe ainda um grupo de risco médio, que apresenta níveis intermediários dos marcadores tumorais AFP, ß-HCG e DHL.