Exame de sangue é o primeiro passo para diagnóstico da leucemia linfóide aguda.
O hemograma completo (exame de sangue) é o primeiro a ser pedido pelo médico e mostrará alterações na contagem de células – a doença provoca aumento significativo dos glóbulos brancos (linfócitos), mas em algumas ocasiões pode acontecer de apresentar uma queda generalizada das células no sangue (pancitopenia) provocada pela alta carga de células doentes na medula óssea, as quais impedem a saída de células normais para a corrente sanguínea.
O mielograma, quando uma amostra de sangue da medula óssea é retirada por meio de uma agulha, será fundamental para a investigação das anormalidades registradas no hemograma. O médico também pode pedir uma biópsia da medula, e um fragmento do osso da região lombar será retirado para avaliação em laboratório. A partir disso é que será constatada a leucemia.
O exame de citogenética, feito por meio de pequena amostra de sangue, irá analisar as alterações genéticas específicas das células, e assim determinar o subtipo da doença e estratificar sua gravidade conforme a presença de mutações associadas a um melhor ou pior prognostico, e até mesmo evidenciar um alvo terapêutico.
Já a imunofenotipagem, por sua vez, feita também com uma amostra de sangue, irá verificar as características físicas das células – que geralmente são divididas em LLA tipo T e LLA tipo B (as células T e B são as afetadas). Caso o médico desconfie de um envolvimento do sistema nervoso central, ele também pode solicitar um estudo do líquido da espinha (líquor).
O aumento do baço e fígado, comum a alguns pacientes com LLA, devem ser analisados por meio de exames de imagens, como a ultrassonografia. Embora bastante raro, o paciente pode apresentar o cromossomo Philadelphia, uma anormalidade no DNA – apenas 5% das crianças e 25% dos adultos apresentam este defeito genético.
Entenda melhor: os cromossomos das células humanas compreendem 23 pares (numerados de 1 a 22 e dois cromossomos sexuais), num total de 46 cromossomos. Este cromossomo anormal se forma pela troca de material genético entre os cromossomos 9 e 22.
Para descobrir se o paciente apresenta o cromossomo Philadelphia, o médico poderá pedir o FISH (hibridização fluorescente in situ) e o PCR (reação em cadeia da polimerase), exames extremamente sensíveis e que podem encontrar uma célula anormal em meio a milhares de células normais.
Converse com seu médico a respeito dos exames e procure tirar todas as suas dúvidas: como são feitos os procedimentos, se há algum risco, em quanto tempo saberá o resultado e o que mais quiser saber. É muito importante se sentir seguro!